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O Tabernáculo e O Sacerdote

Ex 27.20-28.3

Introdução

Para descrever a obra da criação, Deus nos deu dois capítulos de Gênesis. Para descrever o modelo exato como Deus desejava o tabernáculo, usou dez capítulos de Êxodo! No Novo Testamento há capítulos inteiros também que tratam do tabernáculo (Hebreus 9 e 10). Pelo grande volume de instruções dadas sobre o tabernáculo e pelo uso repetitivo da linguagem do tabernáculo pela Bíblia faz que o estudante sério da Palavra de Deus seja atencioso a tudo que as Escrituras ensinam do tabernáculo.

O Sacerdócio

Os sacerdotes eram uma classe especial apontados a ministrarem a Deus no lugar do povo. Gozaram de privilégios os quais não eram compartilhados com o povo. Tinham uma aproximação ao Jeová que era peculiar para estes nessa posição. Tinham uma autoridade e responsabilidade que não eram dados ao povo que eles representaram.

Existia em co-relação de suma importância entre o Tabernáculo e o Sacerdócio. O sacerdócio fazia parte do modelo divino que devia ser seguido detalhadamente. Não eram mencionados os sacerdotes na primeira lista de necessidades do Tabernáculo (Ex 25.1-9). Todavia em Hebreus 8.1-5, o sacerdócio é incluído como fazendo parte integral com os móveis mostrando assim a importância do sacerdócio. Na verdade, como o Tabernáculo sem os móveis seria inútil, o Tabernáculo com os móveis seria inútil sem os sacerdotes constantemente ministrando os seus deveres nos lugares santos com os móveis santos. Há união de propósito em tudo que Deus faz para que tudo opere para a Sua glória.

A Necessidade do Começo do Ritual Sacerdotal

Temos estudado até aqui os móveis do Tabernáculo. Temos estabelecido o fato que a aproximação do pecador ao Deus Santo é através de um inocente dando a sua vida no lugar do arrependido pecador. Cristo é esse Inocente (Mt 27.4, 24; II Co 5.21), o Único por Quem o arrependido pecador com fé tem acesso à própria presença de Deus (Jo 14.6; Hb 10.19, 20). Cristo, sendo Ele o Único Sacrifício Vicário, abriu o caminho para Deus, sendo Ele o próprio Caminho (Jo 14.6). O pecador arrependido com fé nEste Salvador tem aproximação plena a Deus eternamente.

Essa contínua aproximação, ou seja, essa comunhão mantida com Deus é o que o sacerdócio representa. Por Cristo preencher todas as qualificações para satisfazer pela Sua vida e Seu sacrifício as exigências de um Deus Santo, é por Cristo que o perdoado pecador arrependido com fé mantém comunhão com Deus (I Jo 1.3,7; 2.1). Estudando o sacerdócio dirigimos a nossa atenção do sacrifício dado no Altar dos Holocaustos para o serviço do sacerdote em prol dos perdoados para que tenham comunhão contínua com Deus.

Somente os arrependidos que exerceram a fé no Cordeiro de Deus, o Único Sacrifício que satisfaz a Deus (Is 53.10,11), podem aproveitar do serviço do Sacerdote no Lugar Santo para que estes tenham comunhão com Deus (Is 53.12, “e intercedeu pelos transgressores”; Jo 17.9-11, 20-24; Hb 7.23-27). Você está entre estes?

Essa ordem de eventos, ou seja, o sacrifício idôneo antes da comunhão, é simbolizada pelo fato que o “azeite puro batido” (Ex 27.20) era descrito e exigido antes da necessidade ou da menção de “Arão e seus filhos” (Ex 27.21, que por sua vez é a primeira vez que estes são mencionados), que eram os sacerdotes escolhidos por Deus. Nisso temos uma importante lição: É necessário o povo conhecer a Luz primeiro para depois gozar de comunhão na presença de Deus. Ter alguém ministrando pelos arrependidos perdoados é necessário. Os salvos por Cristo Jesus ainda têm enfermidades da carne, a fraqueza em resistir à tentação, ao ponto de serem miseráveis (Rm 7.22-25 ; Gl 5.17). Graças a Deus que a mesma graça que trouxe os salvos à presença de Deus por Jesus Cristo é a mesma graça que os mantém próximos a Deus pelo ministério contínuo de Jesus Cristo (Hb 7.23-27).

Onde está você? Nas trevas do pecado, sem A Luz de Jesus Cristo, ou em comunhão por Jesus Cristo?

A graça de Deus superabunda onde abunda o pecado (Rm 5.20). Provai dela já!

Os Sacerdotes

Em Ex 27.21, nessa primeira vez nas instruções do Tabernáculo são mencionados “Arão e seus filhos”, lembramo-nos que essa menção é depois que o povo tem o azeite puro de oliveiras para o candelabro. Isso é instrutivo, pois o sacerdote somente existia para ministrar por aqueles que tinham a fonte da luz, ou seja o Espírito Santo (Jo 17.9-11, 20-24; Hb 7.25, “por eles”).

O nome Arão significa ‘aquele que traz luz’ (#0175) e o significado dos nomes dos seus filhos nos ensina verdades da salvação por Cristo. Nadabe significa ‘generoso’ (#05070), Abiu significa ‘ele é meu pai’ (#030), Eleazar significa ‘Deus ajudou’ (#0499), e o nome Itamar significa ‘lugar de palmeiras’ (#0385, Léxico Hebreu da Bíblia Online).

O significado dos nomes manifesta que a salvação vem de fora do pecador, dAquele que é Luz sem trevas nenhumas (I Jo 1.5), vem pela soberania dEste (Rm 9.15-18, 21; I Jo 4.19), em graça ‘generosa’ (Ef 2.4-9), por Aquele que tem ‘Deus por Pai’, ou seja, por Jesus Cristo (Mt 3.17; 17.5; Jo 3.16). A salvação graciosa de Deus por Jesus Cristo tem a participação do Espírito Santo que ‘ajuda’ por trazer a fé (Gl 5.22; Jo 3.5-8) resultando na beleza da justiça de Deus por Cristo (II Co 5.21) e crescimento e fruto que agrada Deus (Jo 15.1-8; Gl 5.22), algo refrescante que a ‘terra das palmeiras’ aponta.

Está com a ‘Luz’? Não adianta pensar que pode ter comunhão com Deus se ainda anda em trevas.

A ‘luz’ que tem, veio dAquele que tem Deus por Pai? Não descanse até que assegurou que a luz que há em ti é por Jesus Cristo. De outra forma “quão grandes serão tais trevas” se a sua luz sejam trevas (Mt 6.23).

A salvação sua veio pela graça com a operação da regeneração do Espírito Santo pela Palavra (Jo 3.5)? Pode saber se a salvação tem o fruto da satisfação do Pai e a conformidade à imagem do Seu Filho (Rm 8.29).

Dessa maneira tem a salvação e comunhão com Deus por seu Filho Jesus Cristo que dura eternamente (Jo 1.3; Hb 10.10-14, 19-25).

A Necessidade da Cessação do Ritual Sacerdotal

No tempo do Tabernáculo, os sacerdotes eram uma classe especial apontados a ministrarem a Deus no lugar do povo. Gozaram de privilégios, os quais, não eram compartilhados com o povo. Tinham uma aproximação ao Jeová que era peculiar para estes nessa posição. Tinham uma autoridade e responsabilidade que não eram dados ao povo que eles representaram. Todavia, na Cruz, uma mudança radical foi feita. Essa época de sacerdotalismo medianeiro humano cessou e uma época nova foi inaugurada. O judaísmo cessou e o cristianismo começou. Isso foi simbolizado por duas ações: a primeira foi quando o sumo sacerdote rasgou as suas vestes (Mt 26.65) algo contra a lei (Lv 21.10), marcando assim o fim do sacerdócio humano, e, a segunda foi quando o véu do Tabernáculo rasgou de cima para baixo (Mt 27.51), marcando assim que a barreira entre a presença de Deus e o Seu povo não existe mais – A. W. Pink, pg. 258.

Tem o Sacerdócio de Cristo ministrando por você?

A sua comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo? É contínua?


Autor: Pr Calvin Gardner
Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007

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