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Umas Palavras Mágicas

Lucas 18.9-14

Gostaria de introduzir duas palavras que junto formam uma qualidade que separa os verdadeiros cristãos dos falsos. Essas palavras distinguem os que têm somente aparência de cristão daqueles que têm o principal. Essas qualidades podem ser fingidas por um pouco de tempo, mas, mais cedo ou mais tarde, um cristão falso deixará de imitá-las. Essas palavras mágicas que junto formam a qualidade que separa os falsos dos verdadeiros são: submissão e humildade.

A submissão na linguagem portuguesa significa: Ato ou efeito de submeter(-se) (a uma autoridade, a uma lei, a uma força); obediência, sujeição, subordinação. A palavra humildade parece muito no seu significado com a submissão. A humildade na linguagem portuguesa significa: Virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza. 2. Modéstia, pobreza. 3. Respeito, reverência; submissão (Dicionário Aurélio Eletrônico). A submissão no grego significa: subordinar, sujeitar-se, obedecer (#5293, Strong?s, Tiago 4.7, ?Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.?). A humildade no grego significa: abaixar-se, deprimir, ausência de vaidade (#5013, Strong?s, Filipenses 2.8, ?E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.?). Falamos ?palavras mágicas? porque são raras, mas importantíssimas.

Pelo significado das palavras, podemos entender claramente porque é difícil fingir a verdadeira submissão e a humildade. O fariseu em nosso texto achava que a verdadeira religião dispensasse destas qualidades e aquele que voltou à sua casa justificado por Deus manifestou o significado d essas palavras mágicas. Temos que ter cuidado que não estamos nos julgando aceitáveis a Deus quando não temos a verdadeira submissão e humildade.

Na salvação essas qualidades são muitas importantes. A falta dessas qualidades deixou o fariseu continuar sendo o que ele era, um falso religioso (Lucas 18.9, ?E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:?). Este homem manifestou a todos que conhecem a verdade que os que se achem justos pelas suas obras, faltam o essencial da verdadeira salvação, ou seja, a submissão e a humildade. A presença dessas qualidades fez que o possuidor dessas qualidades, mesmo desprezado pelo religioso falso, voltasse a sua casa justificado por Deus. A lição clara é que qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que se humilha será exaltado (Lucas 18.14).

Tendo as qualidades daqueles que representam os que estão no reino de Deus, ou seja, meninos, o salvo manifestará a submissão e a humildade (Lucas 18.15-17). Os meninos, em respeito as suas atitudes para com Deus, manifestam a falta de confiança em si e a possessão de dependência nAquele que é maior deles. Os salvos, do mesmo jeito, se abaixam e se subordinam a Deus em Cristo não confiando em si e dependendo em tudo na morte de Cristo.

Na conversão de várias pessoas na Bíblia encontramos essas qualidades mágicas. Por exemplo, na conversão de Saulo de Tarso. Em Atos 9.6 observamos este religioso despido da sua auto-confiança e vaidade quando ele diz, ?Senhor, que queres que eu faça??. Encontramos no ministério dele que depois deste ponto de resignação, auto-baixeza, subordinação, uma obediência exemplar. Ele, depois de muitos anos de ministério diante deles, poderia testemunhar à igreja de Corinto, ?porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e esse crucificado.? (I Coríntios 2.2). Na conversão de Lídia, uma mulher rica da cidade de Tiatira, uma comerciante que tinha destaque entre os nobres da cidade, abaixando-se ao batismo que manifestava publicamente a sua confissão de pecadora. Quando ela rogasse e constrangesse os discípulos a entrar na sua casa, ela continuou de se abaixar em se alinhar com o que muitos naquela época consideraram uma seita fracassada e merecedora de perseguição (Atos 16.14,15).

Na experiência da qual se confia a sua salvação é manifesta essas palavras mágicas? A experiência da sua conversão se enche de vaidade ou de completa submissão à ordem para arrepender-se? Você caiu no desprezo do mundo quando se ?converteu? ou foi aplaudido por ele? A sua conversão levou você a uma vida de auto-baixeza, para saber nada de si mesmo para ganhar a Cristo?

No serviço, o cristão verdadeiro continua manifestando a qualidade destas palavras mágicas. O cristão verdadeiro luta contra a carne que sempre quer se aparecer, morrendo a ela diariamente, diminuindo para que Cristo aumentasse (Gálatas 5.17; João 3.30). O amor do cristão verdadeiro se manifesta na obediência íntima e pública dos mandamentos do seu Salvador (João 14.15, ?Se me amais, guardai os meus mandamentos.?). O cristão reconhecido como um verdadeiro filho pelo Pai é aquele que nega se a si mesmo e leva a sua cruz (Mateus 16.24, ?Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;?). Entendemos com isso que as mesmas qualidades que nos dá entrada no reino de Deus, ou seja, as qualidades destas palavras mágicas, acompanham a vida cristã contínua. Verdadeiramente como nós entramos em Cristo continuamos nEle (Colossenses 2.6, ?Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,?). Quer dizer a prova da nossa conversão verdadeira se vê no desejo e a obtenção de auto-baixeza pela graça de Deus a nossa subordinação contínua ao nosso Salvador.

Cristo manifesta essas qualidades. Ele humilhou se a Si mesmo, esvaziando-Se tomando a forma de servo, e foi obediente até a morte, e morte de cruz (Filipenses 2.7,8). A Sua vida foi gasta não fazendo a Sua vontade, mas a do Seu Pai, glorificando-O na terra, consumando a obra que o Pai O deu a fazer (João 17.4). Ele manifestou essas qualidades até o fim (João 19.30, ?Está consumado?). O cristão verdadeiro se conforma na sua vida cristã mais e mais à imagem de Cristo (Romanos 8.29), ou seja, se sujeita à autoridade de Deus e morre a si mesmo mais e mais a cada dia.

Essas qualidades cristãs se manifestam no lar cristão. O cabeça do lar, o homem, se abaixa diante do seu Cabeça, Cristo (I Coríntios 11.3; Efésios 5.23,25-29). A esposa do lar se subordina ao seu marido como ao Senhor em tudo (Efésios 5.22,24; I Pedro 3.2-6). Os filhos no lar cristão devem ser admoestados da necessidade dessas palavras mágicas para o bom andamento das suas vidas no lar (Efésios 6.1-3).

Essas qualidades das palavras mágicas encontram-se na igreja verdadeira também. O pastor verdadeiro submete-se ao Cabeça da igreja, Cristo, não deixa de anunciar todo conselho de Deus e apascenta o Seu rebanho (Atos 20.27,28). Os membros, que já conhecem essas qualidades na sua conversão e vida cristã submetem-se aos seus pastores, subordinando-se a ele para a glória de Deus (Hebreus 13.7,17).

Concluindo: essas palavras mágicas permeiam tudo que envolve a vida cristã, do começo até ao fim, diante de Deus e diante do mundo, no lar e na igreja. Essas qualidades não são opções, mas virtudes e marcas características do verdadeiro. Quando você volta da igreja à sua casa, você volta na sua auto-justificação ou a justificação de Deus?

Para a salvação: Arrependei-vos dos seus pecados e crede no evangelho.

Para a sua consagração: Vive se arrependendo do seu pecado, confiando na obra de Cristo.

Autor: Pastor Calvin Gardner

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