Introdução Podem pensar muitos que, uma vez que uma pessoa se torna crente, ela nunca mais peca. É uma verdade que aquilo que é nascido no crente não pode pecar e nunca vai pecar (I João 3:9; 5:18). Esse que é nascido é a natureza divina no crente. A natureza divina no crente não pode pecar, mas o crente pode. O pecado que o crente tem é ligado a ele por ele viver no mundo (I João 2:16) e ter o pecado ainda nos seus membros (Rom 7:23). Enquanto o crente está na carne, terá o problema do pecado (Mat. 26:41; "... o espírito está pronto, mas a carne é fraca."). Se não tivesse a possibilidade do crente ser influenciado pelo pecado, Davi não teria orado: "Expurga-me tu dos que me são ocultos." (Sal 19:12; 119:133) e nem teria dito: "O meu pecado está sempre diante de mim" (Sal 51:3). Jesus também não teria orado ao Pai que "os livres do mal" (João 17:15). Paulo tinha uma luta constante que o provocou a lamentar: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"(Rom 7:24). É fato bíblico que o crente peca (Prov. 20:9; Ecl. 7:20) pois ele é fraco pela carne (João 3:6, "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito."). Tanto a realidade da presença do pecado na vida do crente quanto a nova natureza é vista claramente na doutrina da santificação que envolve a correção de Deus (Heb 12:5-13). Se não houvesse pecado na vida do crente, nunca haveria a correção. Se alguém que se acha crente não conhece a mão pesada de Deus que corrige seus filhos, levando-os para serem "participantes da Sua santidade" (Heb 12:10), esse tal não tem razão nenhuma de se achar salvo. Mesmo que haja a capacidade de pecar, o crente é responsável por não pecar (I Ped 1:15, "sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver"; I João 2:1; "estas coisas vos escrevo para que não pequeis"). A possibilidade de pecar nunca é razão de desculpar a ação do pecado, mas uma forte razão de vigiar (Mat. 26:41) para que não entreis em tentação. É verdade que quem está salvo, e quem tem essa nova natureza feita por Deus em Cristo, tem uma luta com o pecado (Gal 5:17; "e estes opõem-se um ao outro"; Rom 7:23; "que batalha contra a lei do meu entendimento"). Antes de ser Cristão, o salvo não tinha forças nenhumas para dominar o pecado (Rom 8:8). Em Cristo, o Cristão, por Cristo, tem o que é necessário para dominar o pecado (Mat. 26:41; Fil. 4:13; I João 4:4). Por causa da confusão que existe sobre este assunto e as dúvidas que Satanás pode trazer à mente do pecador e ao crente, seria proveitoso estudar o que acontece e o que não acontece quando o crente peca.
Parte - IO QUE NÃO ACONTECE QUANDO O CRENTE PECA !O Crente Não Cessa de Ser Filho de Deus Por Deus somos nascidos de novo. Deus usa a terminologia "filhos" para mostrar o relacionamento especial que ele tem com os Seus pelo novo nascimento. A Bíblia, usando o termo "filho" (Rom 8:14-17), revela a realidade do novo nascimento espiritual que mostra a impossibilidade de quebrar os laços permanentes que Deus tem com os seus. Será que existe a possibilidade de alguém fazer destes "des-nascidos"? Esse relacionamento de "filho", olhado de outro aspecto, é chamado adoção. É um ato judicial, que é realizado na parte de Deus, (Gal 4:4-7), por Jesus Cristo e a obra do Espírito Santo, com aquele que era filho "da desobediência" (Efés 2:2). Esse ato mostra como o crente é feito em uma "nova criatura", (II Cor 5:17), pois este é mudado para uma família nova, com uma natureza nova. Será que uma criação de Deus pode ser desfeita? O crente é nascido de novo pelo Espírito de Deus, (João 3:3-8) através da semente incorruptível (a Palavra de Deus, I Ped 1:23) que permanece "para sempre". Quando cessa a incorruptibilidade? Todavia, o pecado na vida do crente tem um efeito, mesmo que não desfaça a condição de ser ele um filho de Deus. O crente que peca tem quebrada a comunhão com Deus. Nunca devemos pensar que Deus coopera ou que tem uma coexistência com o pecado. A Bíblia mostra claramente que "Não há santo como o Senhor é santo" (I Sam 2:2). Pela inspiração do Espírito Santo, a Bíblia estabelece que "Deus é luz e não há nEle trevas nenhumas" (I João 1:5). Amós faz aos filhos desobedientes de Deus, o Israel, uma pergunta que convém ainda hoje: "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3). O filho pródigo, mesmo no pecado continuou sendo o filho do pai, mas por causa do seu orgulho, era desobediente e, nessa condição, não andava com o pai (Luc 15:11-32). A comunhão quebrada, muitas vezes, é a correção de Deus com Seus filhos. Não é a salvação que termina, mas a "alegria" da salvação que é removida (Sal 51:1, 10-12). Existem varias manifestações desta quebra de comunhão: pode ser percebida pela falta de vitória espiritual (Prov. 28:13; II Tess 5:19, "não extingais o Espírito.); "Confusão de rosto" (Dan 9:8) e até mal (Dan 9:12-14). A quebra de comunhão é para o crente verdadeiro uma correção eficaz. Aquele que já saboreou as delícias do fruto do Espírito Santo (Gal 5:22) e o conforto de um caminhar constante com o Santo sabe como é terrível a quebra da comunhão com Deus. Por isso Davi clamou para ter de volta tal alegria, e Pedro quando pecou, "chorou amargamente" (Mat. 26:75). A solução para o pecado na vida do crente é a confissão. A justificação é feita uma vez e "de tudo" (Atos 13:39) mas a purificação é contínua. A justificação é feita pela graça de Deus, "pela redenção que há em Cristo Jesus" (Rom 3:24) e pela qual temos a "paz com Deus" (Rom 5:1), mas a purificação que faz parte da santificação é feita pelo crente (Lev 26:40-42, "então confessarão a sua iniquidade"; II Cron. 7:14; "se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos"; I João 1:9, "se confessarmos"). Existe uma lavagem constante que é parte da obra de santificação na vida do crente. Essa lavagem é pela Palavra de Deus (Efés 5:26) e nas horas de correção, quando a comunhão com Deus é quebrada, o crente clama por tal lavagem (Sal 51:2). Se está com a mão de Deus na sua vida e suspeita que haja pecado impedindo as bênçãos preciosas da Sua presença, procure o Deus em oração, que Ele sonda o seu coração, revelando-se qualquer coisa, confesse-a imediatamente, procurando humildemente a Sua misericórdia e aquilo que é necessário para endireitar os seus pés no Seu caminho. O Crente Não Perde a Vida Eterna A felicidade eterna do crente é o que a Bíblia enfatiza repetidas vezes: o fato de que o salvo tem vida eterna. Essa salvação eterna é baseada na graça de Deus (Rom 11:6; Efés. 2:4-9; João 3:16; I João 4:19). O pecador, que é o objetivo da graça de Deus, não mereceu tal graça, nem antes de conhecê-la (Rom 5:6-8) nem depois (Rom 7:18). Não há como enfatizar demais o fato da vida eterna. Essa vida é diferente daquela que Adão conheceu no Jardim do Éden e daquela que o povo de Israel conheceu diante da lei. A vida que Adão conheceu era probatória e a vida que Israel conheceu sobre a lei era condicional. Enquanto Adão não comia da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele gozava paz com Deus e sua permanência no jardim do Éden (Gên. 2:17; 3:6, 22-24). Enquanto Israel não adorava ídolos, enquanto Israel cumpria a lei, gozava das bênçãos de Deus. O salvo é diferente, sendo que ele tem vida eterna baseada na obra de Cristo. A certeza dessa vida é entendida por palavras sugeridas pela Bíblia. Palavras como "salvar perfeitamente" (Heb 7;24,25), "não pereça" (João 3:16), "nunca" (João 10:28) e "ninguém pode arrebatar" (João 10:28,29) mostram a permanência desta vida em Cristo. É essencial lembrar que "os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (Rom 11:29). Todavia, o pecado na vida do crente tem um efeito, mesmo que não transforme o que é eterno em temporário. O crente que peca perde a segurança da sua salvação. Isso quer dizer que ele perde o sentimento ou confiança da segurança da sua salvação. A segurança da salvação vem com a obediência (I João 2:3). Jonas conheceu esta perda de confiança com seu pecado, pois nas entranhas do peixe ele disse: "Lançado estou de diante dos teus olhos" (Jonas 2:4), uma condição que revela uma falta de comunhão e a falta de confiança que acompanha tal comunhão (II Pedro 1:4-9). Jeremias lamentou: "Ainda quando clamo e grito, ele exclui a minha oração" (Lam 3:8). Esse sentimento de abandono é mais usual entre os crentes que têm pecado (Sal 51:3,11; 77:7-9). A solução para o pecado na vida do crente é Cristo (I João 2:1,2). Aquele que é a salvação do pecador é a solução do crente que peca. O Crente Não Perde O Espírito Santo Não deve ser uma surpresa para o crente que tudo sobre a sua salvação venha do Senhor (Jonas 2:9). Nenhuma parte da salvação, seja no passado no presente ou no futuro, depende da justiça do homem, principalmente porque o homem não tem nenhuma justiça própria (Isa 64:6; Rom 3:10-18). O Espírito Santo é quem opera as obras de salvação em nós. Ele testifica de Cristo (João 15:26) e nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). A fé é fruto do Espírito Santo (Gal 5:22) e também a segurança da própria salvação (Rom. 8:16). Por Deus ser Quem faz toda parte da obra de salvação o cristão pode ser ciente de que ela dura para todo o sempre (Ecl. 3:14; Isa 51:6,8). O pecador recebe várias promessas e possessões quando Deus o traz à fé em Jesus Cristo. Uma das coisas que ele recebe é o Espírito Santo. O Espírito Santo foi dado para ficar com o cristão para sempre (João 14:16). Será que um pecado por parte do cristão forçará Deus a mudar a Sua vontade? Existe algo que é maior que Deus para forçar que o Espírito Santo não fique mais com o cristão para sempre? Ninguém pode desfazer a obra de Deus por Cristo (Dan 4:35; João 10:28,29)! Nós merecemos perder o Espírito Santo, mas, por causa da promessa e a graça de Deus, não O perdemos (Mal 3:6). É importante lembrar que o Espírito Santo está na vida do crente por causa da obra de Deus por Cristo e não pela obra do crente. Se for pela obra de Cristo e se Cristo satisfaz Deus em tudo, (Isaías 53:11) o que a Sua obra efetua é eterna, pois Cristo é eterno (João 1:1; 8:58). A presença do Espírito Santo é tão segura que a Palavra de Deus usa a palavra "selados" para mostrar tal permanência. A palavra "selados" em grego significa "selar" ou "marcar com um selo". Isso seria para proteção, manter em confiança (Apoc 5:1,2), ou para provar (I Cor 9:2) ou confirmar (II Tim 2:19) (#4973, Strong?s, Online Bible). Essa permanência contínua é determinada pela frase "para o dia da redenção" (Efés. 4:30; 1:13,14). O dia da redenção é o dia em que o corpo, a alma e o coração do cristão estarão juntos no céu com Cristo. O cristão é seguro para esse dia. Sabendo que somos selados no Espírito Santo até o dia da redenção somos levados a sermos vigilantes; não por causa de uma possibilidade de poder perder o Espírito Santo, mas para não entristecer o próprio Espírito Santo. Pela possessão do Espírito Santo, o cristão é tido como sendo salvo (Rom 8:9,14-16). Para entender que a presença do Espírito Santo não se baseia na possibilidade de o crente não pecar, podemos considerar os irmãos na igreja em Corinto. Mesmo com os pecados grossos e a ignorância que existia naquela igreja, os membros foram denominados como tendo o Espírito Santo (I Cor 3:16). Todavia, o crente pode entristecer o Espírito Santo (Efés. 4:30; I Tess 5:19). Quando o Espírito Santo é entristecido, as vitórias na vida, as conquistas sobre o pecado e o crescimento na graça são prejudicados (Isaías 63:10; Heb 3:10-17). Pergunte ao Himeneu e Alexandre se valeu a pena entristecer o Espírito Santo (I Tim 1:19,20). A Solução para o pecado na vida do crente é uma limpeza espiritual constante. Note-se que Davi foi sondado por Deus mais de uma vez (Sal 139:1,23,24). É verdade que aquele arrependimento e a fé que trouxeram a salvação é uma atividade contínua para o crente que conhece a sua fragilidade pela carne (Col 2:6). Pelo andar no Espírito, o cristão é santificado para agradar a Deus e conhecer as bênçãos desse andar íntimo (Gal 5:24,25). Quando a carne está incitada na sua vida, seja ela crucificada com as suas paixões e concupiscências. Jamais as defenda. O Crente Não Torna Desqualificado para Ir ao Céu Nenhum homem nascido de mulher vai ao céu por sua própria justiça. Só podem ir ao céu os que foram feitos idôneos. Por causa de o homem não ter nenhuma justiça própria (Isa 64:6; Rom. 3:10), ele deve ser feito idôneo pela justiça de um outro. Dependendo das qualidades pessoais de quem o faz idôneo, pode o homem participar da herança dos santos na luz. Foi Deus o Pai quem nos fez idôneos para tal participação, nos tirando da potestade das trevas e nos transportando para o reino do Seu Filho (Col 1:12,13). Se foi o mesmo Deus que fez essa obra, como alguém outro pode desfazê-la (João 10:29)? A obra que o Pai fez, fê-la por Seu Filho Jesus Cristo. Cristo se ofereceu para sempre como um único sacrifício pelos pecados. Pelo sacrifício de si mesmo, Cristo aperfeiçoa para sempre os santificados (Heb 10:12-14). Como é que um aperfeiçoado não conhecerá o lugar onde não há nada que o contamine (Apoc 21:27)? A herança dada por Jesus Cristo é incorruptível, incontaminável, não pode murchar (I Pedro 1:3-5) e de maneira nenhuma o Cristão será feito desqualificado para o céu (Judas 1:1,24). A obra de Deus feita pelo sangue de Cristo tirou toda a condenação de todo o pecado do crente (Apoc 1:5). Com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, fomos resgatados (I Pedro 1:18,19),e, por isso iremos ao Pai (João 14:6). A obra que Deus faz é perfeita. É tão perfeita que desde a eternidade Deus conhece o fim da Sua obra. Por isso o Espírito Santo inspirou o Apóstolo Paulo a escrever que os santificados que Cristo aperfeiçoou (I Cor 6:11) serão verdadeiramente glorificados (Rom. 8:29,30). Não há dúvida nenhuma de que os que foram amados com amor eterno e atraídos com Sua benignidade (Jer 31:3) estarão ao redor do Seu trono na glória (Rom. 8:17; Heb 2:10). Pelo poder de Deus, os salvos entrarão na sua herança (Atos 20:32). Todavia, mesmo que o filho endureça o seu coração à correção que o Pai dá (Heb 12:7) e não se torna desqualificado para ir ao céu, pode ter a sua vida encurtada aqui na terra. Deus é glorificado quando os Seus dão frutos (João 15:8) e os filhos de Deus que não se submetem à Palavra de Deus sofrem uma correção dura, até uma vida curta aqui na terra (I Cor 11:30; Sal 38:3; 89:30-34), mesmo que as suas almas sejam salvas no último dia (Sal 89:30-34; I Cor 3:15,16; 5:5). A Solução para o Cristão não ter pecado reinando na sua vida é ser vigilante em oração (I Pedro 4:7). É impossível ao Cristão que tenha uma vida de oração ativa viver em pecado. Portanto, vigiai em oração. Lembrando-se das bênçãos que tem em Cristo, o filho verdadeiro, purifica-se a si mesmo para ser como Cristo (I João 3:3). Portanto, lembre-se constantemente das bênçãos que tem em Cristo. Uma obediência ativa da Palavra de Deus faz que o Cristão seja prevenido de praticar o que não deve (Luc 19:13; Efés. 2:10). Portanto, seja intensamente ativa na obra de Deus. Um Resumo: Nenhum Cristão Nunca Vai ao Inferno para Eternamente ser Atormentado O Apóstolo Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, enfatizou que houve uma palavra fiel e digna de toda a aceitação. Essa palavra fiel era que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (I Tim 1:15). Se apenas um, entre todos os milhões de pecadores salvos por Cristo Jesus, fosse ao inferno para eternamente ser atormentado, essa palavra não seria fiel nem digna de aceitação. Mas as Escrituras determinam essa palavra fiel e digna. Os pecadores em Cristo são salvos! A beleza do fato de que Cristo é o Salvador dos pecadores é entendida quando se entende que Cristo não só veio para salvar os pecadores mas que também é poderoso para conservá-los (Judas 1:1,24) e guardar o que é depositado nEle até o dia final (II Tim 1:12). A certeza da salvação é baseada na pessoa e poder de Jesus Cristo. Como não há dúvida nenhuma de que o pecado destrói, incita medo, envergonha e engana, também não há dúvida nenhuma que Cristo pagou o preço inteiro para o crente ser apresentado perante a Sua glória irrepreensível e isso, com alegria (Rom. 5:6-8; Judas 24). Graças a Deus pela palavra fiel e digna de toda a aceitação! A paternidade que o filho de Deus tem por intermédio de Jesus Cristo é razão suficiente para assegurar que nenhum filho vai ao inferno. Pelo amor de Deus (I João 4:19) e pela vontade de Deus Pai (João 1:13) o crente é feito filho idôneo para participar da herança dos santos (Col 1:12). Há algo maior do que o Pai que pode modificar a vontade dEle (Dan 4:35; João 10:29)? Não! A posição que o filho de Deus tem por Jesus Cristo é razão suficiente para afirmar que o crente não vai ao inferno para eternamente ser atormentado. Nenhum filho de Deus sofrerá no inferno mas estará onde Cristo estiver. Isso é tão confiável quanto a oração e a vontade de Jesus (João 17:24; 14:1-6). Por causa de tal confiança o Apóstolo João afirmou: "Amados, agora somos filhos de Deus" (I João 3:2). Os verdadeiros Cristãos podem ter a mesma confiança. Sendo filhos, somos logo herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rom. 8:17), Quem nos aperfeiçoou para sempre (Heb 10:14). Por sermos nascidos filhos de Deus pela semente incorruptível, (I Pedro 1:23) temos a posição abençoada de filhos de Deus. Para estes não há nenhuma condenação (Rom. 8:1). A possessão que o filho de Deus tem por Jesus Cristo é razão suficiente para afirmar que o crente nunca perecerá no inferno. O Cristão tem a vida eterna, (Rom. 6:23) por estar em Jesus Cristo. Jamais os que crêem no Filho irão ao lugar de morte eterna pois têm a vida. São os que não têm Cristo que não têm e não verão a vida (João 3:36). Tanto quanto a vida eterna, o Cristão tem o Espírito Santo (Rom. 8:14; Efés. 4:30). Os que têm o Espírito Santo serão salvos no último dia sem dúvida nenhuma (I Cor 3:13-16) e não há nenhuma possibilidade de perecerem no inferno. Muitas vezes, as próprias boas obras dos Cristãos causam confusão em alguns. Há ênfase na Bíblia para o Cristão andar ao agrado do Pai, e isso, pela obediência. Não há dúvida nenhuma de que há boas obras para serem operadas pelo crente (Efés 2:10) que incluem um andar para testemunhar diariamente a Deus (Mat. 5:14-16) e uma batalha para ser feita pela fé. A confusão vem, quando as obras são interpretadas como sendo a causa e não o efeito da vida nova em Cristo. Pelo amor de Deus somos salvos por Cristo. Por sermos salvos nós amamos a Deus (I João 4:19). Não é o nosso amor que causa Deus nos dar Cristo. A nossa obediência é fruto do Espírito Santo de Deus, nos ensinando, consolando e guiando (João 14:26; 15:26; Gal 5:22,23) e não a causa de recebermos o Espírito Santo. Pode ser entendido por um estudo atencioso da Palavra de Deus que as boas obras, o bom testemunho, a batalha feita pela fé ou a nossa obediência nunca são as causas de obter Cristo ou a graça (I Tim 1:12-14). Devemos lembrar estas duas verdades: Em resumo é bom lembrar que é fato que o crente peca. Somente precisamos considerar as vidas de Abraão, de Jacó, de Moisés e de Davi para entendermos que os crentes pecam. Estes que pecaram não foram listados entres os que perecem no inferno, mas foram incluídos entres os que têm a fé verdadeira (Heb 11). Tinham a fé em Cristo (Heb 11:39; 12:2) e por isso alcançaram testemunho, mesmo antes que a promessa (Cristo) viesse. Você tem tal fé em Cristo? Bibliografia PINK, Arthur W., Sins of the Saints. Chapel Library, Pensacola, sd. Autor: Pastor Calvin Gardner Correção ortográfica e gramatical: Helen Flávia Meneguesso 5/00 Supervisão: Sylvia Jorge de Almeida |
O Pecado na Vida do Crente - parte I
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