A fé é dom de Deus, mas quem precisa exercer a fé para ser salvo, é o homem,não Deus. Deus deu ao homem a capacidade de crer, e se este quiser exercita-la, tem liberdade de faze-lo. E se não quiser usar tal capacidade, Deus o deixa livre para não exercita-la. Pois se declara em Fil. 1:29 "Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nEle, como também padecer por Ele". Assim, a fé não glorifica o homem, mas sempre e somente a Deus, que nos deu tanto a capacidade como a liberdade de crer em Jesus. Mas nem todos querem crer e chegam alguns até a tapar o ouvidos e a fechar os olhos para não ouvirem e nem enxergarem o que preferem ignorar. Resistem ao Espírito Santo como aos que apedrejaram a Estevão a quem este dizia: "Homens de duras cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido; vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais ", Atos 7: 51. Em Heb. 6:4 se fala dos que, em certo sentido, provaram o dom celestial e se fizeram participantes do Espírito Santo a ponto de serem iluminados para conhecerem a verdade, mas resistiram aos apelos do Espírito Santo e não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes enviou a operação do erro para que cressem na mentira, conforme II Tess. 2:10-12. Nos crentes porém, e só nestes, e não nos incrédulos, Deus é quem opera tanto o querer como o efetuar segundo a sua boa vontade, conforme Fil. 2:13. Mesmo assim tomando Deus a iniciativa, capacitando, estimulando os Seus servos a agirem segundo a Sua divina vontade, Deus ainda prefere deixá-los livres para efetuarem a Sua salvação com temor e tremor. Aqui em Fil. 2:12 se trata de os salvos da condenação eterna, ainda efetuarem a salvação em seu viver diário, nesta peregrinação presente, no sentido de santificação progressiva, mortificando o velho homem, a velha natureza, e salvando-se cada dia da influencia desta, Col. 3:5. Deus não trata o homem, que ele prefere livre, como robô, ou marionete. Deus não quer escravos mas filhos livres a servi-lo na fé que opera por amor conforme Gal. 4:7; 5:1 e 13. Creio que a graça de Deus na salvação do pecador não é irresistível. É condicionada a fé livre do homem, mas a iniciativa na salvação do homem é sempre dEle, de Deus. "Os que dantes conheceu também os predestinou para serem conforme a imagem do seu Filho", Rom. 8:29. Os que são salvos, os são pela iniciativa de Deus, pois são eleitos, segundo e presciência de Deus Pai, são santificação do Espírito e para obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo. I Pedro 1:2. O Onisciente Deus já sabia antes da fundação do mundo quem iria crer e aceitar a Cristo como Salvador e Senhor. A estes Ele predestinou, fazendo provisão para que lhes chegassem o evangelho, para que pudessem exercer fé livremente no Salvador Senhor Jesus Cristo. Porque seria que Deus não tivesse evangelizado muitas gerações entres os Chineses no passado? Ele sabia que não adiantaria evangeliza-los pois também sabia que não iam crer nEle. Quando Deus sabe que alguém vai receber Jesus, certamente Deus o prepara e o predestina para a Salvação, como fez com o eunuco enviando-lhe Felipe (Atos 8:26-39). Mas se Deus depender da fé do homem para salva-lo, isso não glorifica o homem em vez de glorificar a Deus? De modo nenhum. Pois fé não é mérito, o homem não faz nada por merecer, ou para merecer a graça salvadora. A salvação é pela graça mediante a fé, e não vem de obras, é dom de Deus, conforme Efés. 2:8-9. Imaginemos como ilustração, que alguém que receba tratamento dentário por um mês, fica em dívida de mil reais. Poderia dizer ao seu dentista? "nada lhe devo pois creio muito no senhor que é um ótimo profissional." Que poderia responder o dentista: fé não é mérito, fé não paga a dívida. Pague o que me deve. O senhor não merece tratamento gratuito só por acreditar que eu sou um bom dentista. O senhor não faz mais do que a obrigação de acreditar em mim, pois eu, de fato mereço a sua confiança pois sou profissional muito competente. Contudo, e atenção à sua fé, perdôo-lhe a dívida. E para tanto, fica na minha conta todo o material que empreguei, material, alias, muito caro. Assim o pecador é salvo por iniciativa graciosa de Deus, em atenção a sua fé em Jesus Cristo seu Filho não porque tal fé tenha originado qualquer direito ou credito de ser salvo. A fé não beneficia o pecador de forma nenhuma. Ele não faz mais do que a obrigação em amar e glorificar a Deus e a Jesus Cristo que pagou o preço infinito para obter perdão de Deus a ele culpado e digno de eterna condenação. Cristo é muito mais glorificado em pagar o preço da salvação de todos os homens, e permitir que os eternamente perdidos rejeitem livremente o dom gratuito da graça, resistindo a tão grande graça. Deus não é obrigado por nenhum dever de justiça perdoar a dívida de quem rejeita o perdão e o perdoador. Antes, Deus é mais glorificado ainda em terem Cristo feito propiciação por todo mundo até pelos que o rejeitam conforme I João 2: 2. E os que se perdem ficam mais dignos de condenação infinita por rejeitarem tão grande graça de dimensão infinita. Assim Deus é glorificado nos que se salvam e nos que se perdem. Deus não predestinou ninguém a perdição. É o homem que se condena a rejeitar a salvação e a passagem já paga apara o céu. Glória seja dada ao Deus Eterno, e a Jesus Cristo o Bendito Salvador oferecido a tantos quantos o queira aceitar, assim como aos que queiram rejeita-lo. A oferta de Deus é graciosa. Quem quiser venha, e tome de graça da água da vida, Apoc. 22: 17 Autor: Felix Racy |
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