É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais da pessoa de Cristo. O espírito da profecia é Cristo (Apocalipse 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.”; I Pedro 1.10,11). O nosso conhecimento de Cristo não é danificado pelo estudo do Velho Testamento, mas é edificado e fortalecido pelo estudo do Velho Testamento. Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo. Dois versículos, quase iguais, nos dez capítulos que tratam das instruções do tabernáculo inteiro, são reservados para essas duas cortinas. A primeira coberta é de peles de carneiro, tintas vermelhas. A segunda, a que ficou por cima de tudo, é de peles de texugos. Nem do “tabernáculo” são, como foi a cortina de linho fino torcido. Fazem parte da tenda. Será que algo de tão pouca menção pode nos ensinar algo edificante para nós crescermos no conhecimento de Cristo? As instruções do tabernáculo foram dadas no monte Sinai depois que Deus deu a Moisés a Sua Lei. A razão do tabernáculo foi para que Deus habitasse no meio do Seu Povo (Ex 25.8). O modelo dado do tabernáculo e de todos os seus pertences tinha que ser obedecido sem variação nenhuma (25.9, 40; Hb 8.5). Como antes com a arca de Noé (Gn 6.14-22), e depois com o templo de Salomão (I Cr 28.11, 19), o mesmo é para os de hoje que desejam agradar a Deus, ou seja, Deus requer obediência completa da Sua Palavra (Cl 2.6; I Co 10.31; Mt 28.18-20; Lu 19.13). Como Noé, como Moisés e como Salomão, a nossa obediência a Deus não deve ser movida pela nossa imaginação. A nossa obediência a Deus deve ser segundo o que Ele nos deu como guia: a Palavra de Deus (II Pd 1.19; Is 8.20; Lu 16.29-31; At 17.11). Pode ser que outros achem radical a obediência nas coisas mínimas, mas Deus está glorificado nessas coisas mínimas (I Pd 4.4, “E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.”; II Tm 2.5, “E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente”; I Co 9.24-27, “subjugo o meu corpo, e o reduz à servidão”). É correto para Moisés colocar essas duas cobertas, mesmo que não saiba o porquê delas. Se for essa lição de obediência perfeita uma das lições que podemos aprender, então essa lição seguramente aponta a Cristo. Cristo foi obediente em tudo (Fl 2.8, “obediente até a morte, e morte de cruz”; Jo 17.4, “tendo consumado a obra que me deste a fazer”; 19.30, “Está consumado”). Por isso Deus O exaltou soberanamente (Fl 2.9). Por isso não há outro nome pelo qual devamos ser salvos (At 4.12). Quando o pecador confia na morte de Cristo pelos pecados dele, Deus se satisfaz pois o sacrifício de Cristo foi o sacrifício de um Ser perfeito (Is 53.10, 11; Hb 12.2; Ap 5.9; Rm 3.22-24). Será que Deus está satisfeito com aquilo que você depende para a sua salvação? Se a base da sua aceitação a Deus não esteja somente em Cristo, não há como agradar ou ir a Deus (Jo 14.6). Os Materiais das Cobertas - “uma coberta de peles de carneiro, tintas vermelhas, e em cima outra coberta de peles de texugo ”. (Ex 26.14). A Utilidade das Cobertas - Uma das utilidades dessas cobertas foi a proteção. No deserto por 40 anos, e nas conquistas em Canaã, e pelas centenas de anos de uso até o reino de Salomão, as preciosidades dessa habitação do Senhor entre o povo dependia dessas duas cobertas. Houve tantas tempestades de areia e de chuva como longos tempos de frio e de calor. Não lemos da fabricação de novas cobertas. Então essas deviam ser feitas de material que durava. E eram. Dizem que os sapatos, feitos das peles de texugo, não envelheceram durante os quarenta anos que Deus fez que eles mais tarde andassem no deserto (Dt 29.5; compare com Ez 16.10). Assim sendo, podemos dizer que parte da utilidade das cobertas eram de proteção. O Significado das Cobertas - A primeira menção do uso de peles para cobrir é Gn 3.21. Com a impossibilidade de Adão e Eva de cobrirem-se a si mesmos (as obras de qualquer homem nunca podem cobrir satisfatoriamente o resultado dos seus pecados), Deus os vestiu com túnicas de peles. O sacrifício de um inocente tinha de ser feito para que o homem fosse coberto diante de Deus satisfatoriamente. Tudo disso aponta bem a Cristo! Ele é o sacrifício único que é inocente, imaculado e incontaminado para resgatar-nos da nossa vã maneira de viver (I Pd 1.18-21). As cobertas de peles podem apontar a Cristo dessa maneira. Se você anda envergonhado pelos seus pecados, olhe a Jesus Cristo com fé pois Ele é o Único dado em qual podemos ser salvos (At 4.12)! As peles de carneiro tingidas de vermelho apontam a Cristo também. Mesmo que essas peles não foram visíveis do lado de fora ou de dentro, eram importantes para essa habitação de Deus entre o Seu povo. O carneiro era um animal usado para os sacrifícios de expiação de pecado (Lv 5.15-19) e para a consagração de algo ao Senhor (Ex 29.15-22). O vermelho somente pode apontar ao sangue do carneiro dado em sacrifício para a expiação do pecado. Lembramo-nos que foi um carneiro que foi sacrificado no lugar de Isaque na terra de Moriá (Gn 22.1-13). Abraão profetizou de Cristo nesse episódio quando disse: “Deus proverá o holocausto”. Deus deu o Seu Filho unigênito no lugar dos pecadores que se arrependam (Jo 3.16; II Co 5.21). Mesmo que esse sacrifício sangrento não pode ser visto hoje, como não podiam ser vistas as peles de carneiro pintadas de vermelho, assim o sangue do sacrifício de Cristo tem que ser aplicado ao coração pela fé por todos que esperam entrar no reino de Deus. Se você necessita desse sacrifício de Cristo, que foi dado no lugar do condenado, corra a Deus pela fé em Cristo e será aceito (Is 55.7, “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”)! A coberta de peles de texugos foi a coberta mais visível pelo lado de fora. Não era bonita, nem formosa, mas foi muito útil. Pelos quase 500 anos que o tabernáculo foi usado, essa coberta cobriu-o adequadamente e nunca foi substituída. Mesmo pela grandeza da sua utilidade, nem por isso foi bonita aos de fora. A beleza do tabernáculo era no seu interior como a beleza do cristão é Cristo no seu coração (Sl 45.13). Essas verdades apontam a Pessoa de Jesus e à vida Cristã. Jesus não foi fisicamente formoso e não tinha beleza nenhuma que faria alguém desejar Ele (Is 53.2, “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”; Sl 22.6, 7; Fl 2.8, “humilhou-se a si mesmo”). A nossa pregação de Jesus também não é vista pelo mundo como algo atraente (I Co 1.18, “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”). Mas é necessário e útil pregar mesmo assim, como era necessária e útil essa coberta de peles de texugo para proteger o tabernáculo, mesmo que não fosse linda. A vida Cristã não é vistosa pelo mundo. A vida cristã é uma vida separada do mundo que testemunha de Cristo (Mt 5.10-16; Jo 3.19-21). Todavia, apesar da falta de percepção espiritual do mundo da vida cristã, ela continua sendo útil, necessária, e agradável à Deus e aos que sejam dEle. Quando se olhar a Cristo, Ele é formoso, ou não se acha beleza nEle? A sua percepção de Cristo é uma indicação do seu coração (I Pd 2.7; I Co 2.14). A mensagem ‘louca’ é a única mensagem que pode salvar o pecador. Corra a Ele se arrependendo dos seus pecados e crendo nesse Cristo com fé como o Substituto dos seus pecados. Notou que de todas as cortinas e cobertas do tabernáculo, somente essas duas não foram dadas medidas? Isso pode indicar que não há pecado maior do que o sangue de Cristo pode cobrir, no caso da coberta de peles de carneiro pintadas de vermelho. A falta de medida dada para a coberta de peles de texugos pode indicar que não há limite da influência que a vida cristã pode ter diante do mundo (I Pd 3.1,2; 4.14. Pode indicar também que não há como descrever a necessidade e utilidade de ter Cristo como Salvador. Autor: Pr Calvin Gardner Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007 |
O Tabernáculo e As Duas Cobertas
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