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A Chamada à Salvação

I Pedro 1:20, "O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;"

O fato que Cristo, o Filho de Deus, tornou-se homem, representando os eleitos, no lugar deles, com a própria pena que recairiria sobre eles, e dando a Sua vida em sacrifício por eles não faz que estes sejam automaticamente salvos. Estes têm um "tempo de amor" que particularmente aconteça em seu tempo oportuno segundo o calendário divino (Ezequiel 16:8). Os por quem Cristo morreu precisam de ser trazidos ao ouvir a mensagem de Cristo, terem os corações vivificados para que possam entender a mensagem e eles necessitam receber a fé para que possam crer em tal Salvador eficaz que é apresentado pelo Evangelho. O processo que transforma o eleito em um ouvinte com entendimento e fé será tratado nessa seção do estudo: os Meios que Deus usa, ou A Chamada à Salvação.

É fato que os eleitos de Deus serão chamados (Rom. 8:29,30). Em ordem cronológica, o que veio primeiro foi o conhecimento de Deus dos Seus que determinou a sua predestinação. Seguindo dessa fase da obra da salvação vem a própria chamada de Deus ao pecador elegido para que ele venha mesmo à salvação.

Deus Usa Meios para Cumprir a Sua Vontade

Os que Deus elegeu não são salvos no ato da sua eleição simplesmente por serem elegidos. Estes serão salvos em um tempo futuro em conseqüência dos meios que Deus determina. A eleição não é a própria salvação mas conduz "para a salvação" (II Tess. 2:13). Não há nenhuma dúvida que a eleição resultará na salvação de todos os elegidos em seu tempo propício. Essa eleição à salvação acontecerá pela operação dos meios que Deus ordena.

É claro que Deus usa meios para completar em tempo real o que Ele determinou na eternidade passada. Um exemplo de meios sendo usados para fazer a Sua vontade é a própria morte de Cristo. É dito que Cristo "foi morto desde a fundação do mundo" (Apoc. 13:8). Esta ação foi completa na eternidade passada já na mente de Deus. Mas, em tempo propício, no mundo, diante dos homens, Cristo foi prendido e crucificado e morto pelas mãos de injustos (Atos 2:23; 4:27,28). Também, a obra de eleição foi feita na eternidade, mas o seu efeito, a própria salvação, somente é visto em tempo por conseqüência da operação e a cooperação dos meios divinamente programados (I Pedro 1:20,21). Mesmo que as Suas obras da eleição foram acabadas "desde a fundação do mundo" (Heb. 4:3), elas venham a ser realizadas entre os homens em tempo por meios (Rom. 10:13-15).

Os meios da chamada de Deus na salvação podem ser diferenciados se forem contemplados os alvos da chamada (os salvos ou os não salvos), o efeito da chamada (a convicção somente ou a regeneração) e a maneira que a chamada é dada (interna ou exteriormente). Os meios que Deus usa para trazer os Seus a Ele freqüentemente cooperam entre si. Por crermos que Deus anteceda qualquer obra humana, listamos os meios internos primeiros. Estes meios internos são as vezes nomeados "a chamada interna". A chamada interna ou os meios internos são aquelas obras invisíveis que Deus opera suave e eficazmente no coração dos Seus.

Os Meios Internos ou

A Chamada Interna

Os meios internos são aqueles meios invisíveis empregados por Deus no interior do homem antes mesmo que o homem perceba qualquer ação nele em prol da sua salvação.

A Graça de Deus ? II Tim. 1:9

Por necessidade é importante listar a graça em primeiro lugar destes meios que Deus usa na chamada da salvação pois Deus é a primeira causa de qualquer obra boa (I Tim. 1:17). A graça é aquele maravilhoso atributo de Deus que é manifesto quando Deus derrama bênçãos em quem não as merece. Pela Palavra de Deus, pode ser observado que haja dois tipos de graça: a comum que é dada a todos os homens mas não salva ninguém e a especial que opera eficazmente nos eleitos trazendo-os seguramente à salvação por Jesus Cristo.

A Graça Comum ou Geral

A graça comum é manifesta ao todos (Sal 136:25; 145:9; Atos 17:24-26) incluindo bênçãos ao estrangeiro dando-lhes pão e vestimenta (Deut. 10:17-19), à natureza suprindo todas as suas necessidades (Sal 104:11-22; Luc. 12:6; Mat. 6:28-30). A graça comum estende tanto aos justos e injustos como aos bons e maus juntamente dando-lhes sol, chuva e tudo para viver bem (Deut. 29:5; Mat. 5:43-45; Luc. 6:35; 16:25). Essa graça comum é dada aos homens em geral dando-lhes um governo civil que é um instrumento de Deus (Rom. 13:3,4; I Pedro 2:14). A graça comum faz parte das coisas minuciosas ("até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados", Luc 12:7) até as coisas impossíveis de medir, a preservação do mundo e tudo que nele há (Neemias 9:6; Col. 1:16,17). Conjuntamente com estas bênçãos Deus também dá a mensagem de salvação a muitos que nunca serão salvos (Mat. 13:19-22; Atos 14:15-17; Rom. 2:4; I Tim. 4:10). Essa graça comum pode ser resistida (Mat. 23:37) e é resistida por todos que vão ao inferno. Que essa graça geral não é salvadora é entendida pela observação que os maus continuam mal depois da manifestação de tal graça mesmo que tal graça e bênçãos sejam maravilhosas (Rom. 2:4).

A Graça Especial ou Particular

A graça especial de Deus é exercitada para com aqueles que Deus ama particularmente (Deut. 7:7,8; 9:6; Jer. 31:3; Efés. 1:5; 2:4, "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,"). A graça especial de Deus age em casos além da salvação também. Essa graça particular é revelada em vários casos pela Palavra de Deus. Não existe outra explicação, a não ser a graça especial, que enviou Elias à viúva de Sarepta de Sidom e Eliseu ao lepra Naamã, o siro (Luc. 4:25-27; I Reis 17:8-13; II Reis 5:1-17). Essa graça especial é gloriosamente notada nos que Ele chama particularmente à salvação (Sal 65:4; Rom. 8:28,29; I Cor. 1:24; Gal. 1:15,16). Pela graça particular Deus escolheu a salvar os homens e não os anjos (II Pedro 2:4), a abençoar Israel em ser o Seu povo e não qualquer outra nação existente naquela época (Gên. 12:1-3), a levar o evangelho a Macedônia e não a Ásia (Atos 16:6-10), aos pobres e não aos ricos (Tiago 2:5), aos simples e não aos cultos (Mat. 11:25,26) e aos demasiadamente ímpios e não aos justos (Mat. 21:32). A graça especial de Deus é sempre eficaz em trazer todos os seus à salvação plena (João 6:44, "... e eu o ressuscitarei no último dia"; 10:27, "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e elas me seguem;"; I João 4:19; Atos 13:48; Efés. 2:4-5, 8-9; II Tess. 2:13). Por Deus pensar favorável para com os Seus antes de operar qualquer outra obra dEle, listamos a Sua graça primeira entre as obras internas. Entendemos que somente os "seus" podem vir a Cristo (João 1:12,13; 6:44, "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer"; 6:65, "...ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido.") e estes venham por serem capacitados pela Sua graça especial (II Cor. 3:5, "a nossa capacidade vem de Deus"; Gal. 1:15; Efés. 2:8,9). "O teu povo será mui voluntário no dia do teu poder;" (Sal 110:3)

A Graça Preveniente e a Providência

I Cor. 4:7, "Porque, quem te faz diferente?"

Gal. 1:15, 16, "desde o ventre de minha mãe me separou"

A graça de Deus, além de ser categorizada em comum ou especial, pode também ser listada como preveniente ou a providência. A graça especial é pela qual Deus escolha os Seus. A graça preveniente e a providência, em respeito ao assunto da salvação, são aspectos da graça pelas quais Deus traz eficazmente os Seus a Ele.

A graça preveniente é aquela graça "que nos induz à prática do bem (falando-se da graça divina) ou aquela que chega antes" (Dicionário Eletrônico Aurélio). A graça preveniente é aquela forma da graça de Deus que é exercitada para com os eleitos guardando-os de certos males e pecados antes e também depois que sejam salvos.

A providência é "A suprema sabedoria com que Deus conduz todas as coisas" (Dicionário Eletrônico Aurélio). No assunto particular da salvação, é o exercício da graça soberana que tem o aspecto específico de operar em particular com tudo ao redor dos eleitos controlando todos os aspectos das suas vidas antes e depois da sua salvação, segundo o eterno propósito de Deus. Ela influencia-os ao ponto que seja feita tudo o que é necessário para que estes atendam voluntariamente à chamada de Deus com fé em Cristo e que sejam obedientes à vontade de Deus continuamente até o último dia (Efés. 1:11; Fil. 1:6; 2:13).

Pela graça da providência, Abraão e Sara foram levados ao Egito, mas, foi pela graça preveniente que as suas ações foram guardadas para não serem destruídos (Gên. 20:4-6). José foi levado à casa de Faraó pela graça da providência usando a falta de entendimento dos pais dos seus sonhos (Gên. 37:10), o inveja e a ira dos seus irmãos (Gên. 37:11, 18-25), a mentira da mulher de Potifar (Gên. 39:13-20), o favor diante dos olhos do carcereiro-mor (Gên. 39:21) e o esquecimento do copeiro-mor do rei (Gên. 40:21-23). Todavia, foi a graça preveniente que guardou José de pecado com a mulher de Potifar (Gên. 39:2-12), do desespero nos longos anos na prisão (Gên. 39:23) e é o que levou José a conhecer o significado dos sonhos do rei (Gên. 41:16). Posteriormente, José deu testemunho que isso tudo foi orquestrado pela mão de Deus (Gên. 45:5). A operação de Deus pela providência, para os que tenham olhos para enxergar, é muito maior que qualquer milagre pois opera nos milhões de acontecimentos diárias para trazer a Sua vontade eterna ser feita.

Podemos perceber a mão de Deus trazendo os seus à salvação pela graça da providência nos casos do eunuco em Gaza (Atos 8:25-40), da Lídia (Atos 16:13-15) e do próprio Apóstolo Paulo (Gal. 1:15,16; Atos 9:1-19). Porém foi a graça preveniente que fez o eunuco desejar a ir a Jerusalém para a adoração, a Lídia querer estar onde a oração costumava ser feita e fez Paulo considerar a pregação de Estêvão. A ação de Deus que opera na vida de todos ao redor dos eleitos é chamada por alguns a ?providência? (Sal 136:5-12). A ação de Deus que restrinja as ações do próprio homem escolhido é chamada por alguns a ?graça preveniente? (Sal 76:10).

Que a graça da providência opera na salvação é entendida por Paulo declarar que desde a ventre da sua mãe ele foi separado e chamado pela graça (Gal. 1:15,16). Essa separação foi segunda o propósito eterno de Deus mas feita pela providência em tempo. A revelação do Filho de Deus ao Paulo aconteceu em tempo (Atos 9:1-6) assim como aconteceu a sua chamada pública ao apostolado (Atos 13:1-3). Depois de muitas experiências Paulo testemunha dizendo que tudo isso foi a graça que operou nele (I Cor. 15:10).

Observação

A providência não opera em oposição da liberdade nata do homem em fazer uma escolha qualquer nem cancela a sua responsabilidade pessoal quando é exercitada a sua vontade (Gên. 2:17; Ezequiel 18:20, "a alma que pecar, essa morrerá"; Gal. 6:7,8). O simples fato que Deus julga o homem pelas suas ações prova que o homem é responsável por elas. "A providência é entendida na sua operação quando são induzidas ações especificas ou o homem é colocado em situações que influenciam ou controlam-no nas suas ações" (Boyce, p. 224, o uso de vespões - Êx. 23:28; profetas mentirosos - I Reis 22:20-22; a cólera do homem - Sal. 76:10; mãos de injustos - Atos 2:23; os reis da terra - 4:27,28; Efés. 1:11, "opera todas as coisas segunda a Sua vontade"; Fil. 2:13).

Se você estiver sem Cristo e deseja mesmo ser salvo Nele, peça que Deus te salva pela Sua mão poderosa tendo misericórdia pela sua alma, levando-te a crer em Cristo Jesus o único Salvador revelado pelas Escrituras. Verá que tal ação é a sua responsabilidade. Verá também que a salvação é pela Sua graça. Venha já e provai a grandiosa graça de Deus (Isaías 55:6-7)!

A Obra do Espírito Santo

Os eleitos são como todos os outros também (Efés. 2:1-3). Portanto os eleitos, como qualquer incrédulo, são cegos no entendimento (I Cor. 1:18; 2:14; II Cor. 4:4 Efés. 4:18) não podendo ver o reino de Deus (João 3:3); surdos de coração, não podendo ouvir a Palavra de Deus (João 8:43,47); adormecidos no conhecimento (Efés. 5:14), não podendo ser atenciosos a vinda de Cristo (Mat. 25:2,3; Isaías 56:8-12). Portanto os eleitos, antes de serem salvos, são espiritualmente mortos (Efés. 2:1,5; Col. 2:13; Apoc 3:1) não podendo reagir pelas suas próprias forças à mensagem da vida. Se qualquer homem pecador chegará à fé verdadeira, este precisará de uma obra de Deus na sua vida. Essa obra divina é feita pela graça de Deus através de uma operação do Espírito Santo.

O Espírito Santo claramente opera nos corações dos homens mesmo que essas obras não são sempre nitidamente observadas por todos os homens. Essas obras do Espírito Santo são o despertar, iluminação, a convicção e a regeneração.

O Despertar

"No despertar do pecador, o Espírito de Deus impressiona a mente sobre a realidade da eternidade e do juízo. O pecador torna-se consciente de que está perigosamente sob a ira de Deus. Os assuntos espirituais tornam-se importantes" (Crisp, p. 45).

Por causa da obra do Espírito Santo em despertar não ser sinônimo com a regeneração o despertar não sempre resulta na salvação da alma. A impressão na mente do pecador que ele está sob a ira de Deus pode ser somente momentânea como nos exemplos do jovem rico (Mar 10:17-22) e do poderoso Félix (Atos 24:25-26) e simbolizada na ocasião da sementeira sobre pedregais e entre espinhos na parábola do semeador (Mar 4:16-19).

O despertar do Espírito Santo pode trazer à salvação quando outras obras de Deus são presentes. Pelo filho pródigo tornar a si e entender a sua situação, entendemos a presença da obra eficaz do despertar do Espírito Santo (Luc. 15:17-24). Uns exemplos que ensinam que o despertar pode trazer à salvação são: os gentios em Antioquia da Písidia (Atos 13:42-48) e os verdadeiros salvos (Efés. 2:5). Por Abraão praticar a adoração dos Deuses falsos e depois veio a seguir o verdadeiro Deus entendemos que ele foi despertado da sua condição velha (Gên. 12:1-3; Josué 24:15; Isaías 51:1,2). O despertar do Espírito Santo é claramente entendido pela visão de Ezequiel do vale dos ossos secos (Ezequiel 37:5-10).

Em todos estes casos citados, se foi uma obra eficaz ou não, os pecadores foram levados a serem conscientes da realidade terrível de uma eternidade sem Cristo. O ensinar de Cristo ao coração é obra do Espírito Santo (João 14:26;15:26). Chamamos essa consciência de uma realidade de juízo, a obra do despertamento.

Se você conhece essa obra de despertar no seu coração, peça que Deus seja misericordioso em trazer você a confiar em Cristo e que te salva por Seu poder.

Se você já foi salvo, lembrai-lhe da misericórdia de Deus em vivificar-te pela Sua graça. Louvai-O com uma vida santa de obediência da Palavra de Deus em amor pela salvação. Seja uma testemunha limpa aos outros que ainda estão dormindo (Efés. 5:14).

A Iluminação

O pecado prenda nos laços do diabo (II Tim 2:26; Heb 3:13) e o coração do homem é depravado (Jer. 17:9; Prov. 28:26). Por essas razões o pecador precisa de ser iluminado ao perigo do pecado e da gravidade de uma eternidade sem a salvação. É somente o Espírito Santo que provoca essa iluminação e nunca é produzido pelos homens por mais sinceros ou bem intencionados que sejam. Os homens não elegidos em geral podem receber um grau de iluminação ao ponto de serem movidos a temer as conseqüências eternas do pecado (Atos 26:28; Heb 6:4-6; 10:20, 32, 33). Todavia são somente os elegidos que são "renovados para o conhecimento" (Col. 3:10; Hebreus 10:38,39) ao ponto de serem capacitados a crerem no Evangelho (João 10:27; Atos 2:42, "de bom grado receberam a palavra"; 13:48).

A Convicção

O despertar e a iluminação revelam o perigo do pecado, a convicção aponta a causa do perigo. Quando assim o Espírito Santo opera nos Seus, o homem é convencido do seu pecado, a justiça de Deus e o juízo de Deus sobre toda a impiedade (João 16:8-11).

Pela obra eficaz e completa do Espírito Santo na convicção, os por ela atingidos, reconhecem as suas culpas (Sal. 51:4; Luc. 15:18; 18:9-14; Atos 2:37, "compungiram-se em seus corações" no grego #2660 furar completamente; agitar violentamente, Strong?s; Atos 16:29); deixam o seu egoísmo (Isaías 64:6; Luc. 18:9-14) e são guiados a crerem em Cristo somente (II Cor. 7:10; Mar 9:24). Pode ser que os atingidos pela convicção não venham a salvação (Atos 26:28; Mat. 19:21,22). Pode ser que essa obra da convicção não seja agradável (Romanos 8:15), mas é necessária (Mat. 5:3-6).

A Regeneração

A regeneração é absolutamente necessária para a salvação (João 3:3,5). A mudança radical na alma do homem que capacita ele a entrar no reino de Deus é o que chamamos a regeneração.

A Origem da Regeneração

A regeneração não é da vontade humana (João 1:12,13; Romanos 9:16). É verdade que o homem, pela força de sua vontade, pode se reformar, mascarando assim as evidências da sua natureza pecaminosa. Pode ser também que o homem reprime as manifestações visíveis do seu coração ímpio. Todavia o homem não tem capacidade de dar início à uma natureza radicalmente diferente daquela que lhe é própria (Romanos 8:6-8). Se não tiver uma renovação da própria natureza, da qual é fonte de todas as ações morais (Prov. 4:23), o homem, mesmo se fazendo ?bom? diante de si e diante dos homens, não pode escolher santidade nem desejar a salvação verdadeira (Jer. 13:23, "pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal."; João 5:40, "não quereis vir a mim para terdes vida"; I Cor. 2:14, "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus ... não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente"; João 6:63, "a carne para nada aproveita"). Tal escolha seria contra a sua própria natureza pecaminosa. A regeneração é pela vontade de Deus, não do homem (Fil. 2:13).

Devemos enfatizar que o homem, no estado natural, nem pode cooperar positivamente com qualquer influencia divina que possa ser aplicada por meio da verdade antes que a nova natureza seja nascida de Deus. O homem natural, que sempre procura benefícios próprios pela religião, verdadeiramente não vê em Deus, ou na genuína santidade, nada desejável. Mesmo que um homem religioso buscasse a santidade e a verdade divina, tal busca não viria de um desejo sincero para glorificar somente a Deus (Romanos 1:18, "detêm a verdade em injustiça"; 1:25, "honraram e serviram mais a criatura do que o Criador"; 3:18, "Não há temor de Deus diante de seus olhos.") Qualquer busca de aparência de santidade seria para agradar-se a si mesmo em uma maneira ou outra (I João 2:16, "tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, ... dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."; João 3:19, "os homens amaram mais as trevas do que a luz"; Mat. 23:37, "quantas vezes que eu ajuntar os teus filhos ... e tu não quiseste!"). Por causa da impiedade da natureza dele, não pode ser esperada que o homem cooperasse para dar início à santidade verdadeira no seu coração.

Há os que dizem que uma apresentação favorável de várias verdades pode causar a nova natureza no homem. Pensam alguns que os fatos importantes da Bíblia podem ser mecanicamente impressionados na mente do homem ao ponto de comove-lo que o seu coração seja feito novo. Todavia, a vontade do homem, expressada pelas decisões da mente, não é independente do seu próprio coração. Do coração vem as ações e não são as ações que modificam o coração (Mat. 15:19; Mar 7:21-23; Gên. 6:5; Prov. 4:23; Romanos 3:10-18; Gal. 5:19-21). Não mudamos o coração pela mente mas mudamos a mente por termos um coração novo. Mudando a natureza do homem é o único meio para o homem ter uma disposição nova para amar a verdade (Ezequiel 36:26; João 3:3, "aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.")

Quando existe a obra do Espírito Santo de regeneração, existe uma nova natureza que tanto deseja quanto pode ser santa e obediente a Deus por Jesus Cristo (Tito 3:5-7; Fil. 4:13; João 3:3-5) ? Bancroft, p. 227. Essa mudança radical na alma do homem que capacita ele a entrar no reino de Deus é o que chamamos a regeneração e ela é do Espírito Santo somente. Você a tem?

Os Nomes da Regeneração

Essa obra instantânea do Espírito Santo que faz o eleito ter uma disposição santa tem vários nomes pela Bíblia. É biblicamente chamada a regeneração (Tito 3:5), "nascer de novo" (João 3:3) ou ser "nascido do Espírito" (João 3:6). Toda parte do homem é afeitada pela regeneração. As afeições são renovada, a mente é iluminada para o entendimento do reino espiritual e o estilo da vida passou a ser novo (II Cor. 5:17).

A Natureza da Regeneração

A natureza da regeneração é entendida pelas palavras bíblicas usadas para simboliza-la:

  1. Criação ? Efés. 2:10
  2. Novo nascimento ? João 3:3
  3. Renovação ? Col. 3:10
  4. Nova natureza ? II Cor. 5:17
  5. Novo coração ? Ezequiel 36:26
  6. Ressurreição ? Efés. 2:1,5
  7. Uma árvore boa ? Mat. 7:17
  8. Resplendor com luz ? II Cor. 4:6
  9. As Leis de Cristo escritas no coração ? Heb 8:10
  10. Translado ? Col. 1:13
O Fruto da Regeneração

O Espírito Santo faz uma nova disposição no coração do homem. Até este momento, o homem é passivo.
Com a nova disposição no coração o homem torna a ser ativo. A nova naturezas nascida pela obra do Espírito Santo evidencia-se. Chamamos as evidências dessa natureza o "fruto" da regeneração. O fruto da regeneração é fé (I João 5:4,5; Heb 12:2; I Pedro 1:3), arrependimento (II Tim 2:25), amor a Deus (I João 4:19), amor aos outros (I João 4:7; 3:14) e a perseverança (Fil. 1:6; I João 5:4,5).

Observação

Nem todos os que são despertados, iluminados ou trazidos à convicção venham eficazmente a Cristo (Mat. 20:16, "muitos são chamados, mas poucos escolhidos"; Atos 7:51, "vós sempre resistis ao Espírito Santo"; João 10:26, "Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas"). Todavia, todos os que são regenerados venham eficazmente a Cristo para todo o sempre (João 10:27-29, "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem"; Fil. 1:6, "aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo"; I Tess 5:24, "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará"). Os regenerados passam pelas outras obras de despertar, a iluminação e a convicção.

Pensando nessas verdades, ninguém deve ser satisfeito que está convicto da sua condição pecaminosas ou que está despertado ao ponto de considerar o juízo eterno. Tudo isso não é salvação mesmo que pode ser envolvido no processo de salvação de todos os salvos. O que é necessário para a salvação é a regeneração. Portanto, clame a Deus que Ele tenha misericórdia nas almas e que as modifiquem ao ponto que manifestam o arrependimento dos pecados e a fé em Cristo!

Os Meios Externos

A Chamada Externa

Todos os meios, sejam internos ou externos, são controlados por Deus Quem é sobre tudo (Isaías 45:7). Não minimizando o poder de Deus nem da Sua soberania, os meios externos são da responsabilidade do homem. Os meios externos, da responsabilidade do homem, devem ser empregados com todo o esforço que biblicamente podemos enquanto imploramos que Deus usa os Seus meios internos, que são da Sua responsabilidade, nos corações de todos daqueles a quem pregamos (Ezequiel 37:1-10).

Deve ser enfatizado que Deus não é limitado em nada (Daniel 4:35, "não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?"). Se de pedras Deus quiseste suscitar filhos a Abraão, Ele poderia (Mat. 3:9; Luc. 3:8) pois nada há que a Deus seja demasiado difícil (Jer. 32:17). Porém, o que Deus manda ao homem fazer, é o que o homem é responsável a fazer. O homem é mandado a pregar a Verdade, orar que Deus abençoa a Sua Palavra e viver uma vida exemplar diante todos. Se não houver obediência no que somos responsáveis a fazer, não veremos as bênçãos de Deus no nosso ministério (Ezequiel 33:6-8; II Cor. 4:3,4; Atos 20:26,27).

A Pregação da Palavra de Deus

Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à salvação. Dessa vontade somos confiantes pelo exemplo de Cristo e dos Seus discípulos, pelo Seu mandamento aos discípulos e pelo raciocínio inspirado na Bíblia (II Tess 2:13, 14).

Cristo é o próprio Verbo que Deus usa para chamar os Seus eleitos à salvação (João 1:1,14; II Cor. 4:6). Cristo empregava a pregação de toda parte da Palavra de Deus no Seu ministério publico (Mar 2:2, "e anunciava-lhes a palavra"; Luc. 5:1; 24:27, 44, "de mim estava escrita na Lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos"; João 12:48, "a palavra que vos tenho pregado"; 14:24, "a palavra que ouviste não é minha, mas do Pai que me enviou."; 15:3, "Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado."). Como Cristo é feito "Espírito vivificante" (I Cor. 15:45) Ele vivifica os Seus pela Palavra de Deus (I Pedro 1:23-25; Tiago 1:18). O exemplo do próprio Cristo em usar a Palavra de Deus na sua evangelização é uma forte lição para nós.

Os discípulos nos dão exemplo do uso da Palavra de Deus também. Os discípulos eram "ministros da Palavra" (Luc. 1:2) anunciando "o evangelho de Deus" em todo lugar que foram (I Tess 2:2; Atos 8:4; 11:19; 14:7; 20:27, "todo o conselho de Deus"). Não foram "palavras persuasivas de sabedoria humana" que componha o conteúdo das pregações (I Cor. 2:4) mas a mensagem de Jesus Cristo "segundo as Escrituras" (I Cor. 2:1-5; 15:3-4). A pregação da Palavra de Deus basta. Pela pregação da Palavra de Deus os discípulos alvoroçaram o mundo (Atos 17:6), testemunharam-se de Cristo (Atos 1:8) e pelo o Espírito Santo usando a Palavra pregada, todos quantos estavam ordenados para a vida eterna creram (Atos 13:48). Se queremos ter o poder de Deus operando entre nós, devemos restringir-nos ao uso exclusivo da Palavra de Deus. Ela é o poder de Deus para a salvação (Romanos 1:16).

O mandamento de Cristo para que os seus preguem é prova que Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à salvação. Cristo mandou os seus a pregarem o evangelho a toda a criatura (Mat. 28:18-20, "vos tenho mandado" ? João 14:26; 15:15; Mar 16:15; Luc. 24:47). Essa comissão aos que formaram a igreja primitiva é a comissão de todos os do mesmo tipo de igreja, que querem ser obedientes ainda hoje (Mat. 28:20, "até a consumação dos séculos"; II Tim 2:2; 4:2-5). Devemos sempre nos relembrar que Cristo é declarado pela pregação e é a pregação que Deus usa para salvar os Seus (I Cor. 1:21-24; Tito 1:3). Não devemos pensar, nem um pouco, que são nossas invenções, idéias, promoções ou transpirações que devemos aprimorar para a declaração da Palavra de Deus, mas contrariamente é exclusivamente a pregação da Palavra de Deus que somos mandados a pregar. Se quer ver os ?seus? virem a Cristo, pregue a Palavra.

O raciocínio inspirado da Bíblia prova que Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à salvação. É a palavra que testifica de Cristo (João 5:39) e que leva a vida ao terreno antes preparado por Deus (Mat. 13:23; I Cor. 3:6). Não há fé sem ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:13-14, 17; Efés. 1:13, "depois que ouvistes a palavra da verdade"; Tiago 1:18). Quando o rico se interessava que os seus cinco irmãos não viessem ao inferno, a Palavra de Deus foi dada como suficiente para isso (Luc. 16:29). Ela é superior até de um ressuscitado voltando ao mundo (Luc. 16:30,31). Há uma incumbência para pregarmos o evangelho, não somente pelo mandamento de Cristo, mas pelo perigo pessoal e social da verdade ser encoberta se ela não for pregada (I Cor. 9:16; II Cor. 4:3).

Os que querem usar a doutrina da eleição para não pregar aos que nunca ouviram não estão manejando bem a palavra da verdade. A eleição não é salvação mas "para a salvação" e essa salvação é pela fé na verdade que é apresentada pela Palavra de Deus (II Tess 2:13, 14, "para o que pelo nosso evangelho vos chamou"; Romanos 10:13-14, "como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?"). Não precisamos entender como Deus usa a Sua Palavra para dar vida. Somente devemos entender a nossa responsabilidade em prega-la a toda a criatura e pedir que Deus nos dê o Seu crescimento por ela (I Cor. 3:6).

A oração dos Santos

É verdade que haja meios que funcionem somente em conjunto com os outros meios e nunca sozinhos. A oração é assim. Ela é útil na aplicação pelo Espírito Santo da Palavra de Deus pregada nos corações dos homens segundo a vontade de Deus. A oração é um meio tão importante quanto necessário. É tanto uma obra divina quanto uma responsabilidade do homem (Ezequiel 37:9,10).

A Bíblia claramente afirma que Deus usa as orações dos Seus santos na chamada dos seus eleitos à salvação. A oração é útil na aplicação da Palavra de Deus ao coração dos que Deus chama. Somos animados a orar pelo exemplo de Cristo e dos seus discípulos e pelos mandamentos inspirados pelo Espírito Santo na Palavra de Deus. A oração nunca pode mudar Deus pois Ele não muda (Malaquias 3:6; Tiago 1:17) mas ela verdadeiramente é um meio eficaz que Deus estimula e usa para fazer a Sua vontade (Mat. 7:7-11; Luc. 18:1-8; Efés. 1:11; Romanos 8:26).

O efeito que a oração tem como meio no chamamento dos eleitos à salvação é entendido pelo uso de oração por Jesus. Mesmo que Jesus é Deus e portanto onisciente e onipotente Ele freqüentemente foi encontrado na prática de oração. Nas suas orações Ele expressava os desejos do Seu coração juntamente clamando que tudo seja segunda a vontade do Pai (Mat. 26:39). Entre outras razões por orar Jesus também orava pelos que, no momento da oração, não eram salvos. Ele orou pelos que iriam ouvir o Evangelho e seriam salvos (João 17:9-11, 20, "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;"). Se Jesus ocupava-se na oração intercedendo pelos que naquele momento em qual Ele orava eram transgressores (Isaías 53:12; Hebreus 7:25), podemos ser animados a empregar tal meio também a orarmos pelos que amamos e ainda não são salvos. Podemos sinceramente implorar pela salvação dos transgressores. Se a oração não fosse um meio pelo qual Deus chama os seus eleitos a salvação não teria propósito nenhum essa oração de Jesus por aqueles que ainda seriam convertidos pela Palavra de Deus. Não sabemos quem são os eleitos mas sabemos que a oração é um meio usado por Cristo a interceder pelos transgressores para que sejam salvos. Podemos ser como Cristo quando empregamos este meio eficaz orando pela salvação dos transgressores, de todos aqueles que o Pai deu a Cristo.

O uso de oração pelos discípulos nos ensina que Deus usa a oração dos santos para chamar os seus eleitos à salvação. O apóstolo Paulo também ocupava-se no exercício deste meio. Ele orou pelos incrédulos para que fossem salvos (Romanos 10:1-3, "Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação."). Muitos destes por quem Paulo orou não vieram a Cristo, mas a sua oração era correta mesmo assim. Não foi somente um único apóstolo que praticava compaixão pela oração pelos incrédulos mas também os irmãos em Coríntios se exercitaram na oração em prol dos recipientes do evangelho. Os irmãos de Corinto foram agradecidos por Paulo pela ajuda que empregavam em orar pelos ministros do Evangelho no seu trabalho de evangelização (II Cor. 1:11). As suas participações na missão dele pela oração e sacrifício financeiro foram a esperança dos missionários que muitos outros, que naquele momento não eram salvos, chegariam à fé. A participação dos irmãos na obra missionaria pela ajuda dada pelas orações e ofertas missionárias era uma esperança forte que novos convertidos dariam gratidão pelas suas participações. Também entendemos que a ajuda no evangelismo que a oração da igreja em Filipos trouxe, foi um estímulo ao apóstolo Paulo (Fil. 1:19). Entendendo a ajuda que a oração foi para o Apóstolo Paulo e que motivava uma esperança viva que outros ainda creriam em Cristo, podemos ser resolutos em orar pelo sucesso do evangelho. Nunca devemos nos esquecer da verdade que diz: "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." (Tiago 5:16). É um estímulo orar saber que pelas obras de pregação e de oração tornemos a ser "cooperadores de Deus" (I Cor. 3:9).

Pela Bíblia ser a revelação perfeita de Deus, os que querem glorificar a Deus são estimulados a obedecer os mandamentos dela. Os mandamentos aos santos a orarem sem cessar (I Tess 5:17) e fazerem orações e intercessões por todos os homens (I Tim 2:1-3) nos exemplificam a importância de oração na chamada dos eleitos à salvação. A igreja em Tessalônica foi animada pela instrução a rogar pelos evangelistas no seu trabalho para que a Palavra de Deus pregada tivesse efeito (II Tess 3:1). A mesma instrução foi dada aos irmãos em Colossos (Col. 4:2-4). Se estes exemplos das instruções às igrejas neo-testamentárias para que orassem pelo desempenho positivo do evangelho entre os incrédulos foram incluídos na Bíblia, as igrejas hoje que querem ser iguais aquelas igrejas podem receber instrução no seu dever de orar. Não seja displicente nas suas orações pelos seus familiares, colegas e até pelos que se não conhece pessoalmente. Pode ser que as suas orações sejam o instrumento que Deus usa para efeituar a fé na Sua Palavra no coração de alguém para que venham a Cristo.

A Vida exemplar diante todos

A presença do Espírito Santo na vida do Cristão faz que ele seja uma testemunha (Atos 1:8). Essa testemunha pode ser realizada em duas maneiras: na pregação da Palavra de Deus, e, por uma vida diária em submissão à Palavra de Deus. Nem todos os Cristãos são vocacionados pastores e doutores (Efés. 4:11; I Cor. 12:29), mas cada Cristão indistintamente é uma testemunha de Cristo pela sua vida de obediência à Palavra de Deus. Essa vida obediente à Palavra de Deus pode ser usada por Deus no chamamento do Seu povo à salvação (II Cor. 2:14, "por meio de nós").

Essa testemunha pela vida cristã no mundo é simbolizada biblicamente como sal e luz (Mat. 5:13-16; Romanos 13:11-14). A utilidade da vida crista em conservar virtudes no mundo é representada pelo sal (Mat. 5:13). O efeito de mostrar publicamente o poder de Cristo sobre o pecado é manifesto pelo símbolo de luz (Mat. 5:14,15). Nisto somos instruídos que a obediência à Palavra de Deus é útil e eficaz em testemunhar de Cristo. A testemunha da Palavra de Deus pela vida do Cristão glorifica Deus "diante dos homens" (Mat. 5:15,16; II Tess 1:11,12). Essa testemunha viva da Palavra de Deus é usada para enfatizar o que diz as Escrituras de Cristo diante os não salvos. A vida pública do Cristão é um meio que Deus usa para chamar o Seu povo a salvação. Portanto, "vede prudentemente como andeis" (Efés. 5:13-16).

A importância de uma vida pública no chamamento dos pecadores à salvação é reforçada pelo Apóstolo Pedro. No caso de mulheres cristãs tendo maridos não crentes, estes podem ser ganhos a Cristo meramente pelo comportamento delas (I Pedro 3:1-4). A vida casta, no temor de Deus, é um fator importante na evangelização e na chamada à salvação destes maridos descrentes.

Deve ser enfatizada que não é isoladamente a moralidade ou a retidão da vida que é a maior destaque nessa área. A moralidade e uma vida reta somente têm efeito positivo quando representam submissão à Palavra de Deus. A própria Palavra de Deus é o meio principal que Deus usa na chamada do Seu povo à salvação. Juntamente com a Palavra de Deus, sem dúvida, a vida submissa à Palavra de Deus, prega alta e é usada por Deus na chamada a salvação. É impossível separar a utilidade de uma vida em obediência da Palavra de Deus da própria eficácia e poder das Escrituras. É indisputável o fato: se vivermos a Palavra de Deus, Cristo é pregado; se não somos obedientes a Palavra de Deus, Cristo não é pregado. Por causa dessa convivência de verdades, existem exortações abundantes para que os Cristãos vigiem bem das suas testemunhas (João 13:35; 15:8; Romanos 13:11-14; Fil. 2:15,16; I Pedro 2:11,12).

A sua vida pode ser a única Bíblia que muitos lêem. Viva em submissão constante à Palavra de Deus, para que Cristo seja manifesto e Deus glorificado no mundo (I Pedro 4:14-19).

A Eficácia da Chamada à Salvação

Os meios internos (a graça e a obra do Espírito Santo) e os meios externos (a Palavra de Deus sendo aplicada pela pregação, a oração intercessora e pela testemunha de uma vida Cristã) são eficazes para que os escolhidos venham em tempo oportuno ao arrependimento dos seus pecados e à fé em Cristo Jesus. A chamada particular é eficaz.

Por causa da graça particular de Deus estando para com aqueles a quem Ele amou particularmente na eternidade, estes virão seguramente a Ele em tempo. Estes eleitos serão conduzidos pela graça preveniente e induzidos pela graça proveniente a voluntariamente atenderem à chamada de Deus com fé em Cristo. Exemplos disso são o Eunuco (Atos 8:25-40), Lídia (Atos 16:13-15), o apóstolo Paulo (Gal. 1:15,16; Atos 9:1-19) e os gentios de Antióquia de Pisídia (Atos 13:48). A obra da graça particular é uma obra certeira. Por isso Jesus declarou: "Todo o que o Pai me dá virá a Mim; ..." (João 6:37, 45). Existem os que resistem a operação geral de Deus (Atos 7:51) mas quem pode estorvar a mão do Onipotente na graça particular (Daniel 4:35; Isaías 46:10)?

Pela regeneração ser feita pela obra do Espírito Santo, o eleito virá sem dúvida ao arrependimento e à fé em Cristo, o fruto da regeneração. A regeneração concede uma nova natureza espiritual que quer e pode ser obediente à chamada da Palavra de Deus a Jesus Cristo (Tito 3:5-7; Fil. 4:13; João 3:3-5).

A Palavra de Deus é eficaz na chamada do eleito. Ela é o martelo que esmiuça a penha, o coração do pecador (Jer. 23:29). Não há dúvida nenhuma que ela pode efetuar seguramente o que ela foi enviada a fazer (Isaías 55:11; Romanos 1:16, "o poder de Deus para salvação").

Pelos exemplos de Cristo, os apóstolos e pelos mandamentos da Palavra de Deus que orássemos, entendemos que pela oração, o propósito da Palavra de Deus é realizada nos corações dos escolhidos. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos", (Tiago 5:16). As orações dos Cristãos ministradas pelo Espírito Santo segundo a vontade de Deus, são eternamente lembradas (Apoc 5:8; 8:3,4). Na plenitude dos tempos, essas orações serão respondidas para a glória de Deus.

A testemunha pública do Cristão é eficaz em pregar Cristo também. A vida do Cristão é como uma cidade edificada no monte que não pode ser escondida (Mat. 5:13-16; I Pedro 4:14-19). A vida dos santos é um instrumento de Deus para ministrar a todos as verdades da Palavra de Deus até mesmo a própria salvação dos escolhidos (I Pedro 3:1,2; Atos 7:58; 22:20).

Entendendo que a origem da nossa fiel testemunha (Fil. 4:13), a oração eficaz, a obra da regeneração (João 6:63) e a graça salvadora (II Tim 1:9) é Deus, podemos enfatizar que aquele em quem tais obras são feitas, virão a Cristo verdadeiramente (João 6:37, "Todo o que o Pai Me dá virá a Mim; ..."). Naqueles em que Deus opera as Suas obras com a intenção de salvação manifestarão tais obras pelo arrependimento dos seus pecados e pela fé em Cristo Jesus (Atos 13:48; Romanos 11:29).

Deus já te convenceu do seu pecado e da sua necessidade da misericórdia de Deus para ser salvo? Já recebeu a Sua chamada a Cristo? Saiba que Cristo é o Salvador dos pecadores (I Tim 1:16). Se ouça a chamada, venha se arrependendo dos seus pecados com fé na pessoa de Cristo quem é revelado pelas Escrituras. Se está com sede e quer beber da fonte da água da vida (Cristo), venha já (Isaías 55:1-3; Apoc 21:6; 22:17). Se os seus pecados estão ti oprimindo, peça que Deus seja misericordioso em salvar mais um pecador (Mat. 11:28-30). Verdadeiramente todos os que venham a Deus por Cristo serão atendidos gloriosamente (João 6:35-37, "... e aquele que vem a Mim não terá fome ... nunca terá sede ... de maneira nenhuma o lançarei fora."). Deus é grande em perdoar (Isaías 55:6,7) e a Sua palavra é pura (Prov. 30:6).

Autor: Pastor Calvin Gardner

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