Entendendo que Deus já está agradado completamente pelo sacrifício de Cristo, que é bem constado pelo Novo Testamento, por quê voltar ao passado e estudar as figuras que apontam a este sacrifício de Cristo no Velho Testamento? É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais de nossa Salvação por Cristo. A lei (o Pentateuco) tem “a sombra dos bens futuros” (a Pessoa e Obra de Cristo) e conhecendo essas sombras perceberemos melhor o Real (Hebreus 10.1). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo. Introdução O titulo dessa mensagem sobre o véu do Tabernáculo poderia ser: De Separação À Entrada Ousada. O véu era posicionado entre o santuário, onde o sacerdote ministrava pelos outros, e o lugar santíssimo, onde Deus habitava entre os querubins sobre o propiciatório da arca do testemunho ou da aliança. Fez separação entre o que não era santo e Aquele que é santíssimo. O Tabernáculo, com todas as cerimônias ritualísticas, não passou a ser nada mais além de “a sombra dos bens futuros” (Hb 1.1; 10.1). Por mais bela a sombra esteja, ela não é o Verdadeiro. O véu do Tabernáculo representava uma triste verdade: o homem é pecador e é vedado O caminho para ele ir sozinho a Deus (Ex 26.33; Lv 16.2, “que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque Eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório”; Is 59.1-3, “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”; Rm 3.23, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”). Enquanto o véu ficava no seu lugar a consciência pesada do homem existia. Enquanto o véu separava o homem pecador do Deus santo, o pecador teve medo do julgamento do seu pecado por este Deus que é um fogo consumidor (Hb 10.2,3). A entrada ousada na presença deste Deus é uma realidade hoje através de umas condições, condições estas que foram preenchidas completamente e somente por Jesus Cristo. O Material Usado na Construção do Véu do Tabernáculo – Ex 26.31 O véu do Tabernáculo era feito de linho fino torcido com azul, púrpura, carmesim, com a imagem de querubins de obra prima bordada nele. Desde que tudo no Tabernáculo eram sombras ou tipos simbólicos de Cristo, esse material apontava ao Cristo. O azul representava: Natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou homem celestial, I Coríntios 15.47,48; João 1.18; Hebreus 7.26; a origem celestial de Cristo. A púrpura representava: Realeza, Soberania de Cristo, o “Rei dos reis, e Senhor dos senhores”, Apocalipse 19.16; Marcos 15.17-18. O carmesim representava: Sacrifício, Apocalipse 5.9-10; Números 19.6; Levítico 14.4; Heb 9.11-14, 19, 23, 28. O linho fino representava: Justiça, Cristo é o Justo, e os que são dEle tem a Sua justiça, II Coríntios 5.21; Apocalipse 19.8; I Coríntios 1.30. Sendo torcido, era dobrado o fio seis vezes fazendo o véu grosso e pesado (Gill). O branco, do linho fino torcido representava: perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo (Ap 7.9-17; Sl 132.9). Os querubins representavam: somando tudo que fala dos querubins pela Bíblia podemos resumir que eles representam a autoridade e poder judicial de Deus (Gn 3.24). Não há como chegar a Deus sem responder pelo julgamento dos pecados. Pelos querubins terem presença no véu do Tabernáculo entende-se que a entrada à presença de Deus é somente através do julgamento dos pecados. Assim aponta ao Cristo: O Espiritual com natureza celestial (azul), O Soberano (púrpura), O Sacrifício idôneo (carmesim), O Justo (linho fino) e O Perfeito (branco do linho fino). Cristo, nessas qualidades, deu-Se a Si mesmo na cruz, recebendo assim o julgamento do pecado de todo pecador arrependido (II Co 5.21; Tt 3.5; I Pd 1.18-21) e repassando à estes as Suas justiças (II Co 5.21; I Pe 3.18). A Posição do Véu no Tabernáculo – Ex 26.32-35 O véu do Tabernáculo fazia separação entre o santuário e o lugar santíssimo. Dentro do véu era a Arca do Testemunho. Fora do véu eram a mesa e o candelabro. O véu do Tabernáculo foi pendurado debaixo dos colchetes sobre quatro colunas de madeira de Acácia, representando a humanidade incontaminável de Cristo. Essas colunas eram cobertas de ouro, representando a divindade pura de Deus. Cristo é tanto homem quanto Deus, fatos declarados pela simbologia destas colunas que existem para que o véu do tabernáculo fosse pendurado. As bases que fixava as colunas no lugar eram de prata. Prata representa a redenção por ser ela a moeda da expiação (Levítico 5.15; 27.3; 6,16; Êxodo 30.12-16; Números 18.16). O fundamento destas bases era a redenção. A redenção, representada pela prata, é a base da encarnação de Cristo, representado pelas colunas. A entrada à presença terrível de Deus é somente pelo julgamento dAquele que é Celestial, Soberano, o Puro Sacrifício Eterno e Justo, o Único que pode agradar a Deus, o Seu Filho Unigênito, O Jesus Cristo. A Representação do Véu do Tabernáculo – Hb 10.1-23; Is 53.10-12 O véu a todos mostrava a separação do homem do Santo Deus. Por Deus ser santo, e o homem ser destituído da glória de Deus, ou seja, da glória da santidade, há separação (Is 59.1-3). O véu mostrava a maneira de aproximação do homem pecador para o Santo e Glorioso Deus. Essa aproximação era somente por um sacerdote idôneo e somente com sangue (Lv 16.14; Jo 9.7, 14). Cristo é Quem foi representado pelo véu do Tabernáculo (Hb 10.19, 20, “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,”; Ef 2.12-16; Cl 2.13-15; 3.7-11). Cristo é a Entrada – Isa 53.10, 11. Por Ele, o pecador arrependido e crente pela fé em Cristo Jesus, não apenas tem entrada à presença de Deus, mas, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19). Cristo, em Hb 10.10-23, é o grande Sacerdote que se ofereceu a Si mesmo como o verdadeiro sacrifício aceitável que purifica os nossos corações da má consciência (v. 12-14, 21, 22). Ele é o sangue que abriu o caminho pelo véu (v. 19), sendo Ele mesmo o próprio véu e o Caminho novo e vivo a Deus (v. 20; Jo 1.29; 14.6). Tudo o que Ele é foi aceito pelo Pai e percebemos isso na Sua morte (Mc 15.38, “E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”), na Sua ressurreição (At 17.30,31, v. 31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos), e na Sua ascensão (Jo 7.39; At 2.31-36, v. 33, “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis”). Por Cristo ser tudo na aproximação do pecador remido a Deus, somos incentivados a reter firme a confissão da nossa esperança, a estimular uns aos outros às boas obras e congregar sempre que temos oportunidade; porque fiel é Ele que prometeu tais bênçãos (v. 23-25). Conclusão Cristo é a gloriosa e única entrada à presença de Deus. Ele é somente a entrada para os que se arrependeram dos seus pecados e creram nEle pela fé. Como é contigo e Deus? É ainda separado, ou tem ousadia para entrar? O diferencial é Cristo, o próprio véu e o caminho para Deus. Autor: Pr Calvin Gardner Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007 |
O Tabernáculo e O Véu
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