Col. 1:27, "Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;" A. O Homem Que Não Tem A Cristo Também Não Tem Esperanças - Efés 2:12 O homem, sem Cristo, pensa ter algo para com Deus. O homem que não tem Cristo não tem um entendimento correto das coisas de Deus, é inútil sujeitar-se a lei de Deus, injusto, não tem o temor apropriado e é inimigo de Deus (Rom 3:10-18; 8:7). Aquilo que o homem pode operar é o que ele faz para apaziguar o seu íntimo e pensa que essa força vêm de Deus. Deus fez o homem reto, porém o homem buscou muitas astúcias (Ecl. 7:29). Essas invenções em parte foram criadas para dar esperanças ao homem, e podem ser classificadas em quatro categorias: promessas, obras, tradição e cerimônia. 1. Promessas O homem sem Cristo quer afirmar algo que para ele parece verdadeiro. Muitas vezes ele busca a filosofia ou uma linha de raciocínio que parece lógica para o homem. Tanto mais lógico melhor. Quanto mais fatos conhecidos e mais utilizado o raciocínio, mais confiável é a filosofia. Se uma filosofia bem estruturada e lógica promete um resultado, então o homem sem Cristo confiará nessa filosofia, nessa linha de pensamento. Todos aqueles que confiam naquilo que o homem tem desenvolvido se esquecem de fatos importantes. Através da sabedoria humana o homem não pode conhecer a Deus (I Cor 1:21; 2:14). Eles se esquecem também que: "Toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra do Senhor permanece para sempre." (I Ped 1:24,25). A palavra de Deus é mais confiável que qualquer voz do céu ou qualquer experiência espiritual (II Ped 1:19). 2. Obras O homem que não conhece as verdades de Cristo sente-se, muitas vezes, impulsionado a fazer algo com a sua vida para agradar a Deus. Se a verdade é negligenciada, o homem criará a sua própria lei para ser obedecida com objetivo de sentir-se apaziguando o Santo Deus. É possível ter zelo de Deus sem entendimento (Rom 10:1,2) e é muito perigoso rejeitar a justiça de Deus, pois o homem procura estabelecer a sua própria justiça. Isso não é sujeitar-se a justiça de Deus (Rom 10:3). As obras do homem podem até mesmo parecer boas aos olhos de outros homens, mas Deus não tem prazer em holocaustos e sacrifícios senão na obediência a Sua Palavra (I Sam 15:22). Devemos lembrar que mãos sujas fazendo aquilo que um coração enganoso manda não podem agradar a um Deus justo de nenhuma maneira. O homem que confia em suas próprias obras, a Palavra de Deus diz que tal pessoa não deve ter esperanças. 3. Tradição Se não é filosofia, ou obras, é tradição. O homem que rejeita a sabedoria de Deus vai seguir religiosamente aquilo que o homem afirma ser eficaz. A tradição não é nada mais que raciocínio, crença ou obras que muitos têm feito por anos e talvez séculos. A esperança é: se um pensamento ou ação tem sido mantido por muito tempo ele se torna poderoso para com O Eterno Deus. A verdade é: se o homem é imundo diante de Deus, as suas justiças não são melhor que um trapo de imundícia (Isa. 64:6). Uma seqüência de anos não pode transformar um pensamento falso em verdade, nem a força de pensamento de muitos por tempo prolongado pode transformar o erro em uma afirmação verdadeira (Mat. 6:27). 4. Cerimônia A cerimônia é a beleza das tradições. O custo de uma roupa, igreja, processo ou o valor de um sacrifício não pode agradar a Deus a não ser aquilo que Ele mesmo ordenou. "Porventura não sabeis? Porventura não ouvis, ou desde o princípio não se vos notificou, ou não atentastes para os fundamentos da terra? Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar;" (Isa 40:22,23). A cerimônia para Deus é vã. A maior esperança que se pode ter é obedecer á Deus. O pecador sem Cristo precisa obedecer o mandamento de Cristo e vir a Ele se arrependendo de seus pecados e confiando na misericórdia de Deus pela Fé. Foi Deus que deu o Seu Filho Unigênito, e é por Este que podemos ir a Ele (João 14:6;I Ped 1:18,19) sem filosofia, obras, tradição ou cerimônia. B. O Homem Que Tem A Cristo Também Tem Esperanças - Isa 40:28-31 A esperança que o homem em Cristo tem não é baseada naquilo que o homem pode ou não fazer. É baseada somente em Cristo e naquilo que Ele faz. Aquilo que Cristo é e fez pode ser resumido em Hebreus 2:10, 17,18 e entendido das seguintes maneiras: 1. Pode "expiar os pecados do povo." - Heb 2:17 A primeira beleza que um pecador vê em Cristo é essa, a expiação dos seus pecados. Quando Deus, com misericórdia, abre o entendimento do pecador Ele faz com que o mesmo veja os seus próprios pecados e a sua escravidão. Depois disso, Deus capacita o pecador para que veja a Cristo como o Salvador de seus pecados terríveis (Rom 8:15). Com a fé em Deus o pecador arrependido pode enxergar o precioso Filho de Deus na sua beleza como o seu Salvador, e crendo nEle, é salvo (Rom 8:1,2). O propósito de Cristo ter nascido e vivido no mundo era exatamente "remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gal 4:4,5). O homem em Cristo tem a esperança de nunca mais precisar temer ser julgado pelos seus pecados, pois a promessa da Palavra de Deus é: "quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." (João 5:24). Deus Pai planejou a salvação (Efés 1:3-5), Cristo é o Salvador dos pecadores (Efés 1:6,7), e o Espírito Santo de Deus sela os crentes para a salvação (Efés 1:13) pois Ele é "o penhor da nossa herança" (Efés 1:14); a esperança está no poder de Deus. Mesmo o crente tendo problemas com o pecado na carne (Rom 7:18) ele não precisa ter problemas no julgamento dos seus pecados num dia futuro. Cristo já aniquilou o pecado pelo sacrifício de Si mesmo (Heb 9:26) morrendo pelos pecadores (Rom 5:6,8; Rom 9:22). Deus sente-se satisfeito com Este supremo sacrifício (Isa 53:11). 2. Pode trazer "muitos filhos à glória" - Heb 2:10 As belezas de Cristo não compreende somente a salvação. A primeira beleza vista em Cristo é a expiação dos pecados. Cristo tem muitas outras belezas além dessa primeira. Com o poder do pecado aniquilado e a condenação dos pecados levada, quem está em Cristo tem muito mais que a esperança de não precisar pagar mais pelos pecados. O crente, em Cristo, também é levado "à glória", pois ele tem coisas melhores que a salvação. Há coisas que "acompanham a salvação" (Heb 6:9). Essas belezas enriquecem a esperança que o crente tem em Cristo. Cristo é a esperança para seus filhos enquanto eles estão na terra Enquanto o crente está no mundo, nessa carne, ele terá aflições (João 16:33). Satanás, "nosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;" (I Ped 1:8). Antes de irmos para o céu, ainda sendo salvos, temos o problema do "pecado que tão de perto nos rodeia" (Heb 12:1; Rom 7:18). Temos a esperança de que um dia tudo isso findará e teremos o nosso descanso eterno com Deus. Todavia, antes disso, temos a esperança, ainda agora, da promessa que Cristo "pode socorrer aos que são tentados" (Heb 2:18). Cristo foi feito "semelhante aos irmãos" (Heb 2:17) para que "possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." (Heb 4:14-16). Cristo pode socorrer aqueles que estão passado por tentações porque Ele é Deus (João 1:1-3). Cristo não só "pode" nos socorrer, como está pronto para isso. Por isso Cristo tem cuidado de nós (I Ped 5:7). Assim que nos cheguemos a Deus, Ele se chega a nós (Tiago 4:7,8). Assim resistimos o diabo, firmes na fé, e ele fugirá de nós (I Ped 5:9; Tiago 4:7). Todas estas benção acontecem devido a prontidão que Cristo tem para nos socorrer em tempo oportuno (Heb 4:16). Em Cristo, achamos graça para viver (Heb 1:12; Gal 2:20) e graça para servi-lo tendo a vitória apesar das fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições e angústias (II Cor 12:9,10). Cristo já foi adiante de nós e conhece as nossas fraquezas pois ele "padeceu" na carne tanto quanto qualquer um de nós (Heb 2:18). Cristo foi criado por uma família pobre, pois nasceu numa manjedoura. Assim Ele conhece a graça necessária que um pobre necessita. Cristo conheceu as limitações de um corpo humano (Mar 4:36-38; João 4:6), o amor e a tristeza que vêm com o amor (João 11:33-36) e a tentação que envolve cada tipo de pecado (Heb 4:15, "em tudo foi tentado"; Mat. 4:1-11 - pensamentos, blasfêmia, suicídio). Assim, conhecendo a nossa fraqueza e aquilo que estamos enfrentando, ajuda nos com a graça necessária para obedecermos a Ele. Por isso temos a beleza de esperar em Cristo enquanto estamos aqui na terra pois Ele já venceu a tudo "sem pecado" e pode "compadecer-se das nossas fraquezas" (Heb 4:15). Cristo é a esperança para seus filhos enquanto Ele está no céu Enquanto estamos na terra temos uma esperança viva em Cristo. Tudo aquilo que Cristo já fez dá-nos esperança para continuarmos passando por aquilo que Ele já passou. Temos maior razão para termos esperança. Temos esperança naquilo que Ele ainda está fazendo por nós no céu! Cristo está no céu intercedendo por nós assim como orava por nós enquanto estava aqui na terra (João 17:20; Heb 7:25). Cristo, no céu, não só está orando por nós mas também mediando por nós "agora . . . perante a face de Deus" (Heb 9:24). Cristo continua amando-nos e clamando, diante de Deus, o seu precioso sangue que é eficaz para nos perdoar de toda a injustiça que continuamente temos nessa carne (I João 1:9). Conhecendo estas verdades o crente passa a ter esperança. Cristo é a nossa esperança! A nossa ida para o céu é tão certa que Cristo prepara-nos um lugar. A beleza dessa verdade é que um dia estaremos onde Ele está agora pois Ele prometeu vir outra vez para nós estarmos junto dEle (João 14:1-6; I Cor 15:51-58) e "assim estaremos sempre com o Senhor" (I Tess 4:17). Pode haver uma maior número de razões para se elevarem mãos cansadas e se fortalecerem os espíritos fracos? Que Deus te abençoe e que você conheça e viva a beleza que é a esperança em Cristo. Autor: Pastor Calvin Gardner Correção gramatical: Albano Dalla Pria 5/98 |
VIII. NOSSA ESPERANÇA
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