É útil estudar sobre o tabernáculo pois conhecendo TODAS as Escrituras o homem pode melhorar a sua capacidade de saber manejar as Escrituras ao ponto de ter a aprovação de Deus e não ter que se de envergonhar (II Timóteo 2.15, “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”) Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo. E, as coisas que podemos achar mínimas, podem ser de grande proveito à nossa edificação e conforto. A fixação das cortinas de linho fino torcido e a de pêlos de cabra foram fixadas uma a outra de uma maneira especifica e detalhada. Porém, não existem instruções para fixar a coberta de peles de carneiro, tintas de vermelho, e a de peles de texugo. Eu não sei qual a significação dessa falta de instruções especificas, mas deve ter um significado. Sobre a fixação das cortinas podemos aprender algumas lições. As Laçadas de Azul Como temos estudado anteriormente, onde tiver a cor azul no tabernáculo temos uma lição da natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou o homem celestial (I Co 15.47,48; Jo 1.18; Hb 7.26) bem como a origem celestial de Cristo. As laçadas de azul que juntaram as cinco cortinas individuais para fazer as cinco numa só cortina somente podem apontar a espiritualidade dAquele que veio de Deus que une as justiças dos santos,. As justiças dos Santos, que são as justiças de Cristo, são o que são por Cristo ser espiritual e de Deus. O fato que Cristo é dos céus dá à Sua obra expiatória o aspecto eficaz, eterno e satisfatório para com Deus. O fato que Cristo é dos céus dá às justiças dos santos a qualidade de segurança e conforto. Como as laçadas de azul uniam cada peça à outra, a espiritualidade de Cristo é o catalisador, ou seja, o estimulante, o dinamizador, o incentivador das justiças dos santos e da expiação dEle por estes. Sem Cristo ser do céu, as justiças dos santos seriam suscetíveis a mudanças. Mas Ele é do céu, é de Deus, é Deus (Jo 1.1; 3.13; 10.30). A união das cortinas pelas laçadas de azul aponta ao fato confortadora que as justiças dos santos são tão seguras quanto Cristo é Celestial. As laçadas de azul mostram a verdade abençoadora que há tanto segurança quanto coerência em tudo que Deus faz e em todas as obras de Cristo. A profundidade das riquezas da sabedoria de Cristo é imensa. A Sua ciência, Seus juízos e Seus caminhos são todas inescrutáveis. Porém tudo opera para uma finalidade, a Sua glória, e para o bem dos Seus chamados. Ninguém pode estovar a Sua mão para impedir ou neutralizar a Sua vontade do Seu eterno decreto de ser cumprida (Rm 11.33-36; Dn 4.34-37). Os salvos acham conforto e refúgio em saber que há propósito glorioso em tudo que venha acontecer nas suas vidas em particular e no mundo em geral. As suas “justiças” são exclusivamente de Cristo? Se tiver apenas uma laçada no meio das suas “justiças” que não é azul, as suas “justiças” não agüentarão a tempestade da Sua ira no juízo. É mister que Cristo seja único e tudo nas suas “justiças”. Se arrependa dos seus pecados e creia neste Salvador, Cristo Jesus. Assim terá união com todos os santos em Cristo, pois Ele é a justiça idônea de cada salvo (II Co 5.21; Rm 3.24-26, “para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”). Os Colchetes de Ouro As cortinas eram feitas em peças separadas. Eram dez cortinas de linho fino torcido (Ex 26.3; 36.10). Cada cortina de largura tinha quatro côvados, ou dois metros, e cinco dessas peças eram ajuntadas umas as outras pelas laçadas de azul. De dez peças separadas foram feitas duas peças maiores. Anteriormente, em uma outra lição, estudamos que o ouro aponta à divindade de Cristo (Ap 3.18), como também a Justiça Divina em Cristo (Ex 25.17; I Jo 2.2). Manifesta a verdade que Cristo é a plenitude de Deus (Ef 3.19; I Tm 3.16), ou, em outras palavras, a glória de Deus está em Cristo (Jo 1.14). As justiças dos santos têm a sua ligadura na pessoa de Cristo como Deus. Sem Cristo ser Deus as nossas justiças nEle seriam invalidas. Mas, como o ouro destes colchetes declara, no meio de outras declarações gloriosas de Cristo, aquilo que amarra tudo numa só verdade é isso: Cristo é Deus e Ele satisfaz tudo que Deus requer (Is 42.1 “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma;”; 53.11, “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito”; Hb 12.2, “assentou-se à destra do trono de Deus”; Ap 5.9, “Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos”). No meio da sua pregação de Cristo, não esqueça da verdade que Cristo é Deus. É esse fato que dá significado a tudo demais. Qualquer crença que não declara que Cristo é Deus, e sempre foi e será, é uma crença diabólica. Os Colchetes de Cobre As cortinas de pêlos de cabra também tinham laçadas e colchetes (Ex 26.10, 11; 36.17, 18). Porém, essas laçadas não são designadas de ser de azul e as colchetes são designados de não ser de ouro mas de bronze. Bronze, ou cobre, significa julgamento. O uso de colchetes de cobre para ligar os dois grupos de cinco e seis cortinas de pêlos de cabras ensina uma importante característica de Cristo. Em todo o tabernáculo próprio, não há menção de cobre senão nestes colchetes que ligam as cortinas de pêlos de cabras. Haverá julgamento dos nossos pecados ainda depois de termos Cristo como Salvador? Depois de ser lavado no Seu sangue? Depois de Cristo ministrar por nós como Sumo Sacerdote e Mediador, Deus nos julgará ainda os nossos pecados? Como é que existe julgamento no lugar santo e lugar Santo dos Santos? Teremos sobre nós ainda a ira de Deus por nossos pecados? A resposta destas perguntas se acha na verdade que os colchetes de cobre ajuntam as cortinas não de linho fino torcido, mas as de pêlos de cabra (26.11). Lembre-se que as cabras, ou bodes, eram usadas exclusivamente para serem sacrificadas nos holocaustos para expiação de pecado. Os colchetes de cobre nessas cortinas manifestam a verdade que Cristo levou a ira de Deus no julgamento pelos nossos pecados. Os colchetes de cobre presente entre as glorias de Cristo são um memorial constante que Ele tomou em Seu corpo toda a ira de Deus que era para nós receber pelo julgamento dos nossos pecados. Não podemos esquecer, em toda a nossa adoração, a verdade de Cristo receber em Si a morte para expiar os nossos pecados. Talvez por isso as duas ordenanças da igreja incluem essa verdade também. No céu também existe a memória da morte de Cristo para expiar nossos pecados. No meio de todas as grandezas, glorias, perfeito louvor, adoração pura e felicidade no céu, existe uma memória da morte que Cristo levou por nossos pecados. Essa memorial no céu está no corpo de Cristo (Ap 5.2-14). Eternamente seremos alegremente relembrados tanto do sacrifício necessário para nossos pecados quanto o fato que Cristo voluntariamente veio para ser este sacrifício idôneo. Uma outra lição que podemos aproveitar destas fixações das cortinas é: Deus usa coisas pequenas Essas laçadas azuis e estes colchetes de ouro não eram coisas grandiosas e nem eram bem visíveis aos que ministravam no tabernáculo. Apesar disso, Deus usa seis versículos em Ex 26 e seis versículos em Ex 36 para descrever essas pequenas partes e o seu uso no tabernáculo. Este número é quase o mesmo número de versículos Deus usou para descrever as próprias cortinas, as suas cores, as medidas e a composição de cada uma. É manifesta que Deus importa para os mínimos detalhes naquilo que é referente a habitação dEle junto ao Seu povo. É manifesta também que existem pequenas peças que são de grande importância na obra de Deus. Deus não despreza as coisas pequenas (Zc 4.10). Ele usou as rãs, as moscas, a peste, úlceras, a saraiva, e os gafanhotos para atormentar e quebrar a vontade do grande e idolatrado Faraó (Ex 5.1-10.29). Para lançar fora ambos os reis dos Amorreus, pequenos vespões foram utilizados (Js 24.12; Ex 23.28; Dt 7.20). Foi uma meiga menina para apontar o homem herói valoroso capitão do exercito do rei da Síria ao homem de Deus para que Deus se mostrasse soberano (II Rs 5.1-3). Um jovem, apascentador de ovelhas, com uma pedra só, feriu à morte um grande gigante filisteu (I Sm 17.50). E Deus usou os colchetes de ouro para fazer uma só cortina para fazer a Sua habitação entre o povo, como Ele usa você e eu, cada um um vaso de barro para louvor e glória da Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si no Amado (II Co 4.7; Ef 1.6). É o deleite de Deus usar “as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele” (I Co 1.27-29). Você é um colchete? O seu trabalho é menos visto do que outros? Considera-se a si mesmo pobre de talentos ou de possibilidades a serem úteis a Deus? Seja o que for o seu pensamento sobre si mesmo, saiba que temos responsabilidade de usar o que temos para a Sua glória (I Co 1 ) “Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem”, II Co 8:12. Não merecemos ser usados na obra de Deus, mas Ele merece tudo que possamos ser na submissão à Sua Palavra. Autor: Pr Calvin Gardner Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007 |
O Tabernáculo e A Fixação das Cortinas
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