Capítulo 4Tema: Justificação é pela fé e não pelas obras ? 4:1-8 I. Justificação é pela fé e não pelas obras ? 4:1-8 Cada judeu respeitou "Pai Abraão" e desde Gen.15:6 conheceu o fato que Abraão foi justificado pela fé. A aceitação de Abraão por Deus foi tão certa que os judeus referiram-se ao céu como "seio de Abraão" (Lc.16:22). Com esse conhecimento Paulo usa Abraão como exemplo e pergunta, "Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?" A resposta não é "pelas obras" porque assim Abraão poderia glorificar-se nas suas obras, e nada assim está escrito no Velho Testamento. Mas o Velho Testamento diz: "E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça." (Gen.15:6). Então o dom da vida eterna não veio pelas obras, mas pela fé na palavra de Deus. Note que Paulo usa a palavra "imputado" em vers.3-11 e 22. Esta palavra significa, "depositar na conta de alguém". O Vs.5 diz que Deus justifica o ímpio e não o justo e esta justificação vem pela fé e não pelas obras. Nos vs.6-8, Paulo usa outro exemplo que é o de Davi, grande rei de Israel. Paulo refere-se ao Salmo.32:1-2 para provar que este rei, mais famoso de todo o Israel, ensinou justificação pela fé e sem as obras. O crente não tem o pecado imputado à sua conta porque já foi imputado à conta de Jesus Cristo (2Cor.5:21 e Film.18), mas o crente tem a justiça de Cristo imputada a sua conta pela graça de Deus. II. Justificação é pela graça e não pela fé ? 4:9-17 Agora encontramos uma pergunta importante: "Se Abraão foi justificado pela fé, que importância tem a lei, e que importância tem o pacto que Deus fez com Abraão?" Paulo responde a essa pergunta dizendo que a salvação de Abraão aconteceu 14 anos antes que ele tivesse sido circuncidado. Circuncisão foi o selo do pacto. A partir do momento da circuncisão de um jovem, este passa a fazer parte do sistema da lei. Mas Abraão, o PAI DOS JUDEUS, era INCIRCUNCISO quando foi salvo. Circuncisão foi somente um sinal exterior duma mudança interior, como o batismo hoje em dia. Nenhuma cerimônia pode produzir mudanças espirituais, mas ainda os judeus da época de Paulo (como muitas pessoas hoje em dia) confiavam nas cerimônias e ignoravam a fé salvadora que Deus exige de todas as pessoas de todas as raças. Na realidade, Abraão é o PAI DE TODOS OS CRENTES, de todos os tempos (Gal.3:7,29). Como Paulo disse em Rom. 2:27-29, nem todos os "judeus" são verdadeiramente o Israel de Deus. Nos vs.13-17, Paulo compara a lei e a graça, como em vs. 1-8 ele compara a fé e as obras. A chave aqui é a palavra PROMESSA (vs.13,14,16). A promessa de Deus para Abraão que ele havia de ser "o herdeiro do mundo" (aludindo ao reino glorioso governado pela sua descendência, Cristo) não foi dado em relação com a lei ou a circuncisão, mas POR PURA GRAÇA! Quando Deus deu a Abraão a Sua promessa, ele só tinha que crer! A lei nunca foi dada para salvar ninguém; a lei traz somente a ira e revela o pecado. A lei completamente cancela a graça, as obras cancelam a fé, os dois podem existir juntos. Como poderia Abraão ser salvo pela lei quando a lei ainda não tinha sido dado? Paulo conclui em vs.16 que justificação vem pela graça, por meio da fé, e é assim que todos (judeus e gentios) podem ser salvos! Então, Abraão não é somente o pai físico dos judeus, mas é "o pai de todos nós", todos que são da fé dele. Leia Gal.3 para saber mais sobre a graça e a lei. III. Justificação é pelo poder da ressurreição e não pelas obras dos homens ? 4:18-25 A primeira parte deste capítulo (1-8) faz uma comparação entre FÉ e OBRAS, a Segunda parte (9-17) faz a comparação LEI e GRAÇA; agora vamos ver nesta terceira parte (18-25) a comparação entre VIDA e MORTE. Note que em vs.17, Paulo identifica Deus como aquele que, "VIVIFICA OS MORTOS". Realmente Abraão e Sara eram mortos com referência a produzir filhos (Heb.11:11-12), porque ela tinha 90 anos e ele tinha 100 anos, mas quando nós temos esperança é assim que o Espírito Santo vivifica. Vamos nos lembrar que Abraão não foi um homem tão especial (vs.23-24), e nós também podemos ser salvos pela fé igual a de Abraão. Podemos ilustrar o cap.4 da seguinte forma: Fé ? e não ? obras Dom ? e não ? recompensa Graça ? e não ? lei Poder de reconciliação ? e não ? esforço do homem Justificação significa "declarado justo diante de Deus."
Capítulo 5Tema: Paz com Deus Este capítulo é uma explicação da última palavra do capítulo 4 (justificação). Não existe outro capítulo na Bíblia mais importante que este, porque é absolutamente necessário entender a doutrina de JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ. I. As bênçãos de justificação ? 5:1-11 1. TEMOS PAZ (vs.1) Houve um tempo que éramos inimigos (vs.10) mas agora em Cristo temos paz com Deus. Paz significa que o problema dos nossos pecados já está resolvido em Cristo. 2. TEMOS ENTRADA A DEUS (vs.2a) Antes de sermos salvos estávamos "em Abraão" e condenados junto com Adão, mas agora "em Cristo" somos perfeitos nos olhos de Deus e temos entrada a Deus, principalmente pela oração (Heb.10:19-25) 3. TEMOS ESPERANÇA (vs.2B) Efésios.2:11-12 diz que o incrédulo está sem esperança. Mas nós que estamos salvos temos uma "bem-aventurada esperança." (Tito.2:13) 4. TEMOS UMA CONFIANÇA DIÁRIA (vs. 3-4) O crente verdadeiro não tem somente esperança do futuro, mas também tem durante as tribulações do presente. A formula da vida do crente é: Provas + Cristo = Paciência Paciência + Cristo = Experiência Experiência + Cristo = Esperança Vamos fazer uma comparação entre Mat.13:21,1Tess.1:4-6, e Tia.1:3 Nós não nos gloriamos ACERCA das tribulações mas NAS tribulações. 5. TEMOS AMOR DE DEUS (vs. 5-11) Deus revelou seu amor quando Cristo morreu pelos pecadores (vs.8). Se Deus fez isto por nós sendo nós ainda inimigos, quanto mais o fará agora que somos filhos. Somos salvos pela Sua morte (vs.9) mas também somos salvos pela Sua vida (vs.10) porque a "virtude da Sua ressurreição" (Fil.3:10) opera em nossas vidas. Já alcançamos a "reconciliação" (vs.11) e agora nós estamos provando o amor de Deus em nossas vidas. II. A base da justificação ? 5:12-21 Neste trecho Paulo vai explicar como é que todos os homens são pecadores e como é que a morte de Cristo pode justificar todo aquele que crê. Vs.14 diz que Adão era um tipo (figura) de Cristo, ou em outras palavras, temos o primeiro Adão e o segundo Adão que é Cristo. Vamos fazer uma comparação entre os dois:
O velho testamento é um livro das gerações de Adão (Gen.5:1-2) e termina com a palavra maldição. O Novo Testamento é o livro da geração de Jesus Cristo (Mat.1:1) e termina com a idéia que "nunca mais haverá maldição" (Apoc.22:3) Vs.12-14 ensinam que o homem está sempre responsável diante de Deus, ou com a lei ou sem a lei. Entre Adão e Moisés não houve lei escrita, mas ainda a morte reinou, então sabemos que Deus sempre mostra a sua vontade ao homem. Por exemplo o pagão no mato da África ou o índio no interior do Brasil nunca leram a palavra de Deus mas ainda estão inescusáveis (Rom.1:19-20) Agora temos várias comparações entre a salvação e o pecado: 1. Vs.15-19 ? A ofensa - O dom gratuito 2. Vs.17 ? Morte - Vida 3. Vs.18 ? Condenação - Justificação 4. Vs.19 ? Desobediência - Obediência 5. Vs.20 ? Lei ? Graça Vs.21 diz que agora na Nova Criação (2Cor. 5:17) o pecado não mais reina mas graça reina, morte não mais reina mas vida reina, e nós reinamos na vida como reis e sacerdotes (Apoc.1:5-6). Autor: Pr Eduardo Kittle Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos - Março 2002 Correção gramatical: Guiomar Figueiredo - Setembro 2002 |
Capítulos 4 e 5
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