Introdução Esta passagem descreve uma situação tão séria quanto a que qualquer pessoa poderia enfrentar. Davi havia chegado ao fundo do poço da miséria e sofrimento humanos. Não havia nada neste mundo que pudesse lhe trazer um raio de esperança. Como Abraão, ele tinha que ter esperança, mesmo sem esperança. Surgira uma crise, a situação toda era demais para ele. De há muito vinha sendo procurado por Saul, o rei de Israel, a quem fora sempre leal e respeitoso. A fim de fugir da ira e perseguição constante de Saul, Davi se refugiara no país dos filisteus. Reunira em torno de si, como geralmente todos os líderes fazem, um bando de homens desesperados, e vivia praticamente como um fora-da-lei. Achara hospitalidade na pequenina cidade de Siclague, e juntamente com seus homens se alistara ao exército filisteu, o qual se preparava para atacar Saul e Israel. Naturalmente, os filisteus não iam confiar neste aliado, por isso Davi e seus homens foram dispensados e voltaram para Siclague. Mas ao se aproximarem de casa, tudo o que acharam foi um montão de ruínas fumegantes. Tudo se fora, o que o fogo não conseguira destruir, havia sido capturado pelo inimigo. As duas esposas de Davi, seus filhos, o gado e tudo o resto haviam desaparecido, tudo era desolação. Os amalequitas haviam atacado durante a ausência de Davi e seus guerreiros. Eles queimavam a cidade, saqueando-a completamente. E isto não foi tudo o que Davi teve que enfrentar. Seus próprios homens se voltaram contra ele e estavam a ponto de apedrejá-lo. Nosso texto nos diz o que Davi fez em meio a tal crise. Aparentemente, não parecia nada. Estava agitado? Não. Estava desanimado? Não. Tentou fazer com que seus homens rissem e implorou que continuassem leais? Não. Defendeu-se diante deles? Não. O que Davi fez? "Davi se esforçou no Senhor seu Deus". Sua alma achou esperança onde parecia não haver nenhuma. Agüentou tudo como se vendo o invisível. Fortaleceu-se quando não havia nada tangível em que se apoiar. A NECESSIDADE DO ENCORAJAMENTO 1. Não estou pedindo a ninguém para atravessar a ponte antes de chegar a ela, nem sugerindo que se preocupem com o futuro, mas todos nós temos crises a enfrentar e em muitos casos não há nada aparentemente que possa nos ajudar. Mas haverá uma ajuda especial se pudermos dizer: "O Senhor é meu Deus". Há crises, situações desesperadas, emergências assustadoras para todos nós adiante. Não posso dizer todas, com certeza. Talvez sejam problemas financeiros, falta de emprego, recessão econômica. Talvez seja uma doença fatal que tenha que enfrentar anos e anos, sem esperança de cura. Podem ser a vergonha e humilhação dadas por filhos maus. Talvez seja rebelião em seu lar. Uma delas sei que todos nós enfrentamos por certo: a crise da morte. Para quem devemos olhar nesta hora? Em quem encontraremos coragem para agüentar? Neste mundo e seus prazeres? Será que nos voltaremos para aqueles que nos afastam de Deus e de Sua casa? Será que acharemos conforto e encorajamento na hora da morte no mesmo lugar onde achamos os prazeres da vida? Será que pensamentos dos domingos passados fora da casa de Deus o encherão de paz? Será que pensamentos de dinheiro gasto em coisas tais como cigarro, bebidas, drogas e outros "lixos" lhe darão uma morte tranqüila? Será que pensamentos de um falar impuro e vulgar que o faziam rir, encherão sua alma de alegria e paz, quando tiver que entrar na eternidade? "Davi se esforçou no Senhor seu Deus". Quem era o Deus de Davi? Era o Senhor, Jeová, o Deus que sempre existiu, existe e existirá. O Deus de Davi era Jesus Cristo, ao qual Davi deleitava-se em chamar Senhor. O Verbo eterno que Se tornou carne e foi chamado Jesus, que significa: "Jeová salva", é a única e verdadeira esperança do homem em todas as épocas. 2. As emergências do povo de Deus acontecem neste tempo presente da graça; as dos perdidos serão no dia do julgamento. Como regra, pessoas perdidas, mas que podemos chamar de boa moral, pessoas que vivem o que podemos chamar de vidas respeitáveis, parecem ter menos problemas do que os salvos. Está escrito que "muitas são as aflições dos justos". É através de muita tribulação que entramos no reino. "No mundo tereis aflições", diz a Bíblia. Davi, um dia, tropeçou neste ponto. Ele viu o justo sofrer e o mau prosperar e seus pés começaram a escorregar, estava se tornando céptico. Mas quando entrou na casa de Deus e viu o fim deles; quando viu as misérias do mau na eternidade, então entendeu. Pensem nos fardos que os perdidos não têm aqui. Eles não têm fardos como nós, os crentes, temos. Não têm consciência da responsabilidade de sustentar a igreja de Deus. Podem gastar o dinheiro todo que ganham no que bem quiserem. Não estão conscientes da responsabilidade de prover uma igreja nem de sustentar o ministério em seu país e no estrangeiro. Não têm contas de luz, nem zelador para pagar, a fim de cuidar da casa de Deus. Pensem no fardo financeiro do qual estão livres. Será que alguns dos filhos de Deus não podiam tirar umas férias merecidas com o dinheiro que dão de dízimos e ofertas? Os perdidos parecem ter uma liberdade que nós, os crentes, não parecemos ter. Não nos sentimos livres para seguir as paixões da carne, nem de ficarmos deitados, nem irmos à praia nem ao cinema aos domingos. Somos constrangidos a ser diferentes. É o amor de Cristo que nos constrange, por isso nos sentimos tão felizes na casa do Senhor, como o perdido parece estar ao ficar na cama, ou ir ao cinema ou à praia aos domingos. COMO NOS ENCORAJAR? Como devemos enfrentar as crises da vida? "Davi se esforçou no Senhor seu Deus". Como foi que fez isto? E como podemos fazê-lo? Temos que notar que Deus é o dono de cada situação. O que era demais para Davi não o era para o Senhor. O que é demais para nós, não é demais para o Senhor. Davi entendeu a verdade de Romanos 8:28. "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto". Esta verdade não estava escrita só num livro, estava escrita no coração de Davi. Se Jeová era seu Deus, então nada poderia atingi-lo. Mas tudo, a perca da família e das propriedades, a perca da lealdade de seus homens, a perca da própria vida, seria para seu bem. Davi chamou Jeová seu Deus. Na crise, a única possessão que Davi tinha no mundo, além das roupas em que se vestia, era seu Deus. Tudo se fora, seus bens levados pelos saqueadores, seu lar é um montão de ruínas, suas esposas e filhos levados cativos. Mas os amalequitas não haviam roubado seu Deus. Não podia mais dizer: minha casa, minha cidade, meus bens, mas ainda podia dizer, "MEU DEUS". Seja o que for que percamos, enquanto O tivermos, somos ricos e estaremos prontos para qualquer crise. "Confia no Senhor e faze o bem", Salmo 37:3. Confiar no Senhor fará com que não nos voltemos para outros meios, às vezes meios pecaminosos, na hora da provação. Se confiarmos no Senhor não deixaremos que problemas financeiros nos impeçam de ir à Sua Casa. Se confiarmos no Senhor não tentaremos afogar nossos problemas na bebida nem nos prazeres, nós os daremos a Ele, e Ele cuidará de nós. CONCLUSÃO O momento mais crucial na vida de Davi foi antes das trevas se dissiparem. Três dias depois, um fugitivo chegou ao acampamento com a notícia de que Saul estava morto e que Davi era o novo rei! Autor: C. D. Cole |
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