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O HOMEM DO PECADO

Nos capítulos anteriores já tocamos algo no Homem do Pecado, mas agora viemos estudá-lo mais de perto. Antes de prosseguirmos, vire o estudante e leia as passagens seguintes: 2 Tess. 2:3-10; Apoc. 11:1-7,13; 16:13-16,17; 19:17-20; Dan. 7:8-27; 8:8-25. Estas duas últimas passagens têm referência a Antiôco Epifano, o tipo do Homem do Pecado.

I. A IDENTIDADE DO HOMEM DO PECADO

1. É PARA SER UM INDIVÍDUO ATUAL

Como afirmado antes, interpretamos qualquer passagem da Escritura literalmente, a menos que haja alguma coisa na passagem, ou no contexto, ou em alguma outra Escritura que indique um sentido figurativo. Não achamos nenhuma razão, absolutamente, para tomarmos a descrição do Homem do Pecado de outra maneira que não literalmente. Nenhuma instituição ou agência podia sentar-se no templo de Deus. Vide 2 Tess. 2:4.

2. ELE E A BESTA DO APOCALIPSE DEVEM SER O MESMO INDIVIDUO

Sustentamos esta convicção pelas seguintes razões:

(1). Ambos devem ocorrer os seus curso durante o ínterim entre as duas fases da vinda de Cristo

Abaixo mostramos ser isto verdade do Homem do Pecado. E num capítulo anterior mostramos que a seção do livro em que se recorda a carreira da besta pertence a esse período.

(2). Suas atividades são igualmente descritas

2 Tess. 2:4-10; Apoc. 13:6-8.

(3). Ambos são para serem destruídos na vinda final de Cristo à terra.

2 Tess. 2:8; Apoc. 19:11-20

3. ELE É PARA SER UM REI MUNDANO COM ASSENTO DE PODER EM ROMA

Vide Apoc. 17:1-11. Sustentamos os sete montes (v. 9) como as sete célebres colinas de Roma. Os cinco reis caídos, sustentamos ser Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e Grécia. A que então era cremos que foi Roma pagã. A que ainda era para vir foi Roma ?Cristã?, ou o Santo Império Romano, assim chamado. Os primeiros seis reinos (o termo para reis significando tanto reis como reinos) culminaram no sétimo. A besta é para ser o oitavo rei e seu reino combinara todo o poder e malícia dos sete. A ferida mortal em uma das cabeças da besta (Apoc. 13:3) tomamos por representar a queda de Roma, A. D. 476. Referimos a cura da ferida ao restabelecimento do Império Romano com sua capital em Roma sob o reinado da besta. O mar do qual se vê surgir a besta (Apoc. 13:1; 17:1,15) tomamos por representar a massa da humanidade em ebulição, turbulenta, revolucionária, à qual serão os habitantes da terra pelo rapto dos santos.

Não achamos fundamento satisfatório para sustentarmos que o Homem do Pecado será Judas reencarnado. Certo é que Deus não operaria ativamente semelhante reencarnação. E o diabo não tem o poder de operá-la. Ele pode possuir e dominar os homens, mas ele atualmente não pode encarnar-se nem reencarnar os seus falecidos seguidores. A base da noção que o Homem do Pecado será Judas reencarnado, o fato dele ter sido chamado ?um diabo? (João 6:70), e ?o filho da perdição? (João 17:12) e ter isso ?para o seu próprio logar? (Atos 1:25), é insuficiente para estabelecer uma idéia tão radical. A esta e outras noções concernentes ao Homem do Pecado consideramos como fantasiosas.

Nem há fundamento escriturístico para referir-se ao Homem do Pecado como o Anticristo em qualquer sentido exclusivo. Só João nas suas epístolas usa o termo, aplicando-o aos falsos mestres do seu dia que negavam humanidade de Cristo (1 João 2:18-22; 4:3,4; 2 João 7). E João disse que havia muitos deles no mundo. O prefixo ?anti? pode significar contra ou em vez de. Não há evidencia de João o ter dado no último sentido: usou-o exclusivamente como aplicado àqueles que eram contra Cristo; aqueles que negavam que Jesus era o Cristo ([1]). Não há evidência que os falsos mestres a que se referiu João tentaram estabelecer qualquer deles como o Cristo.

O Homem do Pecado, será um anticristo, porém identificá-lo como ?o Anticristo?, num sentido exclusivo, e então tomar o prefixo para significar em vez de , inferindo que ele será um judeu e confundir-se-á com Cristo, está sem garantia. O Homem do Pecado sentar-se-á no templo e exigirá culto, mas ele podia fazer isso sem impor-se como o Messias.

Como um tipo disto, Antiôco Epifano erigiu a estátua de Júpiter Olimpo sobre o altar da oferta queimada. Os sete precursores da besta ou do Homem do Pecado não eram judeus. Sustentamos que o Homem do Pecado será romano (italiano).

II. O TEMPO DA SUA CARREIRA

1. É PARA SER REVELADO NO ÍNTERIM ENTRE AS DUAS FASES DA VINDA DE CRISTO

Como já assinalamos previamente, nenhum indivíduo que cumpriu a descrição do Homem do Pecado ainda se revelou na terra. Pensam alguns que a linha papal é o Homem do Pecado, mas nenhum papa se sentou jamais no templo de Deus. O Vaticano não é o templo de Deus. O cristianismo apóstata não é o templo de Deus; pelo contrário, é a habitação de demônios (Apoc. 18:2). A revelação do Homem do Pecado está sendo agora impedida por algum indivíduo (2 Tess. 2:6,7). Cremos que este empecilho é o Espírito Santo habitando em todo verdadeiro crente (1 Cor. 6:19) e em toda a verdadeira igreja do Novo Testamento (1 Cor. 3:16). É a influência retentora do Espírito Santo, exercida através de crentes, que agora impede a revelação do Homem do Pecado. Assim os crentes são o sal da terra (Mat. 5:13). Retirar do caminho o empecilho, então significará a remoção do Espírito Santo da terra ([2]). Isto requererá tirar da terra todo o verdadeiro crente. Desde que isto ocorrerá na primeira fase da vinda de Cristo (1 Tess. 4:15-17), a revelação do Homem do Pecado não se pode dar até depois da primeira fase da vinda de Cristo. E desde que ele é para ser consumido e destruído na segunda fase da vinda de Cristo (2 Tess. 2:8), ele deve ser revelado e deve ocorrer seu curso durante o ínterim entre as duas fases da vinda de Cristo.

2. A DURAÇÃO DE SUA CARREIRA SERÁ DE QUARENTA E DOIS MESES

Apoc. 13:5. É para ser revelado aí pelo meado do período da grande tribulação e para continuar através da última parte dele. Interpretamos os quarenta e dois meses literalmente porque isso parece mais conveniente em vista de todas as outras indicações de tempo. Três anos e meio respondem bem a ?um tempo, tempos e metade de um tempo?, durante o qual ele (evidentemente o homem do pecado tipificado em Daniel) ?espalhará o poder do povo santo (os judeus)? (Dan. 7:25; 12:7), durante o qual a mulher (a quem tomamos por representar a nação judaica) é para habitar no deserto (Apoc. 12:14).

III. SUAS ATIVIDADES

1. SENTAR-SE-Á NO TEMPLO, PRETENDENDO SER DEUS

Vide 2 Tess. 2:4. O templo em que o Homem do Pecado se sentará é sem dúvida o templo judaico restaurado, o qual será o centro do culto durante o milênio. Toda igreja do Novo Testamento é um templo de Deus (1 Cor. 3:16). Mas isto não podia ser o que se quer dizer em 2 Tess. 2:4. Estar sentado numa igreja local não seria suficiente para satisfazer a ambição deste monstro de iniqüidade. E seguramente a Escritura indica uma exaltação mais ousada e extensível do que esta. A referência em 2 Tess. 2:4 não podia ser a um cristianismo apóstata, porque, como já observamos, um cristianismo apostata não é o templo de Deus; pelo contrário, é a habitação de demônios (Apoc. 18:2). A referência é certamente ao templo judaico que é para ser restaurado pelos judeus em Jerusalém algum tempo durante a grande tribulação no seu período. Isto, parece claro, é o templo que vem à vista em Apoc. 11:1,2.

Não cremos que o Homem do Pecado se sentará pessoalmente no templo, mas será representado lá pela sua imagem (Apoc. 13:14-17). É assim que ele pretenderá ser Deus e não se impondo como o Messias. Se ele desejasse ser reconhecido como Messias, o senso comum proibiria a concessão de exigir adoração de sua imagem.

2. ELE FARÁ A INDUSTRIA PROSPERAR

Dan. 8:25. Ele dará ao mundo o novíssimo de todos os ?novos tráficos?; será um grande líder industrial.

3. ELE FARÁ MUITAS COISAS ARROGANTES

Dan. 7:25; 8:10-12,23,24.

4. ELE SUSTENTARÁ A IGREJA CATÓLICA ROMANA E RECEBERÁ DELA PATROCÍNIO

Apoc. 17:2-6. Tomamos a grande meretriz por representar a Igreja Católica Romana (Apoc. 17:1-7). Sua indumentária e ornamentos retratam a riqueza da Igreja Católica Romana. As abominações são suas doutrinas e práticas. A fornicação representa o seu adultério espiritual em estar esposada com o Papa em vez de com Cristo. As prostitutas das quais ela é a mãe são denominações protestantes. Ela estar ?Bêbada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus? retrata sua perseguição contra verdadeiros crentes (particularmente batistas) através das idades médias e das trevas. De Apoc. 18:4 achamos que mesmo na hora exata de sua destruição ela terá alguns dos de Deus nela, como sem dúvida ela tem neste tempo. E o mandamento de Deus agora é o mesmo que será no fim: ?Sai dela, povo meu, para não serdes participantes dos seus pecados e para que não recebais suas pragas?. Dizemos que a besta sustentará a Igreja Católica Romana porque vemos, primeiro, a meretriz cavalgando a besta (Apoc. 17:1-12). Dizemos que a beta receberá o patrocínio da Igreja Católica Romana porque consideramos a segunda besta (Apoc. 14:11-17) como o Papa. Notai que esta segunda besta tem a aparência de um cordeiro. Representa isto a professada santidade do Papa. Notai também que, em contraste com a primeira besta, a segunda besta levantar-se-á da terra (Apoc. 13:11). A primeira besta erguer-se-á do (o mar) tumulto e revolução. A segunda terá uma fonte sólida, compacta, regulada, ? o sistema Católico Romano.

5. MAS, FINALMENTE, ELE E SEUS DEZ REIS VIRAR-SE-ÃO CONTRA A MÃE DAS PROSTITUTAS E A DESTRUIRÃO

Apoc. 17:16,17.

6. ELE PERSEGUIRÁ OS JUDEUS

Dan. 7:25; Apoc. 11:7; 13:7. Isto será ocasionado sem dúvida pela recusa dos judeus de se curvarem à sua autoridade e adorarem sua imagem.

7. FINALMENTE, ELE CONDUZIRÁ OS REIS DA TERRA E SEUS EXÉRCITOS CONTRA JERUSALÉM PARA A BATALHA DE ARMAGEDÃO

Apoc. 16:13-16; 19:17-21. Consideramos o falso profeta mencionado nestas passagens como sendo idênticos com a segunda besta ? o Papa, que, após a destruição da Igreja Católica Romana, ficará em liga com a Besta. A batalha de Armagedão prenderá nossa atenção no capítulo seguinte.

?Esta posição prendeu-se em duas formas: - (1) que Jesus Cristo não era homem literal (5:2) e Sua humanidade sendo negada, negado estava o Messiado, desde que a primeira era necessária ao segundo; (2). Que Jesus e o Logos foram só temporariamente e, como foi, ligados mecanicamente; e como o Logos e Messias foram tidos como sendo essencialmente idênticos, assim Jesus não podia ser o Cristo.?

[2] ?Nós apenas nos referimos aqui à remoção de sua presença especial como habitando nos crentes e na igreja o que começou no Pentecostes. Isto marcará o fim da dispensação especial do Espírito. O Seu ministério reverterá então à volta ao que Ele foi antes do Pentecostes?.


Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04

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