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A SEGUNDA DIVISÃO DO LIVRO - MATEUS 4:12 - 18:35

O MINISTÉRIO DO MESSIAS DA GALILÉIA

Mateus não está escrevendo uma história cronológica da vida de Cristo, mas ele selecionou os aspectos da Sua vida pelos quais mostra que Ele é o Messias-Rei de Israel.

A Prisão de João O Batista e O Ministério do Messias Começado. 4:12 - 25.

A prisão de João O Batista aconteceu, mais ou menos, um ano depois do batismo de Jesus. O ministério de João foi durante, mais ou menos, um ano e meio. João ficou mais ou menos um ano na prisão antes de morrer. Jesus voltou para a Galiléia para escapar o perigo e cumprir a predestinação. Também Jesus mudou-se de Nazaré para habitar em Capernaum (v. 13). A profecia de Isaías era cumprida (v. 14-16).

Jesus já tinha começado o Seu ministério público. Pregou o que? (v. 17). Jesus chamou logo quatro discípulos para seguí-lO. Eles obedeceram a Sua chamada eficaz sem reserva nem vacilação. Eles deixaram tudo para seguir Jesus (as redes) e se tornar pescadores de homens pelo poder de Deus. É Jesus que nos faz pescadores de homens, e não nós mesmos. Jesus disse; "eu vos farei pescadores de homens".

Nos versículos 23 - 25 temos o resumo do ministério de Cristo da Galiléia. Por causa do Seu trabalho maravilhoso Jesus Cristo ficou muito famoso e gente de outras regiões vieram para seguí-lO.

O Sermão da Montanha. 5 - 7.

É aceitado que este sermão foi pregado por Jesus Cristo num monte muito bonito olhando de cima do Mar da Galiléia não muito longe de Capernaum. Este sermão nos dá o caráter e conduta dos que são salvos pela graça de Deus. Não são coisas que o homem pode criar em si mesmo, porque é impossível que o homem perdido, morto em pecado e ofensas, depravado e inabilidade pelo pecado cria-se de novo com estas coisas no coração. É só Deus que faz isto no pecador pela sua graça e poder. Neste sermão, Jesus Cristo dá o resultado da obra regeneradora de Deus nos seus filhos escolhidos. Eles estão abençoados mesmo por Deus porque tem a salvação que vem de Deus pela graça.

1. As bem-aventuranças. 5:1-12.

Os pobres de espírito são aqueles que sabem que não tem nada para oferecer a Deus que pode merecer a salvação. São salvos puramente pela graça.

Os que choram são aqueles que estão chorando por causa dos seus pecados. É o arrependimento, outra obra (graça) feita por Deus no pecador.

Os mansos são aqueles que são humilhados perante de Deus por causa do seu conhecimento de ser pecadores salvos pela graça e que Deus é santo.

Os que tem fome e sede são aqueles que tem fome e sede para conhecer e praticar a justiça de Deus na vida. É o resultado de ser convertido verdadeiramente.

Os misericordiosos são aqueles que tem uma disposição para mostrar compaixão e misericórdia para com os culpados, necessitados e sofredores. Porque? Os perdoados tem a disposição divina para perdoar.

Os limpos de coração são aqueles que tem singeleza de coração, honestidade sem hipocrisia, sem interesse egoísta e pureza que vem de dentro para fora para com Deus. Porque? Porque são novas criaturas.

Os pacificadores são aqueles que tentam fazer a paz entre as pessoas do mundo, e especialmente a paz que vem pelo conhecer Jesus Cristo, o Príncipe da Paz. Eles pregam a reconciliação por Cristo Jesus. São os embaixadores da parte de Cristo rogando o mundo para reconciliar-se com Deus por Jesus Cristo. II Cor. 5:18-21.

Os que sofrem a perseguição são aqueles que estão zombados, escarnecidos, odiados, desprezados e abusados por causa de Cristo pelo mundo. É uma honra sofrer por Cristo sabendo tudo que Ele sofreu para nos salvar dos nossos pecados!

2. A Influência dos Salvos no Mundo. 5:13-16.

Os salvos são como o sal da terra. Sal preserva e detém corrupção (decomposição). Os salvos são uma ação de deter a corrupção moral do mundo. Os salvos espalhados no meio do mundo estão tornando mais lento a corrupção moral do mundo. Também o sal dá sabor à comida. O mundo não é um lugar agradável morar; mas, os salvos devem fazer do mundo um lugar mais feliz (mais gostoso) onde morar. Sal também dá sede. Os salvos devem dar uma sede para as coisas de Deus no meio do mundo que está sem a água da vida. Pode salgar carne, mas não pode salgar sal! Sal que fica insípido, presta para nada. O crente (salvo) infiel também presta para nada no serviço de Deus..

Os salvos são a luz do mundo. Jesus Cristo é a luz do mundo e a nossa luz vem dEle (Efésios 5:8). Mas, Jesus está ausente e Ele nos deixou aqui para dar a sua luz neste mundo de trevas (Filipenses 2:15). Cristo Jesus nos deu a luz do Evangelho para que possamos dar a luz dEle aqui no mundo. Como uma cidade edificada sobre um monte que ilumina o caminho de chegar lá; nós (os salvos) damos a luz ao mundo para saber o caminho para Deus. Estamos refletindo (como a lua) a luz De Cristo (o Sol da Justiça) na noite. O propósito de uma luz é brilhar. Devemos brilhar por Cristo o melhor possível (Mateus 25:1-13). Não devemos esconder a nossa luz por Cristo. A melhor maneira de brilhar por Cristo, deixar o mundo ver as nossas boas obras e para que o mundo possa glorificar Deus é colocar a nossa luz no velador (castiçal, Apocalipse 1:20), que é na Igreja do Senhor Jesus Cristo.

3. A Relação da Lei de Moisés com a Missão do Messias. 5:17-20.

Jesus Cristo, o Messias-Rei de Israel, veio para cumprir o Velho Testamento (a lei e os profetas), não para destruir nem anulá-lo. O Mesisas-Rei cumpriu a lei de Deus perfeitamente. Ele cumpriu a lei cerimonial e civil e todos os símbolos dela como o Cordeiro de Deus perfeito pelo pecado. Ele cumpriu a lei moral pelo viver uma vida perfeita de justiça. Ele pagou a pena da lei de Deus como o substituto pelos eleitos de Deus. O Messias de Deus é o cumprimento da lei de Deus.

Por isso, podemos dizer que o Messias-Rei honrou e não desprezou a lei e os profetas. Ele cumpriu-a perfeitamente, uma coisa que o judeu (fariseu) só fingiu fazer pela sua lei pervertida da lei de Deus verdadeira. Jesus honrou até o jota (cruzamento de um t) e o til (o ponto de um i) da lei de Deus. Jesus condenou a pessoa que anulou e desprezou a lei de Deus. Nosso Salvador diz para nós, os salvos, a importância de viver pela observação dos mandamentos da Sua Palavra. Este tipo de justiça somente vem pelo novo nascimento.

4. Algumas Perversões da Lei de Deus pelos Judeus Corrigidas pelo Messias. 5:21-48.

Agora o Messias-Rei examina, corrige, explica e condena as interpretações pervertidas da lei do Velho Testamento pelos judeus. Observa a frase: "Ouviste que foi dito, Eu, porém vos digo" (versículos 21-22, 27-28, 31-32, 33-34, 38-39, 42-43). Eles fizeram da lei de Deus o que quiseram para que pudessem observá-la do jeito que eles queriam. Agora a voz de Deus fala. Ou podemos dizer que Deus mesmo fala.

O pecado de se irar injustamente. v. 21-26. O mandamento sexto está explicado pelo Messias-Rei. Este mandamento não somente proíbe assassinato, mas também a ira errada, maligna, excessiva e as manifestações verbais dela. Nota que Jesus não proibiu a pena da morte, a guerra, o direito de se proteger, nem se irar justamente na maneira certa (Romanos 13:1-7, Efésios 4:26-27).

Há uma necessidade de se reconciliar com aquele que "está ofendido conosco". Devemos fazer o máximo para estar reconciliados com todos. A falha de fazer isto impede a nossa adoração de Deus. Como é que possamos ter comunhão com Deus quando não temos comunhão com os irmãos? Há necessidade de perdoar e tentar entender e fazer um acordo sem envolver o mundo nos negócios entre os irmãos e até com o mundo se for possível.

O pecado de lascívia, concupiscência e imoralidade. v. 27-30. O mandamento sétimo está explicado pelo Messias-Rei. Este mandamento não somente proíbe todo tipo de imoralidade, mas desejar, contemplar, cobiçar e até olhar para uma mulher com esta intenção. Auto-negação é a única maneira de evitar este pecado. Porque há adultério de coração.

O divórcio explicado pelo Messias-Rei. v. 30-32. O fariseu ensinou que podia dar um divórcio por "qualquer razão". Ele ensinou que não tinha nenhuma limitação. Uma mulher podia divorciar seu marido também (Marcos 10:12). Jesus deu a razão certa para divórcio: prostituição. A pessoa inocente divorciada por isto tem direito para se casar novamente. Nota outra razão aceitável que o Apóstolo Paulo dá (I Coríntios 7:10-15). O homem não tem direito para mudar a lei de Deus sobre o divórcio. A lei de Deus conduz para uma moralidade santa, pura e boa.

O assunto de juramentos. v. 33-37. Os escribas disseram que um juramento que não falou o nome de Deus, não era pecado nem obrigatório para guardar. Mas, o Messias-Rei disse o contrário! Jesus disse que é melhor não jurar sem necessidade. Devemos ser pessoas de palavra sem necessitar jurar para dizer a verdade. O mentiroso não é crível até quando está jurando que diz a verdade. Mas, o homem de palavra vai dizer a verdade até sem juramento. É para dizer a verdade toda hora e em todo lugar.

A lei de retaliação. v. 38-42. É uma condenação de se vingar pessoalmente. Essa é uma coisa que o governo deve cuidar. O governo deve dar um castigo que é cabível ao crime. Mas, isto deve ser deixado na mão do governo para cuidar e executar. Devemos agüentar mal tratamento se for necessário e/ou inevitável. Observa João 18:22-23 e Atos 23:2-3. Temos que sofrer com paciência e sem procurar nos vingar depois, mas não significa que temos que sofrer tudo que a gente faz contra nós e ficar sem jeito. Se formos obrigados pela lei fazer até uma coisa injusta ou sofrer a perda de nosso bem, devemos fazer até mais do que estamos pedidos. Tudo tem que ser feito em acordo com a Bíblia (I Timóteo 5:8. II Tessalonicenses 3:10). Não devemos apoiar pecado, preguiça, ajudar o malvado, nem deixar a família passar necessidade. Mas, fazer tudo com respeito, amor sofredor, compaixão e paciência; como Jesus Cristo nosso Salvador agüentou.

Amar nossos inimigos. v. 43-48. O fariseu disse que um inimigo não era seu próximo. Assim ele podia evitar o mandamento claro da Palavra de Deus (Levítico 19:18). Jesus disse o contrário. Não devemos procurar nos vingar não; mas, sim devemos procurar fazer bem por nossos inimigos. É assim que Deus faz (v. 45). Dar misericórdia por um amigo é do homem (hipócritas), mas dar misericórdia pelos inimigos é de Deus. Devemos procurar fazer mais que o mundo faz.

5. A Piedade Falsa e Verdadeira. 6:1-18.

O Messias-Rei agora contrasta a piedade verdadeira da Palavra de Deus com a piedade hipócrita dos escribas e fariseus. Aquele que está caracterizado da piedade verdadeira se ocupa mais com sua relação para com Deus e a Sua aprovação do que o aplauso e louvor dos homens. Cristo considera as três coisas principais da vida de um judeu: fazer a esmola, orar e jejuar.

Fazer a esmola. v. 1-4. Fazer a esmola significa fazer as boas obras ou os bons atos. As boas obras podem ser feitas de motivo errado. Está certo fazer as obras para o Senhor, e isto não é condenado. Mas, não devem ser feitas para chamar a atenção a si mesmo, para se mostrar nem para receber o aplauso dos homens e ser glorificados por eles. Assim faz o hipócrita; ele finge ser o que não é só para si mostrar. A sua religião é externa e falsa, é somente uma tentativa de buscar o louvor dos homens, mas não de Deus. Devemos fazer as nossas boas obras quietamente e sem chamar atenção. Se ninguém souber ou ver a nossa obra; se a gente não for grata? Não importa, porque estamos fazendo para Deus por amor, não para os homens. Deus sabe e Ele vai abençoar. O galardão de Deus vem depois, e Deus não dá galardão para o homem que faz pelo aplauso do homem, porque esse já recebeu seu galardão (o aplauso dos homens). A aprovação de Deus é bastante!

Oração. v. 5-15. Não é uma condenação de orar publicamente nem de orar em pé. A posição física da pessoa não é muito importante. Mas, a razão e maneira de orar é importante demais. Não é para ser visto pelos homens e por isto glorificados por eles. O hipócrita ora assim para se mostrar, não para falar com Deus intimamente. É melhor ficar num lugar calmo e oculto; e assim pode orar a Deus com toda sinceridade, franqueza, dedicação e amor. Não há nenhuma virtude em falar demais (usar de vãs repetições) como os pagões fazem. A oração cumprida não é condenada, mas repetir a mesma coisa muitas vezes que não tem sentido é. Pedir o perdão de pecado do Senhor em oração sem perdoar os outros dos seus pecados contra nós, é pedir em vão. Depois Jesus nos ensina como orar (v. 9-13).

Jejum. v. 16-18. Jejuar é se negar voluntariamente de comida por um período de tempo para ficar mais perto do Senhor e se dedicar a Deus sem a preocupação de fazer os cuidados de vida. É coisa boa fazer; Jesus e a Sua igreja primitiva fizeram. Deve ser feito de uma maneira que ninguém sabe, sem chamar atenção para si mesmo. Os fariseus e escribas (chamados hipócritas por Jesus) desfiguraram as suas caras, não tomaram banho, nem ajeitaram o cabelo para aparecer que estavam jejuando. Se jejuar, deve aparecer como normalmente aparece; lava o rosto, toma banho, ajeita o cabelo e sem dar evidência que está jejuando. Porque? Porque faz para Deus e Ele vê o coração, não para os homens. É assim que devemos fazer as nossas boas obras para Deus.

6. As Coisas Materiais e Os Cuidados de Vida. 6:19-34.

A perspectiva certa das coisas materiais. v. 16-24. O homem inclina-se para procurar a sua segurança e felicidade nas coisas materiais em vez de Deus. Mas, para o justo, Jesus disse, deve ser em Deus só. Vamos para o céu ficar com nosso Salvador, então vamos nos preocupar com ajuntar tesouro lá, e não aqui na terra. Como é que possamos ajuntar tesouro lá no céu estando nós ainda aqui na terra? Gastando a nossa vida e coisas materiais no seu serviço fielmente. Assim estamos mandando lá um tesouro que fica bem guardado e seguro demais. Este mundo não é nosso lar (casa, somos aqui somente forasteiros e peregrinos), mas vamos para nosso lar eterno depois e lá vamos gozar no nosso tesouro bem guardado e seguro eternamente. Não faz sentido fazer isto aqui, porque vamos deixar este mundo e tudo que nele tem afinal. Somos os servos de Deus e da sua vontade, não os escravos do pecado, deste mundo nem das suas coisas materiais. Nosso coração fica lá no céu enquanto os nossos corpos estão ainda aqui na terra. Devemos olhar para as coisas deste mundo através desta perspectiva divina.

É servir Deus de todo coração e confiar nEle para suprir as nossas necessidades. É lembrar que a nossa vida é mais do que só comida e roupa. A nossa vida é de Cristo e para ser usada no seu serviço. Ele já nos deu a maior bênção, salvação e vida eterna, Ele nos dará também as necessidades de vida para que possamos servir nosso Salvador fielmente neste mundo. Deus não supre a comida para as suas criaturas, e lhes veste belamente? Ó homens de pouca fé que somos nós. Vamos buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e Deus vai providenciar as coisas materiais certas para serví-lO fielmente aqui até chegarmos no nosso lar celestial. Preocupação sobre estas coisas é pecado. Todo dia tem bastante dificuldade sem aumentá-la com a nossa preocupação. Preocupação pode criar doença e até morte numa pessoa. Queremos menos ansiedade, angústia, e preocupação na vida? Preocupar não muda a nossa situação. Então, temos que confiar em Deus e a sua provisão! Ele sabe o que precisamos e Ele não vai nos abandonar nunca. Ele não nos salvou e deu esta esperança do céu para nos abandonar aqui na terra. Pouca fé é uma grande falha. Não é uma desculpa para ficar irresponsáveis; mas, sim para servir o Senhor com toda fidelidade e guardar todos os seus mandamentos; e deixar o resto com Ele. Ele é fiel em tudo! Deus nos ajuda ficar fiéis no seu serviço.

7. Juízo Errado e Proibido. 7:1-6.

Julgar (v.1) as vezes significa condenar. A palavra "julgar" aqui sugere a idéia de julgar severamente, injustamente, grosseiramente, cruelmente, insensivelmente, duramente, à crítica rigorosa ou de maneira de pouco amor. É este tipo de juízo que Jesus proibiu. É o tipo de juízo dos fariseus. Jesus não proibiu formar opinião acerca da conduta e doutrina dos outros baseada na verdade e santidade da Palavra de Deus (João 7:24. Mateus 7:15-20), mas sim Ele deu para nós a responsabilidade de fazer isto fielmente. Mas, Jesus falou para não fazer juízo injusto, grosseiro, não estabelecido, sem razão, e duro demais. Podemos julgar as ações das pessoas, mas não seus motivos. Estas coisas devemos deixar para Deus julgar. O perigo em julgar os outros é julgar injusta e incorretamente.

Para julgar (v.2) os outros, temos que nos julgar primeiramente com toda franqueza. Muitos estão ocupados em achar os pecados e falhas nos outros enquanto estão passando por cima dos seus pecados e infidelidades com muita negligência. Devemos nos julgar severamente, e julgar os outros suavemente. É bom também procurar as boas qualidades na vida dos outros, e não só as falhas.

O hipócrita (v. 3-5) faz exatamente o contrário; ele fica procurando a coisa mínima errada (argueiro) nos outros, e deixa na sua própria vida uma falha bem grande (trave). O hipócrita inquieta-se sobre as coisas mínimas, e nem liga com as coisas importantes mesmas (como os fariseus). Deus nos ajude nos julgar primeiro e depois os outros com amor.

Os santos (salvos) não devem julgar injustamente, nem devem ser bobos (v. 6). Cachorros e porcos eram considerados animais sujos e mal-educados pelos judeus. Aqui significam as pessoas que ficam do mesmo jeito a respeito da Palavra de Deus. Não faz bom senso para dar a Palavra de Deus para as pessoas que ficam como os cachorros e porcos a respeito de ouvir a Palavra de Deus. Porque eles já mostraram para nós que só tem desprezo e ódio para a Palavra de Deus durante algum tempo. A sabedoria de fazer isto vem de Deus e pelo conhecimento da Palavra de Deus.

8. A Exortação para Orar. 7:7-12.

Jesus Cristo exortou seus discípulos a orar a Deus pedindo as suas necessidades. Mas, temos que lembrar de que tem que ser feito com um motivo certo e segundo a vontade de Deus (Tiago 4:3. I João 5:14). O pai bom não recusa o seu filho quando pede certamente para a coisa boa. Mas, o pai dá para seu filho a coisa certa na hora certa. Não dá uma coisa inútil (pedra), nem coisa prejudicial (serpente). O nosso Pai celestial é sábio demais para errar assim e ser insensível e desamável.

Esta regra (v. 12) foi dada aos salvos. Devemos tratar os outros como queríamos ser tratados por eles, ou como queríamos para nosso Pai celestial nos tratar. Isto acabaria com todo tipo de mal-tratamento.

9. Os Dois Caminhos. 7:13-14.

Jesus falou de dois caminhos: um conduz à vida eterna, e o outro à perdição. A porta do caminho de perdição é larga e seu caminho espaçoso. Este caminho é viajado pela maioria das pessoas porque é o caminho do mundo. Para entrar por esta porta e andar neste caminho, não tem que deixar nada lá fora, porque a porta é larga e o caminho espaçoso. Neste caminho pode levar todas as coisas da vida e andar com muita gente. Por isso, parece ser o caminho certo, mas o fim dele é perdição. O caminho apertado tem uma porta bem estreita. Não dá para levar todas as coisas da vida velha, porque a porta é estreita, só dá para a pessoa passar por ela mesma. A pessoa que vai seguir Cristo tem que deixar a vida velha (arrependimento) e entrar pela porta (fé em Cristo como o Salvador). O andar neste caminho com Cristo é apertado, quer dizer que o crente anda com Cristo aqui neste mundo cumprindo a sua vontade (que é estreita e cuidadosa) na vida, não a vontade do mundo que é liberal demais. Mas, o fim dele é vida eterna. Sabemos como achamos a porta deste caminho, o Senhor a mostrou para nós pela graça.

10. Aviso Contra Os Falsos Profetas. 7:15-20.

Os falsos profetas fazem difícil achar a porta estreita e o caminho apertado. Porque seu ensino tem uma "semelhança à verdade". É por isso que eles enganam muita gente, mas seu ensino é essencialmente uma mentira. Eles vem com sua mentira da sua própria conta para enganar, não são enviados por Deus. Parecem ovelhas por fora com seu ensino enganoso, mas são lobos (a natureza rebelde) de verdade com desejo para destruir todos com sua mentira maligna. Eles são ainda os presos de Satanás e da sua natureza pecaminosa. O lobo é o pior inimigo da ovelha, porque ele vem para devorar e espalhar as ovelhas. É isto que eles fazem no meio do povo de Deus. Os falsos profetas são conhecidos pelos seus frutos. Como podemos saber qual tipo de árvore é pelo fruto que ela produz. Podemos conhecer os falsos profetas por suas doutrinas e obras. A árvore que não produz bom fruto é cortado e lançado no fogo, da mesma forma o falso profeta será lançado no inferno. A doutrina falsa (v. 20) produz uma moralidade pervertida.

11. A Profissão Falsa. 7:21-23.

Nem todos que professam Jesus Cristo como seu Senhor e dizem que Deus é seu Pai celestial vão entrar no céu. Muitos dizem o nome de Cristo e proclamam que Jesus é deles. Muitos fazem boas obras no seu nome e até sinais e milagres. Outros que tem mesmo demônios neles, expulsam os demônios dos outros no nome de Jesus (como Judas Iscariotes). Eles dizem as palavras certas com a boca, mas no cumprir da vontade dEle na vida eles mostram que não tem arrependimento dos seus pecados nem fé em Cristo como o seu Salvador. Chamar Jesus o Senhor e ignorar a vontade dEle é negar Cristo. A pessoa salva não somente reconhece Cristo como o seu Salvador, mas também como o seu Senhor de verdade. Jesus Cristo vai responder a eles no dia do seu juízo; "Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade". O que eles chamaram boas obras, Jesus chamou iniquidade. Nem fazer algumas coisas boas nem aceitar mentalmente uma crença certa conseguem a salvação, mas só pela graça de Deus é que somos salvos!

12. O Homem Prudente e O Homem Insensato. 7:24-29.

O homem prudente é aquele que edifica a sua casa sobre a rocha. Este é o homem que ouve de verdade a Palavra de Deus e pratica o que ouve da Palavra de Deus. É por isto que edifica a sua casa sobre a rocha. A rocha é o único alicerce para uma casa que é seguro, judicioso e sábio. O alicerce edificado sobre a rocha custa mas do que o alicerce de areia. Mas, a casa edificada sobre a rocha não cai quando a chuva e a tempestade vem. Este é o homem que baseia a sua salvação em Jesus Cristo, o único alicerce seguro, judicioso e sábio da salvação eterna (I Coríntios 3:11). Quando a ira de Deus sobre os homens vem (ou qualquer tipo de tribulação, dificuldade, angústia, aflição, ou problema de vida), a sua salvação fica, porque é baseada em Jesus Cristo, o perfeito Salvador. A salvação deste homem fica firme, sólida e segura porque está ancorada em Jesus Cristo.

O homem insensato edifica a sua casa sobre a areia. Ele é um tolo porque "trabalhou muito" para fazer a sua casa, mas fez sobre o alicerce de areia que para nada aproveita. Ele não ouve a instrução da Palavra de Deus, nem pratica-a. Mas, ele baseia a sua salvação nos seus próprios pensamentos, idéias e doutrinas. É por isso que ele não tem o alicerce para a sua casa que agüenta a tempestade da ira de Deus nem dos problemas de vida. Porque quando tudo isto vem (e com certeza vem um dia) a sua casa cai e a sua queda é grande. Só Jesus Cristo presta para ser o Salvador que segura a salvação do pecador eternamente.

Algumas observações: Jesus Cristo era um pregador doutrinal; Todos os homens estão baseando a sua vida sobre alguma coisa; Nem toda base de uma vida presta; A única base para uma vida que presta é Jesus Cristo. A multidão ficou admirada com a Palavra de Cristo; porque Ele falou com a autoridade divina da Palavra de Deus.

Alguns Milagres Do Senhor Jesus, O Messias-Rei. 8:1-34. (O Messias tem poder sobre a Sua criação).

1. A Purificação dum Leproso. 8:1-4.

Este homem leproso disse; "Se quiseres, podes tornar-me limpo": não disse; se puderes, torna-me limpo. Há uma diferença muito grande entre estas duas declarações. Uma mostra a sua adoração, fé, humildade, indignidade e dependência. A outra mostra tudo ao contrário. Pecado e o pecador são como a lepra e o leproso. Observa: não tem cura, fica destruindo a pessoa devagar, deixa a pessoa feia e imunda cada vez mais, a doença se manifesta de dentro para fora, a pessoa tinha que reconhecer a sua condição totalmente perdida (gritando, "imundo") e "a única cura" era de Deus mesmo (se Deus não curasse, não ficaria curado). A Graça de Deus é grande ao pecador que não pode se salvar da sua perdição incurável!

2. A Cura do Criado do Centurião. 8:5-13.

A palavra centurião significa que era o soldado oficial responsável para cem soldados inferiores. O seu criado estava doente e creu com muita fé que Jesus pôde curá-lo. Este homem mostrou também a sua fé, humildade e indignidade para com Jesus; "Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado". Era homem de muita autoridade e importância; mas reconheceu Jesus como seu Mestre e Senhor. Por isso, Jesus elogiou este homem aos outros. Este centurião reconheceu autoridade (porque tinha-a para mandar seus soldados), e que Jesus tinha a autoridade para mandar ir embora esta doença pelo seu poder e autoridade. E era gentio, mas tinha mais fé em Jesus do que os judeus presentes.

3. A Cura da Sogra de Pedro. 8:14-17.

Uma prova absoluta que Pedro era homem casado apesar do ensino da Igreja Católica Romana (I Coríntios 9:15). Pedro não era O Papa de nenhuma igreja, pelo menos da Igreja Católica Romana. A Bíblia diz claramente que era a sogra dele, não outra parente qualquer. Para a pessoa que aceita a Bíblia, é o fim do assunto.

Sendo salvo não significa que o crente nunca fica doente, nem que quando fica doente tem pecado na vida, nem que tem falta de fé. Jesus não indicou que ela tinha nada disto. Mas, Jesus deu para ela numa maneira tão carinhosa a sua saúde novamente. Para que? Para que ela pudesse serví-lo novamente. E foi isto mesmo que ela fez. Jesus curou muitos outros também mostrando o Seu Messiado pelo cumprimento das profecias messiânicas.

4. O Custo do Discipulado. 8:18-22.

Muitos acham que seguir Cristo é uma coisa tão fácil, sem tristeza e dificuldade. Por isso alguns fazem profissão de fé em Cristo prometendo seguir Jesus até o fim, mas quando a prova vem, a pessoa vai embora para não seguir Jesus mais. Seguir O Senhor Jesus Cristo significa deixar tudo para cumprir a sua vontade na vida, que seja que for.

5. Jesus Acalma O Mar. 8:23-27.

Jesus entrou num barco com os Seus discípulos para atravessar o Mar da Galiléia. O Mar da Galiléia é mais ou menos 13 quilômetros de um lado a lado. No meio do mar houve uma tempestade e todos ficaram com muito medo. A fé deles ficou fraca no meio da tempestade. A fé deles não faltou, somente ficou fraca. Eles pediram a ajuda do seu Senhor porque estavam perecendo. As tempestades da vida do crente em Jesus vem e as vezes nos deixam fracos, desanimados, medrosos e quase nos vencendo. Mas, a nossa fé não vai faltar, mas pode ficar fraca. É coisa ruim que a fé fica fraca, mas é coisa boa que ainda fica no Deus poderoso. Pouca fé no Deus poderoso faz muita coisa. Porque pouca fé em um Deus Todo-Poderoso? Ele vai nos ajudar!!

6. Os Demônios Expulsados. 8:28-34.

A província dos Gersegenos fica ao sudeste da praia do Mar da Galiléia. Encontraram Jesus dois endemoninhados ali (Marcos e Lucas só falam de um deles). Deve ser que aquele que deles falam era o mais vocal dos dois. Os demônios conhecem Jesus como o Filho de Deus (eles sabem mais do que as Testemunhas de Jeová), seu fim de tormento com certeza e tem medo dEle com toda razão, porque eles não podem enganar nosso Senhor. Graças a Deus!! Eles sabem também que não tem nada haver com Jesus, nem com a verdade da Palavra de Deus. Demônios são de verdade (anjos caídos) e ser possuído por eles uma realidade verdadeira. Jesus tem poder sobre eles e é só Ele que possa expulsá-los de uma pessoa. Nota onde eles pediram-Lhe entrar, na manada de porcos. Os demônios não tem nada haver com as ovelhas. Depois entraram nas águas, que é o abismo (observa o que Lucas diz, Lucas 8:31; e compara com Apocalipse 9:1 e 20:1-3). Eles preferiram e escolheram o inferno em vez de Jesus Cristo. A cidade toda pediu para Jesus ir embora e não ficar mais com eles. Eles escolheram ficar com as coisas materiais e rejeitar Jesus Cristo o Salvador. A maioria do mundo continua preferindo as coisas do mundo e rejeitando Cristo o Salvador. Um dia Jesus Cristo vai dizer para eles (como disse aqui para os demônios); Ide, e eles vão para o lago de fogo eternamente. Observa o endemoninhado salvo por Jesus Cristo. Ele queria ficar perto de Jesus Cristo e depois ficou missionário contando para todos o que Jesus tinha feito por ele.

Tudo isto mostra que Jesus Cristo é o Messias de Deus: Estes sinais e milagres mostram seu poder sobre a criação, que Ele é de Deus, que Ele é o Filho de Deus e que Ele é Deus mesmo. Mais prova vem ainda!

Mais Milagres e Ensinos do Messias-Rei de Israel. 9:1-38.

1. Jesus voltou para Capernaum. 9:1. Ele nasceu em Belém da Judéia, foi criado em Nazaré da Galiléia e fez a sua residência em Capernaum da Galiléia.

2. A Cura do Paralítico. 9:1-8. Marcos 2:3 diz que quatro homens trouxeram o paralítico. Jesus viu a fé deles (todos cinco) e curou o paralítico de corpo e alma: "perdoados te são os teus pecados". Esta palavra criou uma polêmica entre os escribas, até eles pensaram que era blasfêmia para dizer que pode perdoar pecado, porque é só Deus que pode fazer isto. Para dizer que Jesus Cristo nos perdoou de todo pecado de uma vez para sempre cria polêmica para muita gente ainda. E é a verdade, é só Deus que pode perdoar pecado, e Jesus Cristo, O Messias-Rei, é Deus; mas eles não acharam que Jesus era O Cristo nem Deus. Na língua original ('ele' blasfema) eles chamaram Jesus "um estranho", "uma pessoa arrogante" ou "João-ninguém". Nota a onisciência de Jesus quando Ele conheceu os seus pensamentos. Curar fisicamente e/ou salvar de pecado é a obra de Deus exclusivamente. Jesus tem tanto poder para curar a pessoa fisicamente quanto salvar a pessoa espiritualmente. O Filho do homem tem poder para fazer o que quiser. Jesus fez isto para mostrar que Ele é Deus e que é só Ele que pode perdoar pecado (v. 6-7). Mas o paralítico tinha a certeza que foi curado e salvo apesar da opinião dos descrentes em Jesus Cristo (v. 7).

3. A Vocação de Mateus. 9:9. Ele é chamado também Levi (Lucas 5:27). Ele era Publicano, cobrador de impostos pelo governo romano. É por isso que era odiado pelos judeus e especialmente pelos fariseus. Ele deixou seu passado uma vez para sempre para seguir Jesus Cristo. Ele era uma pessoa que aos olhos das pessoas do mundo podia se converter dificilmente a Jesus Cristo. Mas, quando Jesus chama pelo Seu poder, a pessoa se levanta para seguir Jesus Cristo eternamente. Ó que verdade gloriosa! Vamos pregar e esperar em Deus pelo resultado!

4. O Grande Banquete na Casa de Mateus. 9:10-13. É isto que Lucas 5:29 diz. Os fariseus reclamaram porque Jesus comeu com os publicanos e pecadores. O fariseu achou que qualquer pessoa que não era da sua opinião, leis e interpretações da lei e religião um pecador. Mas, ele não achou que ele mesmo era pecador, porque nos seus próprios olhos ele achou que era santo e justo diante de Deus porque observou e praticou o que para ele era a justiça que Deus aceitava. O fariseu se enganou demais, como muita gente ainda se engana quando acha que possa agradar Deus pelas leis feitas por homens. Jesus condenou estes religiosos com uma reprovação severa. Como a pessoa que não está doente não necessita de médico; a pessoa que se acha justa e santa, acha que não necessita do Salvador. Era o caso do fariseu, ele achou que era santo, e por isso que não necessitou do Salvador. Ó que engano terrível! Jesus veio para chamar os pecadores, não os que estão fingindo ser santos, ao arrependimento.

5. As Perguntas dos Discípulos de João.9:14-17. Eles fizeram uma pergunta sobre o jejum. Eles e os fariseus jejuaram toda semana durante alguns dias (alguns dizem que foi Segunda e Quinta-feira?). Jesus respondeu assim: Não faz sentido para os amigos do noivo irem ao casamento dele e ficarem em jejum na presença dele. Porque é um tempo de alegria, festividade e gozar na felicidade e presença do noivo. Jesus ainda estava na presença dos seus discípulos e eles estavam gozando na sua presença com muita alegria. Mas, depois Jesus foi tirado do meio deles e por isso eles jejuaram sentindo a falta dEle. Jejuar, neste sentido, mostra a tristeza e não a alegria do seu povo.

Jesus também mostrou para os discípulos de João que continuar observando e praticando as leis e regras dos fariseus não deu. Ele deu dois exemplos para mostrar isto. O primeiro é o de costurar um pedaço novo de tecido numa roupa velha que não presta mais. Além do fato que o tecido novo não combina com o tecido da roupa velha e estragada (a doutrina de Cristo não combina com a doutrina falsa); o pedaço novo de tecido costurado na roupa velha depois de ser lavado vai diminuir e deixar o rasgo pior. Tentar combinar a doutrina de Cristo com a falsidade somente vai resultar em rasgar a doutrina de Cristo. O segundo é o de botar o vinho novo no odre velho (a pele de um animal preservada, a pele usada comumente era a de cabra). Não dá para fazer isto porque o odre velho tem pedaços do ácido do suco velho de uva restando nele que já fizeram contato com o ar, e por isso fermentam o suco novo de uva e a pressão da fermentação do suco estoura (quebrar ou romper) o odre velho perdendo tudo. Para preservar o vinho novo (suco de uva) não fermentado, tem que colocá-lo num odre novo. Misturar a doutrina de Cristo com a heresia da falsidade resulta na corrupção da verdade do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Só pode preservar a verdade pura sem misturá-la com a corrupção da falsidade.

Muitos usam este ensino de Cristo sobre o vinho nos odres velhos para provar que não tinha a maneira de preservar o suco de uva puro e não fermentado naqueles dias. E por isso, dizem eles, só tinha o suco de uva fermentado (ou vinho fermentado) para beber. E por isso, Jesus e os discípulos tinham o costume de beber vinho dia a dia e também que Jesus instituiu a Ceia do Senhor da igreja com vinho fermentado como elemento líquido. Mas, este ensino de Cristo ensina exatamente o contrário. Tinha a maneira de preservar o suco de uva não fermentado e preservou-o muito mesmo assim. Sem dúvida foi este vinho novo (não fermentado) que Jesus e seus discípulos beberam e que Jesus usou para instituir a Ceia dEle. Observa que este suco de uva antes de ser fermentado era chamado vinho. A palavra vinho no Novo Testamento é uma palavra genérica para o suco de uva, não sempre significa vinho fermentado, também significa vinho não fermentado ou o suco de uva puro. Com certeza Jesus não ia usar uma bebida que é condenada severamente por Deus e que simboliza a sua ira, para simbolizar o seu sangue na sua Ceia. O seu sangue de Cristo traz paz e perdão ao crente nEle, não a culpa de pecado nem a ira de Deus. Observa estes versículos: Provérbios 20:1 e 23:29-35, Habacuque 2:15, Apocalipse 14:10, 20 e 16:19. Há um vinho que alegra o coração do homem (Salmo 104:15), tem que ser o vinho não fermentado (suco de uva) que simboliza o sangue de Cristo que traz alegria, paz e salvação ao pecador, não a ira de Deus.

6. Mais Milagres Feitos pelo Messias-Rei. 9:18-34. A filha de um chefe da sinagoga (um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, Marcos 5:22) estava doente e pronta para morrer, o pai dela veio adorando Jesus e pedindo-Lhe para curá-la. Enquanto estavam no caminho para a casa dele alguns do templo chegaram dizendo que ela tinha morrido. A filha dele tinha 12 anos de idade. Marcos e Lucas falaram mais detalhes desta história do que Mateus. Jairo era homem de grande fé em Jesus, o Cristo, e era chefe da sinagoga. Quando Jesus chegou na casa dele o funeral já tinha começado (nota os instrumentos e o povo em alvoroço, v. 23). Jesus foi para a casa dele e ressuscitou a sua filha. Jesus Cristo mostrou que Ele tem poder sobre a morte e a vida. Por isto Jesus ficou muito famoso naquele país.

Uma mulher no caminho para a casa de Jairo, que já tinha uma hemorragia enfraquecendo cada vez mais durante 12 anos, tocou a orla do seu vestido e foi curada logo da sua doença. Esta mulher também tinha grande fé em Jesus Cristo. Ela ficou salva e curada imediata e instantaneamente pela fé. É impossível ser salvo sem fé em Jesus Cristo. A salvação recebida pela fé em Jesus Cristo é imediata. Nota a roupa que Jesus usava. Era a roupa do judeu (Números 15:37-40, Deuteronômio 22:12). Isto era importante para o judeu, e Jesus estava Se mostrando como o Messias-Rei dos judeus.

Quando eles estavam partindo dali, seguiram-no dois homens cegos, clamando e pedindo para Jesus ter compaixão deles. Eles seguiram Jesus até à casa (era a casa provavelmente de Pedro em Capernaum). Eles confessaram a sua fé em Jesus como o Messias (v. 27). Quando chegaram em casa Jesus perguntou-lhes: "Credes vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor". Eles foram curados segundo a sua fé que era grande em Jesus. Jesus disse para eles não falar o que tinha acontecido por Ele. Porque? Porque eles estavam dizendo que Jesus era o filho de Davi, o rei, e não tinha chegado a hora de ser coroado como o Rei da terra toda, isto vem mais tarde. Jesus veio a primeira vez para ser o Salvador; a segunda vez virá para ser o REI DOS REIS. Eles obedeceram? Não! Era desobediência? Sim!

Havendo-se eles retiraram, trouxeram-Lhe um homem mudo e endemoninhado. Provavelmente estava mudo por causa dos demônios. Jesus expulsou o demônio, e o homem falou. Nota que fala nada neste caso sobre a fé do homem. Jesus inicia e termina a salvação na pessoa, mais a fé é necessária para ser salvo. A fé em Jesus para a salvação vem pela graça. A multidão se maravilhou, mas os fariseus reclamaram dizendo: "Ele expulsa os demônios pelo príncipe (Satanás) dos demônios". Era o pecado imperdoável? (Mateus 12: 31-32). Na face da verdade, o poder do Espírito Santo e os milagres feitos; eles negaram e blasfemaram totalmente e disseram que esta obra do Espírito Santo era feita pelo poder do diabo.

7. Jesus Cristo o Missionário. 9:35-38. Jesus Cristo era um missionário exemplar para o povo de Deus para sempre. Devemos notar e lembrar esta verdade todo dia. Crer na eleição da graça de Deus não dá desculpa nem licença para não evangelizar, mas sim um motivo e obrigação para evangelizar com muito fervor. Jesus Cristo mesmo nos deixou o exemplo nisto e depois mandou a sua igreja evangelizar o mundo inteiro. Podemos ir para evangelizar com confiança sabendo que é a sua vontade e que tem um povo escolhido por aí. Esta é a maneira escolhida por Deus, a pregação do Evangelho a toda criatura, para salvar os seus escolhidos. Ninguém pode ser salvo sem ouvir o Evangelho (Romanos 10:17). Jesus Cristo pregou em todas as cidades e aldeias o Evangelho do Reino, sabendo que nem todos iam aceitá-lO. Nós não podemos fazer menos do que isto. "Pregai o evangelho a toda criatura".

Jesus Cristo teve grande compaixão do povo; "Porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não tem pastor". Devemos ter compaixão dos perdidos, porque: temos obrigação e dever, estão em grande perigo, presos de pecado, enganados por Satanás, não conhecem a paz nem o amor de Deus e nós éramos assim até alguém nos levou o Evangelho. É por isso que os pastores feitos pelos homens são inúteis, não tem compaixão dos perdidos. A compaixão divina faz o salvo obedecer a Deus e ensinar a verdade com muito cuidado. A compaixão que Jesus teve O fez pregar o Evangelho puro.

Ceifar é trabalho, e pode ser trabalho duro. Esta obra não é para o preguiçoso. É por isso que tem poucos ceifeiros as vezes? Jesus não disse que evangelizar é fácil. Muitos estão fingindo trabalhar, mais poucos estão trabalhando mesmo. Preguiçosos no campo de trabalhar tem demais, mas trabalhadores de verdade tem poucos demais. Se for fácil, muitos querem participar. Se for; deixar a família, casa, terra, sofrer, ser rejeitado, cansativo, ou incômodo; poucos querem participar. O problema não é a seara, porque é grande e garantida, porque é o Senhor que nos a dá, Ele é o Senhor da seara, v. 38. (I Coríntios 3: 6-8). O problema é a vontade para sair e trabalhar. O trabalho de Deus não falta, mas a pessoa com o desejo para trabalhar sim. A espiga pode apodrecer no chão e o preguiçoso só fica olhando. Vamos orar a Deus pedindo para Ele mandar ceifeiros a sua seara, lembrando com toda sinceridade que possa ser "eu".

A Comissão dos 12 Apóstolos e Alguns Ensinos de Cristo Sobre o Ministério. 10:1-42.

1. A Comissão dos doze discípulos. 10:1-4. Mateus não dá a seleção dos 12 Apóstolos como Marcos e Lucas (Mc. 3:13-19, Lc. 6:12-16).

A palavra apóstolo significa "alguém enviado" ou "emitido". No. v. 5 há o verbo enviar que é a forma verbal da palavra apóstolo. Jesus chamou os seus discípulos e enviou-os com o seu poder (autoridade).

Entre os 12 apóstolos tem dois Simão, dois Tiago e dois Judas. Há três pares de irmãos: Pedro e André; Tiago e João; e Tiago, filho de Alfeu, e Judas, o irmão de Tiago (Lc. 6:16).

Uma olhada abreviada de cada apóstolo. SIMÃO, CHAMADO PEDRO. Era de Betsaida da Galiléia, o nome do seu pai era Jonas (João 21:15-19), era pescador do mar da Galiléia e escreveu dois livros do Novo Testamento. ANDRÉ, IRMÃO DE PEDRO. Também pescador do mar da Galiléia, trouxe Pedro a Jesus (João 1:40-41), era um dos primeiros discípulos de Jesus (João 1:40), e era homem muito realista (João 6:6-8). TIAGO. Também era pescador (Lc. 5:10), o nome hebraico para Tiago é Jacó, filho de Zebedeu, muito amigo de Pedro e João, pediu ter o lugar exaltado entre os discípulos e o primeiro deles ser martirizado (Atos 12:2). JOÃO. Também pescador, irmão de Tiago, muito amigo de Jesus e de Tiago e Pedro, Jesus mandou-o cuidar a Sua mãe quando estava morrendo na cruz, envolvido na evangelização depois do dia de Pentecostes (Atos 3:1, Gál. 2:9), e escreveu 5 livros do Novo Testamento. FILIPE. Seu nome significa "aquele que ama cavalos", era de Betsaida (João 1:44), trouxe Natanael a Jesus (João 1:45), foi repreendido por Jesus (João 18:8-12). BARTOLOMEU. Também chamado Natanael (João 1:45-46), era de Caná da Galiléia. TOMÉ. Também chamado Dídimo (João 21:2) que significa gêmeo, zeloso por Jesus e duvidou (João 20:24-29). MATEUS. Publicano, chamado Levi, deu grande banquete para Jesus que mostrou sua condição boa financeira e escreveu um livro do Novo Testamento. TIAGO, FILHO DE ALFEU. Chamado o menor (Mc. 15:40) que significa ser mais novo, o nome da sua mãe era Maria (Mc. 16:1), e irmão de Judas. TADEU. Também chamado Lebeu e Judas (Lc.6:16, Atos 1:13). SIMÃO CANANITA. Cananita (ou Cananeu) significa ser zeloso pela lei de Deus e Zelador significa a mesma cosia, fez parte de um partido político que queria se livrar do governo romano e provavelmente terrorista contra o governo romano antes da sua conversão. JUDAS ISCARIOTES. Judas é o nome grego para o nome hebraico Judá, Iscariotes significa o homem de Queriote, ou habitante desta cidade (Queriote) da Judéia, parece que era o único entre os apóstolos que era da Judéia (e por isso arrogante), o nome do seu pai era Simão (João 6:71), foi chamado por Jesus um diabo (João 6:70), traiu Jesus e depois suicidou-se, era o primeiro tesoureiro (Joã0 12:6).

2. A Comissão Limitada deles. 10:5-15. Marcos 6:7 diz que Jesus mandou-os a dois em dois. O Evangelho era para ser pregado primeiramente aos judeus (Lc. 24:47, Atos 13:46-47, Rom. 1:16), mas Jesus avisou que isto não ia continuar assim (Mt. 8:11, 10:18, 21:43, 22:9, 24:14). Esta comissão não era válida depois da Grande Comissão que Jesus deu a sua igreja em Mateus 28:19-20 e Atos 1:8.

Jesus mandou-os anunciar que o reino dos céus está próximo. João O Batista pregou isto (Mt.3:1-2) e Jesus também (Mt. 4:17), e os setenta (Lc. 10:1). Eles foram mandados pregar aos judeus só. Observa que o reino e a igreja não são iguais, porque o reino era oferecido a Israel somente. O que Jesus os mandou fazer e também os proibiu fazer, não são as regras para nós hoje em dia. Por exemplo: pregar aos judeus só; curar os enfermos e leprosos, ressuscitar os mortos, expulsar os demônios, não possuir dinheiro no bolso nem troca de roupa e sapato. Mas, podemos aprender e aproveitar algumas lições boas dos ensinos de Cristo. A obra de Deus deve ser feita pela fé, sem egoísmo e ansiedade, podemos aceitar a ajuda do povo se oferecer e fazer a obra de Deus sem cobrar pelos serviços feitos. Se o povo nos recusar e rejeitar a Palavra de Deus, devemos ir embora e procurar outro lugar para pregar. Algumas pessoas não ouvirão os melhores pregadores. É terrível a conseqüência de rejeitar a Palavra de Deus (Mt. 10:15).

3. Avisos sobre a Perseguição. 10:16-23. O crente é um missionário enviado por Jesus para pregar a Palavra de Deus como ovelhas ao meio dos lobos. A ovelha está dependente e indefesa em si ao meio de lobos. Mostra a necessidade que temos de um bom pastor. O lobo representa os inimigos malvados, odiosos e maliciosos de Cristo e do seu povo. Devemos ser tanto amigáveis, carinhosos e calmos quanto as pombas e tanto rápido para discernir o perigo quanto as serpentes. Não devemos brigar com eles, mas tentar ganhá-los por Cristo sempre pregando e lutando pela verdade. Devemos ter cuidado com os homens, porque eles são capazes de nos entregar às autoridades.

Se formos chamados para sofrer este tipo de perseguição, Jesus disse que não devamos nos preocupar como e o que havemos de falar e responder, porque Deus dará a resposta certa na hora certa pelo Espírito Santo.

Jesus disse que até a própria família ficará contra o crente e que seremos odiados pelo mundo mesmo por causa de Cristo, da verdade e da moda santa de viver. Mas, é para continuar firme até o fim.

O crente não deve buscar (procurar) perseguição, mas sim fugir dela se puder. Se for necessário enfrentar a perseguição, é para agüentai-la com fidelidade, firmeza, paciência e sem reclamação. Porque a nossa obra de pregar continuará até que Jesus venha.

4. Encorajamento aos Perseguidos. 10:24-31. O salvo não é mais do que seu Salvador. Como o mundo tratou Jesus, nos tratará também. Belzebu é o deus-mosca dos filisteus. Todo tipo de maltratamento e nome feio não pode nos fazer mal, porque somos os servos e santos de Deus. Devemos falar a verdade do Senhor sem temer ninguém. Porque um dia Deus revelará a verdade sobre nossos inimigos e nos autenticará como seus servos verdadeiros. Não é para temer o homem que pode somente matar o corpo, mas sim Deus que pode lançar a pessoa no inferno eternamente.

Deus não deixa nada acontecer contra nós se não for a sua vontade. Deus nos cuida muito bem e sabe que acontece na vida do seu povo escolhido e amado. Para Ele, nós temos muito valor.

5. A Dedicação do Discípulo de Cristo. 10:32-39.

Confessar (v. 32-33) Cristo publicamente aqui na terra significa que Cristo nos confessará diante do Pai lá nos céus. Somente a pessoa salva pela graça pode confessar Jesus Cristo como Seu Salvador, e é só esta pessoa que vai. Confessar Cristo significa concordar com Deus sobre a salvação e a verdade da Palavra de Deus. Isto é muito mais do que só repetir algumas palavras certas e bonitas na frente do povo na igreja. Nossa confissão de fé é Jesus Cristo, Ele é nossa teologia. É uma grande ofensa, para Deus o Pai, negar Jesus Cristo. Negar Jesus Cristo significa não confessar Jesus Cristo como o Salvador e Filho de Deus. Negar Jesus assim é negar que Jesus é o Mediador entre Deus e os homens e um dia o descrente será negado por Jesus Cristo diante do Pai lá nos céus.

Nos versículos 34-36 Jesus disse que não veio para trazer a paz à terra, mas sim, a espada. A pregação do Evangelho do Príncipe da paz provoca a ira de Satanás e dos descrentes. Porque a verdade do Evangelho provoca a oposição, a inimizade e o ódio nos perdidos, mas nos escolhidos o desejo para confessar Cristo de verdade. A verdade do Evangelho pode dividir até famílias.

Mas, Cristo Jesus tem que ter a preeminência (ser mais importante) sobre nossa família (v. 37). Na vida dos que confessam Cristo verdadeiramente (crentes de verdade) Jesus Cristo tem o primeiro lugar. Para estes, Cristo Jesus não tem competidor, mas para os perdidos é o contrário.

Cristo tem que ser mais importante do que a nossa própria vida (v. 38-39). Confessar Cristo significa tomar a nossa cruz, que é o instrumento da morte. Tomar a cruz significa nos crucificar e sacrificar para seguir Jesus fielmente. O Apóstolo Paulo disse: "cada dia morro" ( I Cor. 15:31). Esta é a única maneira certa de confessar e seguir Cristo. Esta é a única maneira de achar a vida de verdade, é nos entregar a Jesus totalmente, se não, é uma perda total de vida eternamente.

6. Os Galardões dos Servos Fiéis. 10:40-42.

Aquele que aceita a mensagem da pregação do Evangelho da verdade, aceita o Salvador do Evangelho da verdade; mas aquele que rejeita a nossa mensagem do Evangelho, rejeita Jesus Cristo o Salvador. Jesus disse também que aquele que aceita-O como a verdade, com certeza aceitará os Seus servos verdadeiros (v. 40).

Qualquer serviço feito pelos salvos será galardoado apropriadamente. Jesus não está falando sobre a salvação, porque a salvação não é o resultado de boas obras, mas sim da graça de Deus. Jesus está falando sobre os galardões que os salvos vão receber por causa do seu serviço fiel a Jesus. Qualquer serviço, pequeno ou grande, será lembrado e galardoado por Jesus Cristo lá nos céus. O galardão será mais determinado pelo motivo do que pelo tamanho.

A Inquirição de João O Batista, O Louvor de Cristo de João e as Questões dos Judeus. 11:1-30.

1. A Inquirição de João O Batista. 11:1-6. João estava na prisão e de lá mandou dois discípulos dele para perguntar Jesus: "És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?" Porque ele mandou-os perguntar Jesus assim? Ele estava desanimado, desencorajado e/ou duvidando? Ou queria confirmar a fé dos seus discípulos? Ou queria para Jesus declarar o seu Messiado mais publicamente?

Jesus mandou por estes discípulos uma resposta para João. Qual foi? Que as suas obras eram uma prova infalível da sua identidade. Podemos entender que os seus milagres são provas do fato que era o Messias e Salvador, mas porque Jesus falou "aos pobres é anunciado o evangelho" como uma prova? Foi profetizado que o Messias ia pregar aos pobres (Is. 61:1 e observando Lc. 4:18). Jesus, o Messias verdadeiro cumpriu esta profecia. Além disto, os pobres sempre estavam negligenciados e esquecidos como não tendo importância pelos fariseus e as demais religiões do mundo. Mas, Jesus mesmo foi para pregar o Evangelho aos pobres sem fazer excepção de pessoas. Também Jesus mesmo era homem pobre e por isso desprezado pelos religiosos. Tem tanto poder nos milagres quando tem no Evangelho pregado aos pobres. O homem bem-aventurado é o homem que possa entender e aceitar isto.

2. A Elogia de João O Batista por Jesus Cristo. 11:7-15. Jesus disse que João não foi um homem inconstante, variável, instável, mutável e vacilante como a cana agitada pelo vento (v. 7). A roupa dele mostrou que a sua mensagem era espiritual, e que ele não estava tentando agradar nem lisonjear o mundo. Ele era o maior de todos os profetas. Porque? Porque João era mais do que só um profeta, era o precursor do Messias, mandado para preparar um povo para Jesus Cristo. João conheceu Jesus pessoalmente e até O batizou. E ele mesmo preparou (pelo batismo) um povo para Jesus, porque Jesus fez deste povo preparado por João a sua igreja.

O que significa que Jesus falou no versículo 11: "Mas aquele que é menor no reino dos céus é maior do que ele"? É que qualquer salvo por Jesus Cristo é maior do João, apesar da sua fidelidade e missão? Não pode ser, porque Jesus já tinha falado que ele é o maior entre os que tem nascido de mulher (v. 11). Alguns traduzem as palavras "o menor" como significando posterior, ou alguém que vem depois dele. Quem é que veio depois de João que era maior do que ele? JESUS CRISTO! Isto, para mim, faz perfeito sentido. Observa mesmo o que João falou (Mt. 3:11; João 1:15, 27; 3: 28-31).

O reino dos céus sofreu a violência do mundo, mas alguns estavam entrando nele com muita vontade apesar da violência do mundo (v. 12).

A época do Evangelho começou com João O Batista (v. 13). A profecia falado por Malaquias 4:5 (v. 14), diz que João O Batista veio com o mesmo poder e espírito de Elias (Lc. 1:17). Mas João somente cumpriu uma parte desta profecia, depois ele cumprirá a outra parte sendo uma das duas testemunhas do livro de Apocalipse (Ap. 11:3-12).

3. A Reação do Povo para João e Jesus. 11:16-19. Jesus mesmo disse que o povo judaico daquela época era como crianças brincando uns aos outros na praça, tentando decidir qual brincadeira para fazer (v. 16-17). Algumas queriam brincar o casamento, mais as outras não aceitaram. Depois queriam brincar o funeral, mas também as outras não aceitaram. Sabe como é que fica a criança. Muita gente (como o povo daquele tempo) só quer brincar com as coisas de Deus e brincar ser de Deus e servos de Deus, como a criança. Não sabe o que quer, nem aceita fazer nada, mas fica totalmente egoísta e com raiva e fazendo beiço se for contra a sua própria vontade. Este povo inventaram muita coisa para acusar e desprezar Jesus e João. João foi criticado por eles porque, disseram eles, era homem separado e rígido demais (v.18). Mais criticaram Jesus (v.19) porque, disseram eles, era homem liberal demais porque ele comeu com publicanos e pecadores e bebeu vinho (vinho não fermentado) que João não fez porque era nazireu (Núm. 6:1-6,). Ó que povo inconstante! Ainda tem povo assim? E como tem! Mas o povo de Deus de verdade sabe discernir entre o mal e o bem, entre a doutrina certa e a falsidade, entre o Cristo verdadeiro e o falso, entre a justiça e a iniquidade.

4. A Condenação da Incredulidade do Povo. 11:20-24. Como é que fica a condenação do povo que tem ouvido e visto as coisas de Deus sem se arrepender e crer em Cristo o Salvador. Os homens são responsáveis pela maneira que ouve e aceita Jesus Cristo e a sua Palavra. O mais que ouve e vê da Palavra de Deus sem aceitar, o que culpado que fica e o mais severo ficará seu castigo. É um pecado muito grande para continuar na impenitência depois de ouvir a Palavra de Deus pregada. Porque muita gente não tem esta oportunidade e bênção. Jesus falou sobre algumas cidades em particular que iam ser julgadas severamente (Corazim, Betsaida e Capernaum). Jesus disse que receberão um grau de castigo mais severo do que Tiro e Sidom, e Sodoma e Gomorra. O homem será julgado à medida que ouviu e aceitou a Palavra de Deus pregada. Não foi falta de oportunidade, verdade, pregador nem ouvir; mas falta de aceitar a Palavra de Deus pregada. A culpa disto é grande demais. A responsabilidade do homem para ouvir e aceitar a Palavra de Deus pregada é imensa. O pior castigo e sofrimento do inferno está reservado para aqueles que ouviram e rejeitaram a Palavra de Deus.

5. A Gratidão e Convite de Jesus. 11:25-30. Jesus Cristo falou (v. 25-26) sua gratidão pela eleição da graça do Pai, e pela reprovação (condenação) dos maus às penas eternas por Deus. Deus é glorificado tanto pela salvação dos eleitos quanto pela condenação dos maus. Na salvação dos eleitos a sua graça é glorificada, na condenação dos maus a sua justiça é glorificada. Porque é assim que Deus decidiu salvar alguns e deixar outros perecer para sua glória? "Sim, ó Pai, porque assim te aprouve", (v. 26). E Deus faz isto pela sua própria vontade (v. 27).

Observa que Jesus deu um convite aos perdidos para vir e receber a salvação de graça. É o convite geral que Deus dá para todos os pecadores. O convite ao mundo é para vir deixando seu pecado e escravidão e receber a salvação e liberdade em Cristo. É o convite para todos vir a Cristo. O jugo fala sobre andar com Cristo em comunhão como dois bois trabalhando juntos no campo em harmonia e acordo. O andar com Cristo (ser salvo e dedicado a Ele) é a única maneira de achar paz, alívio, tranqüilidade, comunhão com Deus, satisfação e felicidade nesta vida. Sabemos que somente o pecador chamado eficazmente pelo Espírito Santo virá para Cristo, mas o convite geral é sincero. Jesus diz: "vinde a mim, todos". Mas, o pecador depravado e escravizado não vem, como Ele já mostrou para nós em versículos 20-24. Graças a Deus que Ele nos chamou eficazmente, e que Ele Si revelou a nós pela graça!

A Questão do Sábado, A Evitação de Publicidade, A Blasfêmia Contra o Espírito Santo, o Sinal de Jonas, a Condenação da Nação Judaica e a Família Nova de Jesus. 12:1-50.

1. A Questão do Sábado. 12:1-13. A lei dos fariseus criou uma polêmica muito grande na vida de Jesus. Quando os discípulos de Jesus estavam colhendo e comendo as espigas, estavam fazendo uma coisa permitida pela lei do Velho Testamento (Deut. 23:25). Os fariseus reclamaram dizendo que era coisa proibida, porque era uma forma de trabalhar e por isso proibido no sábado. Jesus mostrou que foi uma perversão deles da lei de Moisés. Como? Jesus deu dois exemplos para mostrar isto: Davi que comeu os pães da proposição no sábado (v. 3-4), e os sacerdotes do Velho testamento que tinham que trabalhar no templo todo sábado (v. 5). Davi e seus soldados fizeram porque era uma necessidade. Eles comeram os pães porque estavam morrendo de fome. O propósito da lei do sábado não foi para deixar o homem morrer de fome que está necessitado. Também os sacerdotes do Velho Testamento tinham que trabalhar todo sábado porque era a responsabilidade deles para servir o Senhor no tabernáculo e no templo. As obras da piedade são lícitas no sábado. Além de tudo isto, Jesus falou que Ele era maior do que o templo (v. 6). Os judeus acreditaram que o templo tinha a presença de Deus (no Velho Testamento foi assim, II Crn. 7:1-2), mas Jesus Cristo era Deus encarnado no meio deles e eles nem reconheceram esta verdade. Os fariseus não estavam entendendo nem aceitando nada disto, porque as suas próprias interpretações falsas da lei de Moisés estavam negando e anulando a verdade clara da Palavra de Deus e os cegando para não ver que Jesus Cristo era o Messias de Deus. Os fariseus não entenderam a verdade apresentada no versículo 7 que diz que Deus deseja um coração certo, puro, reto e justo para com Ele mais do que o formalismo e as cerimônias de religião (Oséias 6:6). O sábado é para honrar o Senhor Jesus Cristo que o fez, e não as leis feitas pelo homem (v. 8).

Logo depois desta conversa Jesus curou o homem com uma mão mirrada no dia de sábado na presença de todos no templo. Jesus fez isto sabendo que os fariseus não aceitaram. As opiniões dos outros não fizeram Jesus abandonar a sua obra divina. Ó homem de muita coragem! Jesus mostrou a verdade publicamente que tinha falado antes nos versículos 3-8. Está certo para fazer as obras de Deus e as obras de misericórdia no dia de sábado (v. 11-12). Pode incluir hospitais, polícia e etc. também? Parece que sim. Podemos aplicar esta verdade agora para o dia do Senhor (domingo). Deus fez este dia para fazer a sua obra e fazer as coisas necessárias para o cumprimento desta obra divina.

2. A Evitação de Jesus de Publicidade. 12:14-21. Depois disto os fariseus formaram conselho contra Jesus, para determinar como matá-Lo (v. 14). O ódio deles está aumentando por Jesus e vai aumentar até crucificá-Lo. Jesus saiu de lá para evitar a intenção maligna deles com uma multidão O seguindo. Jesus continuou fazendo a obra de Deus e curando todos os enfermos (v. 15). Jesus mandou o povo para não O descobrir (v. 16). Jesus não estava interessado em fazer um show (como muitos hoje em dia, igreja universal), nem estava na hora certa nem a maneira certa para morrer ainda. Além disto Jesus precisou mais tempo para ensinar os seus discípulos e os preparar para a sua partida depois. Jesus Cristo cumpriu as profecias de Isaías (42:1-4) como o Messias que cumpriu a vontade de Deus em ser o Salvador numa maneira não-violenta. Jesus veio a primeira vez para ser o cordeiro manso e gentil de Deus. Ele veio a primeira vez para sofrer e ser o Salvador. Nisto Ele foi vitorioso: "Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca: como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca", (Isaías 53:7). Mateus mostra no versículo 21 que Jesus ia salvar e usar no seu serviço os gentios.

3. A Blasfêmia Contra O Espírito Santo. 12:22-37. Jesus depois disto curou o endemoninhado cego e mudo e o povo admirava e dizia: "Não é este o filho de Davi"? (v. 22-23). Esta pergunta implica uma dúvida sobre a identidade de Jesus. O povo estava perguntando assim: "Este é o filho de Davi"? Os fariseus fizeram pior. Eles disseram que Jesus fez este milagre pelo poder de Satanás ou de Belzebu. Belzebu era o deus-mosca dos filisteus (II Reis 1:1-2, 6). Jesus conheceu seus pensamentos e disse que Satanás não estava lutando contra si mesmo, nem estava desfazendo a sua própria obra de endemoninhar e escravizar os homens. Jesus jogou a mesma pergunta na cara deles (v.27). Mas Jesus fez seus milagres pelo poder do Espírito Santo (v. 28) e isto provou que Jesus era o Messias de Deus prometido no Velho Testamento (v.28). Satanás tem muito poder, mas Jesus tem mais e isto foi provado quando Ele expulsou os demônios dos homens e Satanás não podia fazer nada para impedi-Lo (v. 29). Jesus enfrentou os fariseus com uma grande verdade no versículo 30: A pessoa tem que decidir se Jesus é de Deus e o Messias ou não de uma vez para sempre (v. 30). Não há nenhum lugar neutro, não aceitar Jesus como o Messias e Salvador de Deus, significa que está negando e contra Jesus. Estar indeciso significa estar receitando-O.

Agora Jesus fala sobre o pecado imperdoável, que é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Todo pecado do homem pode ser perdoado menos um; a blasfêmia contra o Espírito Santo. Jesus não morreu para perdoar todo pecado, porque não morreu pelo pecado imperdoável. A pessoa que faz este pecado não tem perdão agora neste mundo nem no mundo futuro (v. 32). Este pecado foi feito vendo o poder milagroso do Espírito Santo, e Jesus Cristo na carne pessoalmente. Este pecado pode ser cometido hoje em dia? É muito duvidoso, porque Jesus não está mais aqui na terra pessoalmente fazendo milagres pelo poder do Espírito Santo. Alguns dizem que o pecado imperdoável é quando o incrédulo continua na sua incredulidade até a morte perecendo assim. Mas não pode ser a incredulidade em Cristo, porque se fosse, ninguém podia ser salvo, porque todos já viviam na incredulidade antes da sua conversão e por isso são culpados do pecado de incredulidade. O pecado imperdoável é atribuir a Satanás o poder e a obra milagrosa de Deus vendo pessoalmente Jesus Cristo fazê-lo.

Jesus também ensinou que o homem peca porque é pecador (v. 33-37). Ele faz o que o seu coração depravado manda, porque ele está preso da sua natureza pecaminosa e não pode se livrar dela. Então, como a árvore é conhecida pelo fruto que dá, o homem é conhecido como um pecador pelo pecado que pratica. Não pode tirar de uma caixa coisa boa tendo só coisa ruim, da mesma forma o coração depravado e perverso não pode dar a justiça de Deus, porque não tem. É por isso que o homem perdido tem que nascer de novo para poder agradar Deus e produzir a justiça de Deus na vida. O homem prestará contas a Deus por tudo que faz nesta vida, e por isto será condenado. O salvo será justificado porque está transformado pela graça de Deus e pode agradar a Deus porque nasceu de novo pelo Espírito Santo e tem a natureza divina morando nele.

4. O Sinal do Profeta Jonas. 12:38-42. Os escribas e fariseus pediram um sinal de Jesus que Ele era mesmo o Messias. Eles não tinham vistos muitos sinais e milagres já que provaram que Jesus era o Messias sem acreditar nEle? Sim, mas eles não estavam sendo sinceros com Ele, mas continuando firmemente na sua incredulidade. Por isso Jesus os condenou e disse que só uma geração má e adúltera pede um sinal assim depois de ver muitos. Mais um sinal não fazia nenhuma diferença para eles. Mas, Jesus disse que ia dar somente um sinal para eles; o sinal do profeta Jonas, que é o maior sinal (prova) que Jesus Cristo já fez para provar que Ele é o Messias, o Filho de Deus e o Salvador; este é a sua ressurreição. Jonas que passou três dias e três noites na barriga da baleia é simbólico da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Esta é a maior prova que Jesus é o Messias-Salvador. Como Jonas ficou mesmo três dias e três noites no ventre da baleia e depois saiu, Jesus ficou três dias e três noites no sepulcro e depois ressuscitou-Se. A pessoa que não aceita esta prova que Jesus é o Salvador, não aceitará qualquer outra, porque esta é a maior. Como é que fica a condenação do povo que viu e ouviu o Salvador mesmo pregando, fazendo a Sua obra e ressuscitando dos mortos sem crer nEle? Nota mais uma vez que Jesus mostra que o grau da condenação do pecador será segundo o grau do seu conhecimento e privilégio. Como é que fica a condenação daqueles que tem ouvido?

5. A Condenação da Nação Judaica. 12:43-45. Jesus deu nesta passagem uma descrição da religião judaica. Ela tinha abandonado e acabado com a idolatria na sua religião, mas a religião judaica ficou vazia da coisa principal, Jesus Cristo. Por isso ficou pior do que antes, porque depois ficou arrogante e suficiente em si. Satanás está em favor de auto-reformação sem Jesus Cristo no meio. Porque ele sabe que a pessoa auto-reformada ainda está na escravidão dele. É perigoso e inútil para uma pessoa ou religião se ajeitar sem dar lugar para Jesus Cristo. Porque depois fica achando que tudo está certo, mas sem Jesus Cristo no meio não pode ser pior.

6. A Família De Jesus Cristo. 12:46-50. Jesus não deixou a sua família impedir o seu ministério nem a sua missão. Nem devemos nós. A família espiritual de Jesus ficou mais importante do que a terrestre. Ó que coisa preciosa para nós.

As Parábolas do Reino dos Céus. 13:1-53. Jesus deu este sermão ao lado do mar da Galiléia. Foi entregado na praia e no ar livre. Um barco era o seu púlpito e o céu azul o seu teto. O pregador ficou sentado e o povo ficou em pé. Assim Jesus ensinou o povo sobre o reino dos céus. (v. 1-2).

1. A Parábola do Semeador. 13:3-9 e 18-23. Jesus deu esta parábola nos versículos 3-9 e depois deu a interpretação dela nos versículos 18-23. Assim Jesus nos ensinou como interpretar estas parábolas todas corretamente.

O semeador saiu para semear no campo. O semeador é Jesus Cristo que desceu do céu e deixou o céu para semear o Evangelho aqui neste mundo. Também pode significar o seu povo comissionado para pregar o Evangelho a toda criatura (v. 3). O mandamento é para pregar o Evangelho a toda criatura e em todo lugar. Não somos comissionados para pregar a Palavra de Deus aos eleitos só, mas aos todos. Observa o semeador, a semente, o semear e o campo.

1. Uma parte da semente caiu ao pé do caminho e as aves vieram para comê-la toda (v. 4 e 19). Este é aquele que ouve a palavra pregada de um coração duro (caminho que fica duro por causa das pegadas das pessoas). Este é o coração que não entende a Palavra pregada, nem responde à pregação e nem aceita a pregação. Esta pessoa não quer a Palavra de Deus e por isso Satanás vem para tirá-la logo com muito prazer, violência e malícia. O problema não é o semeador, nem a semente, mas a pessoa dura de coração.

2. Outra parte caiu em pedregais onde ficou aparecendo que foi recebida, mas logo depois acabou-se a Palavra de Deus no coração (v. 5-6 e 20-21). Esta é a pessoa que é a hipócrita religiosa. O semeador e a semente são os mesmos da primeira parábola, mas o resultado é diferente. Mais uma vez o problema não é o semeador nem a semente. Esta pessoa professou Cristo com gozo, mas não tinha nada da verdade no coração. Ela não agüentou porque não considerou antes as dificuldades e o custo de ser crente. A verdade não pegou no coração mesmo, porque era somente uma coisa superficial. Esta pessoa se sentiu muita emoção, mas sem uma convicção divina de pecado e verdade. Por isso, durou pouco tempo, porque quando veio a angústia e a perseguição por causa da verdade, ficou logo ofendido e foi em embora para não voltar mais. Tem pessoas assim ainda hoje em dia?

3. Outra parte caiu entre espinhos, mas os prazeres do mundo sufocaram a Palavra (v. 7 e 22). Primeiramente Jesus falou sobre a dureza do coração humano depravado (ao pé do caminho). Segundamente Jesus falou sobre a superficialidade da carne humana. Terceiramente Ele falou sobre a atração das coisas do mundo tem para o coração prendido pelo pecado. Marcos (4:18-19) diz: "os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas"; Lucas (8:14) diz: "os cuidados, riquezas e deleites da vida". Esta pessoa ainda está na escravidão do pecado e por isso vai atrás os desejos da carne e deixando a Palavra de Deus.

4. Outra parte caiu em terra boa e deu fruto (v. 8 e 23). Esta é a pessoa que ouve e entende de verdade a Palavra de Deus pela sua graça e produz na vida a evidência disso. Nota que diz esta terra está boa e pronta para receber a semente. Esta terra não está dura nem cheia de espinhos e pedras. Porque? Porque o Senhor preparou esta terra, arrancou os espinhos e tirou as pedras para receber a Palavra pregada pela sua graça. Esta pessoa "ouviu" e entendeu" a Palavra de Deus pregada de verdade pelo poder do Espírito Santo. Esta é a pessoa nascida de novo com as evidências do Novo Nascimento na vida. Observa que diz que deu fruto em várias quantidades; "um produz cem, outro sessenta, e outro trinta". Os crentes em Jesus Cristo não são iguais no fruto que produzem por Deus, mas cada um tem.

2. A Parábola do Trigo e do Joio. 13:24-30 e 36-43. Jesus deu esta parábola nos versículos 24-30, e a interpretação dela nos versículos 36-43. Jesus somente deu a interpretação de duas das parábolas em Mateus 13: a do Semeador, e a do Trigo e do Joio. Mas, é bastante para nos ensinar como interpretar estas parábolas todas.

Jesus Cristo veio para semear no reino dos céus a Palavra de Deus. Depois Ele voltou para a sua casa celestial e deixou a sua obra com os seus servos para continuar, cuidar e fazer. Vamos observar as verdades que Jesus nos ensinou nesta parábola.

1. Os servos do Senhor Jesus Cristo estão inclinados e fracos para dormir. Eles dormem as vezes quando devem estar vigiando. Mostra também que a obra de Deus não é fácil, mas cansativa. A obra de vigiar contra heresia, falsidade e mentira é constante. Não podemos relaxar por um instante só na obra de Deus.

2. Satanás não dorme, nem relaxa na obra dele. Ele trabalha a noite; quando os outros estão dormindo e relaxando. Ele trabalha na escuridão, porque ele odeia a luz da Palavra de Deus. Ele é o inimigo da verdade e de Cristo e seu povo.

3. Satanás mente e falsifica a verdade da Palavra de Deus. Ele não semeou espinhos, nem cardo, nem mato; mas o joio que é o trigo bastardo. O joio aparece igual ao trigo. Não dá para notar a diferença entre o trigo e o joio quando os dois estão crescendo juntos no campo. Não até a ceifa é que pode notar a diferença entre os dois.

4. Satanás procura destruir a cristandade verdadeira pela introdução no mundo de uma cristandade falsificada e aparentemente certa. A cristandade de Satanás é uma imitação esperta, enganosa, fraudulenta e astuta da religião verdadeira do Senhor Jesus Cristo. Parece certa, mas essencialmente é uma mentira maligna.

5. Satanás trabalha por dentro do campo religioso para enganar e falsificar a verdade. Ele trabalha nos púlpitos, nas igrejas, nos colégios e escolas, e nos seminários. A Bíblia diz que Satanás "semeou o joio no meio do trigo".

6. A presença do joio no campo assustou os servos do pai (v. 27). Era a presença dos hipócritas (joio) que assuntaram os servos verdadeiros do Pai celestial. O joio provavelmente ocupasse a maior parte do campo, como hoje em dia os servos de Satanás ocupam a maior parte do campo religioso.

7. Como isto podia acontecer? Foi o inimigo (Diabo) que fez isto. Os servos ficaram zelosos e ansiosos para ajeitar isto logo (v. 28). Mas, o Pai disse para não fazer isto por enquanto, porque podia também prejudicar o trigo (v. 28). É melhor deixar Deus resolver isto no juízo no fim do mundo. Deus revelará finalmente o seu povo verdadeiro. O campo é o mundo religioso (campo religioso do mundo) e não a igreja verdadeira do Senhor Jesus Cristo, porque os maus e perdidos devem ser disciplinados da igreja dEle. Nós devemos pregar a verdade cada vez mais e deixar Deus resolver o mundo religioso afinal (v. 29).

8. Afinal Deus lançará o joio (os hipócritas) no fogo (inferno). Mas, o trigo (os filhos verdadeiros de Deus) entrarão no céu para ficar com Deus eternamente (v. 30, 40-43).

9. Algumas observações. Esta parábola nos ensina que na cristandade há crentes verdadeiros e aqueles que se chamam crentes que tem a aparência religiosa por fora, mas por dentro tem nada de Deus nem da verdade. No mundo religioso há hipócritas. O mundo todo não será convertido. O joio (reprovados) nunca se tornará trigo (eleitos).

3. A Parábola do Grão de Mostarda. 13:31-32. Jesus não interpretou esta parábola. Mas, podemos saber a interpretação correta pela maneira que Jesus interpretou as outras duas e os símbolos delas.

1. O reino dos céus é comparado ao grão de mostarda nesta parábola. O grão de mostarda é muito pequeno, preto e produz uma planta do tamanho de uma árvore entre quatro e cinco metros de altura. Este grão de mostarda nesta parábola simboliza tudo que o mundo chama cristandade. Um reino é comparado algumas vezes na Bíblia a uma árvore (Dan. 4, Ez. 31:4). A cristandade mundana inclui toda religião que usa o nome de Cristo, mas não significa que prega a verdade sobre Jesus nem a Bíblia. O grão de mostarda não é a igreja verdadeira de Jesus Cristo. O crescimento do grão de mostarda fala do desenvolvimento e crescimento da cristandade para ser um poder religioso mundial falso.

2. Esta planta se tornou alguma coisa que não é conforme a sua natureza. Porque uma semente tão pequena assim não deve se tornar uma coisa tão grande assim. Este grão pequeno de mostarda se tornou uma coisa que ficou contra a sua própria natureza e formação. Assim esta planta monstruosa e disforme simboliza a cristandade corrupta, que ficou corrupta pelos não salvos e não regenerados, mas continuou usando o nome de Cristo ainda. Esta religião corrupta e pervertida que se chama cristandade tem riqueza, poder, popularidade, e é o lar de todo tipo de ave, que na Bíblia representa Satanás e demônios (Mt. 13:4 e 19, Ef. 2:2). Satanás e seus mensageiros habitam na cristandade mundana para melhor enganar e pregar a mentira. Podemos saber também que eles sujam e cobrem com imundície tudo pela sua presença, como as aves que pousam na mesma árvore toda noite.

3. Aquele rebanho do primeiro século de Cristo e sua religião simples, pura e verdadeira foi corrupta e pervertida para se tornar depois uma coisa que não fica conforme a sua natureza. Observa como Satanás faz a sua obra; com o joio no meio do trigo e as aves nos ramos. Mas, graças a Deus, apesar do fato que esta tal chamada cristandade corrompeu, perverteu e sujou a verdade da Palavra de Deus, a igreja do Senhor Jesus Cristo continua e continuará pregando a verdade pura até o fim pela promessa de Cristo (Mt. 16:18).

4. A Parábola do Fermento. 13:33. Esta parábola tem três símbolos principais: o fermento, uma mulher e as três medidas de farinha.

1. Fermento na Bíblia simboliza heresia e pecado (Mt. 16:6 e 12, I Cor. 5:6-8). Um pouco de fermento pode levedar a massa toda de heresia e pecado.

2. Uma mulher tomou e introduziu o fermento nas três medidas de farinha. A palavra "introduzir" nesta passagem significa "esconder" ou "fazer uma coisa secretamente". Esta mulher está fazendo uma coisa errada, não uma coisa boa. O que foi que ela fez? Ela escondeu malignamente pecado e heresia na farinha. O que significa a farinha? A farinha representa a "doutrina verdadeira de Cristo". Então, podemos ver o ensino desta parábola. A mulher eclesiástica (igreja falsa com suas filhas e heresias, A Grande Prostituta e suas filhas, Igreja Católica e suas filhas) introduziu a sua heresia na doutrina de Cristo para pervertí-la. Observa que o fermento (heresia) introduzido pela mulher (igreja falsa) começou levedar a farinha (doutrina de Cristo), mas não levedou-a logo de uma vez para sempre, mas levou um tempo para levedar a doutrina de Cristo toda. Porque diz: "até que tudo esteja levedado". Diz que tudo será levedado, mas não diz quando. Enquanto o povo de Deus e as igrejas de Jesus Cristo estão ainda no mundo isto não pode acontecer. Mas depois de ser arrebatado o povo de Deus e as igrejas de Cristo do mundo, o todo será levedado (II Ts. 2:7).

5. A Parábola do Tesouro escondido. 13:44. As quatro primeiras parábolas falam do reino dos céus segundo a vista humana (o número 4 é o número da terra na Bíblia), as três últimas parábolas falam do reino dos céus segundo a vista divina (o número 3 é o número da Trindade na Bíblia). Agora Deus mostra o jeito que Ele vê as coisas.

1. O tesouro é Israel (Êx. 19:5, Deut. 14:2; 32:10; Sal. 135:4). Israel é o tesouro peculiar de Deus na terra. A palavra tesouro não é usado no Novo Testamento referente a igreja de Jesus Cristo.

2. O tesouro foi escondido num campo. Versículo 38 diz que o campo é o mundo. Então, esta parábola ensina que Israel ficou escondido na terra. O homem que achou este tesouro e depois escondeu-o na terra é Cristo, o Messias. Depois diz que este homem (Cristo) foi vender tudo quanto tinha para comprar aquele campo. Jesus Cristo achou Israel na terra durante o seu ministério público e terrestre, mas depois Ele escondeu-o na terra por causa da sua rejeição do Messias, foi o juízo de Cristo sobre Israel (Mt. 23). E agora Jesus está trabalhando com os gentios principalmente.

3. Depois da época de Cristo Israel ficou espalhado e escondido sobre a face de toda a terra; sem a sua terra, nação, lugar certo, templo, etc. Até hoje em dia os judeus não aceitam Jesus Cristo como o seu Messias. Por isso, esta nação não recebeu ainda a bênção prometida no Velho Testamento de reinar com Jesus Cristo sobre toda a terra. Mas, isto não continuará assim para sempre. Porque Cristo comprou esta nação na cruz (João 11:5-51), e por isso a bênção prometida a ela está garantida. Também diz que comprou o campo, não todo povo do campo, mas o campo onde estava escondido o tesouro, que é a terra. Assim Jesus garantiu a bênção prometida a Israel durante o milênio (Mateus 19:28). A Bíblia diz que Jesus morreu também para livrar a terra (o campo, ou a criação) da maldição da lei (Rom. 8:19-23).

4. Quando Jesus Cristo vier na Sua glória para Si manifestar como o Rei dos reis, esta promessa feita a Israel será cumprida, e Israel reinará com Cristo, seu Messias, durante o milênio (1000 anos) sobre a face de toda a terra.

6. A Parábola da Pérola de Grande Valor. 13:45-46. Esta parábola é muito mal interpretada pelo mundo religioso. Diz que a pérola de grande valor é Cristo, e que o pecador vende tudo que tem para comprar Cristo O Salvador. Não pode ser assim, porque esta interpretação errada ensina que a salvação vem pelas boas obras. As boas obras do pecador estão contaminadas pelo pecado e inaceitáveis e insuficientes para ganhar a salvação (Isa. 64:6). A salvação não pode ser comprada pelo homem (Isa. 55:1, Rom. 6:23). A Bíblia diz em toda parte que a salvação é pela graça )favor imerecido) de Deus (Ef. 2:8-10). Também esta interpretação errada diz que o pecador busca Deus na salvação e depois deixa tudo para ganhar a salvação. Mas a Bíblia diz o contrário, é Deus que busca o pecador na salvação e depois o pecador recebe Jesus Cristo como seu Salvador porque Deus operou no seu coração a obra da salvação pela graça (Rom. 3:11, Fil. 2:13).

1. O negociante é Cristo, o mesmo homem que saiu para semear na primeira parábola (v. 24, 37). É Jesus Cristo que veio ao mundo para tratar dos negócios do seu Pai. O negociante (Jesus) determinou amar pela graça os seus eleitos (as boas pérolas) desde a eternidade. Nota que Jesus Cristo buscou boas pérolas, não só uma pérola. As boas pérolas são os seus eleitos de todas as épocas (Lc. 19:10). Foi ordenado desde a eternidade que Ele ia fazer isto. Entre todas as boas pérolas de Cristo há uma pérola de grande valor. Esta é a sua noiva, a sua igreja verdadeira. Jesus Cristo deixou tudo para salvar os seus eleitos todos pela graça. Mas, de uma maneira especial Jesus Cristo veio para buscar esta pérola de grande valor, a sua noiva (Atos 20:28). Ele comprou a pérola de grande valor (como todos os escolhidos) quando Ele morreu na cruz derramando seu sangue por eles (I Pe. 1:18-20, Ef. 1:14). Então, esta parábola ensina que Jesus Cristo tem no mundo entre todos os seus eleitos (as boas pérolas) uma pérola de grande valor que é a sua noiva (a sua igreja verdadeira).

2. A pérola é uma unidade que não pode ser dividida. Ouro, prata, diamantes, e outras pedras preciosas podem ser divididos, mas se dividir a pérola, está destruída. Todos os eleitos são um em Cristo e todos serão salvos e estarão com Ele um dia (João 10:14-16, 27-30). Se só um dos eleitos não for salvo, o plano da salvação toda seria destruída. A pérola é o fruto de sofrimento. Quando um pedaço de sujeira entra na ostra e fica ferindo-a, a ostra segreda um mineral chamado "madrepérola" para cobrir a sujeira. A ostra fica cobrindo o pedaço de sujeira com muitas camadas de madrepérola até uma pérola de muita beleza está formada. A ostra mora na sujeira e escuridão das profundezas do mar quando faz isto. Originalmente a pérola morava na sujeira e escuridão das profundezas do mar. Ó que retrato bom da salvação dos eleitos pela graça. Jesus Cristo desceu do céu deixando a sua glória para ficar no mundo imundo e escuro para salvar os eleitos imundos e cegos dos seus pecados pelo derramamento do seu sangue. Ele fez dos depravados uma coisa de beleza pela graça. O nosso pecado está coberto com o sangue do Filho de Deus. E no fim vamos ficar unidos com Cristo eternamente!

7. A Parábola da Rede. 13:47-50. A rede é o que é chamado hoje em dia a cristandade como está falado na parábola do Trigo e do Joio. O mar é a humanidade no fim do mundo. A cristandade de hoje em dia pega todo tipo de pessoa que se chama cristão, mas não significa que são salvos de verdade, porque a maioria são hipócritas. Fala sobre a separação que Deus vai fazer através dos seus anjos quando Cristo vier para estabelecer o seu milênio. Também fala do julgamento divino das pessoas da terra afinal. Deus vai separar os crentes dos descrentes. Ele vai lançar os perdidos no lago de fogo e enxofre e receber os crentes no céu para ficar com Ele eternamente.

8. A Conclusão do Discurso das Parábolas. 13:51-58. Jesus perguntou se os discípulos entendessem todas estas coisas, e eles disseram, sim. Nós podemos dizer que entendamos estas parábolas? Somos como o escriba que está instruído nas coisas de Deus, somos responsáveis para instruir os outros o que aprendemos. Vamos aprender e depois ensinar os outros o que aprendemos?!

Depois destas coisas Jesus saiu daquela região para voltar a Nazaré (v. 54). Todos maravilharam-se por causa dos milagres e sabedoria dEle. De onde veio esta sabedoria, eles perguntaram? Não de Nazaré, nem de Jerusalém, nem de outros lugares, nem dos fariseus e escribas, mas sim de Deus.

Observa que Jesus teve irmãos e irmãs. Estes são os filhos que José e Maria tiveram depois do nascimento de Jesus. Então, as doutrinas da virgindade perpétua e da concepção imaculada da igreja católica são mentiras de Satanás. Os irmãos de Jesus na carne não aceitaram-O como o Messias até depois da sua ressurreição. O povo escandalizou-se nEle e não creu nEle. Como é que a incredulidade em Jesus Cristo é uma coisa terrível. Jesus ficou sem honra na sua própria terra. Não é maravilha, ainda continua sendo a verdade. Mas, Jesus não ficou desanimado com isto, Ele deixou aquele lugar para outro.

A Morte de João O Batista, Alimentação da Multidão e Alguns Milagres. 14:1-36.

1. Herodes Antipas, 14:1-2. Era o filho de Herodes O Grande e Governador de Galiléia e Peréia. Ele ficou pensando que Jesus era João O Batista ressuscitado dos mortos. Ele pensou assim porque tinha assassinado-o, e depois a sua consciência ficou pesando por causa do seu pecado.

2. A História do Encarceramento e Morte de João O Batista. 14:3-14. Herodes era um homem perverso e sem vergonha. Enquanto ainda estava casado com outra mulher, ele se casou com Herodias, a esposa do seu irmão Filipe. João O Batista falou com Herodes que era errado e pecaminoso para ficar com Herodias. Herodes queria para João O Batista aprovar o seu segundo casamento, mas ficou enganado, porque em vez de aprová-lo, João condenou-o. Herodes quis matar João, mas não fez porque o povo tinha João como profeta. Herodes jogou João na prisão em vez de matá-lo. Parece também que Herodias não gostou nem um pouco a palavra de João pela maneira que se agiu depois.

No dia do seu aniversário, Herodes fez uma grande festa com muita bebida e perversidade e a filha de Herodias dançou diante de Herodes, e agradou-o muito. Podemos imaginar a maneira perversa e indecente que ela dançou diante dele. Ela agradou Herodes, mas agradou Deus de jeito nenhum. Herodes prometeu dar a ela tudo que pedisse, e Herodias instruiu a sua filha para pedir a cabeça de João O Batista num prato. Herodes se afligiu, mas por causa da sua promessa pecaminosa, do seu voto estúpido, e de ser dominado por uma mulher malvada, ele mandou cortar a cabeça de João na prisão. Então, a obra de João ficou terminada e ele deixou a prisão para ficar no paraíso. A verdade custou João a sua cabeça, mas ele ganhou a vida eterna pela graça de Deus. Cadê Herodes, Herodias e sua filha agora? Infelizmente, estão no inferno.

Depois disso, Jesus saiu daquele lugar para evitar o perigo de Herodes (a Sua hora não tinha chegada para morrer) e descansar um pouco. Marcos 6:31 diz que Jesus nem tinha tempo para comer. Jesus foi para Betsaida (Lc. 9:10), que fica ao lado do Mar da Galiléia. Mas, a multidão seguiu Jesus até lá também. Jesus curou os enfermos.

3. A Multiplicação dos Pães. 14:15-21. A multiplicação dos pães é o único milagre que Jesus fez que é falado em todos quatro Evangelhos.

Quando chegou a tarde (depois das três horas da tarde) os discípulos queriam mandar a multidão embora (quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças). Jesus disse não, mas para os discípulos dar comida a eles (v. 16). Nós temos a responsabilidade de alimentar a multidão das pessoas do mundo com a Palavra de Deus. Nossa condição espiritual pode ser pouca (v. 17), mas quando Cristo está conosco (v. 18), vai dar certo. Jesus mandou trazer a pouca provisão deles a Ele (v. 18). Quando entregarmos a Ele o pouco talento que temos com muito prazer, vontade e fé, Ele pode aumentar a nossa capacidade para que possamos fazer o que Ele deseja. Sem entregar nosso talento a Ele para ser usado no seu serviço, nada está feito.

Jesus mandou a multidão se assentar na grama, Ele abençoou (dar graças antes de comer é bom) a provisão que depois seus discípulos deram a multidão. Ele dá a bênção sobre a Palavra de Deus, nós somos responsáveis para entregá-la. É um grande privilégio ser usado no serviço de Deus para dar o pão da vida (Jesus Cristo) à multidão que está perecendo por causa de uma fome espiritual tão grande. É um grande privilégio ouvir a Palavra do Salvador. Ninguém ficou com fome, mas todos saciaram-se e ainda restou muita coisa. A pessoa que tem uma fome espiritual de verdade será mais do que saciada por Cristo. Ó que possamos nos entregar a Ele para ser usado no Seu serviço! Ó que possamos ficar assentados aos pés dEle para ouvir a Sua palavra! Ó que possamos ver que a nossa capacidade para fazer a Sua obra vem dEle! Ó que possamos entender que é só Jesus que possa abençoar a Palavra que pregamos aos corações das pessoas!

4. Os Milagres de Cristo sobre o Mar. 14:22-33. Jesus mandou seus discípulos entrar num barco e ir ao outro lado do mar da Galiléia, mas Ele não foi com eles (v.22). Depois Jesus subiu a um monte para orar só. Mostra a necessidade de oração. Jesus o Salvador perfeito em todas as maneiras reconheceu a necessidade dela, tanto quanto nós os pecadores.

Enquanto os discípulos estavam no meio do mar houve uma tempestade. As tempestades de vida vem para todo crente. Jesus estava em terra orando e vendo Seus discípulos sofrendo na tempestade. É isto que Marcos 6:48 indica, que Jesus soube de longe o que estava acontecendo com Seus discípulos no meio do mar. Jesus está no céu agora vendo tudo que acontece na vida dos Seus e está fazendo oração por eles, na hora certa Ele vem para socorrer os Seus filhos e acalmar a tempestade. Observa que foi Jesus que mandou eles para a tempestade. Porque? Para ensiná-los mais uma lição preciosa de vida. Quando os Seus discípulos estavam lá no meio da tempestade, eles estavam bem no meio da vontade do seu Salvador. Quando o salvo sofre dificuldades e provas na vida não significa que está fora da vontade de Deus, porque pode estar mesmo bem no meio da vontade dEle. Nosso Salvador está ensinando alguma coisa, preste bem atenção, porque é para nosso bem. Jesus vai nos mostrar que é só Ele que pode guiar as nossas vidas e que tem o poder para andar em cima de qualquer tempestade de vida e acalmá-la. Jesus não veio logo para socorrê-los, mas veio exatamente na hora certa (a quarta vigília da noite, depois da três horas da madrugada). Todos ficaram assustados quando Ele veio andando por cima do mar. Não devemos ficar assustados da Sua prova, mas esperando nEle com fé e segurança. Porque Jesus mesmo pode acalmar a tempestade. Não temos nada para temer, porque Ele está conosco para nos socorrer.

Pedro queria andar por cima do mar também. Jesus lhe deu este poder para vencer as águas, o poder para vencer as tempestades de vida só vem dEle. Pedro andou por cima das águas pelo poder de Cristo. Tudo estava indo bem até o instante que começou sentir o vento forte da tempestade e temer e faltar fé, desde então Pedro começou afundar-se. No meio da tempestade de vida os crentes em Jesus Cristo tem que olhar para o Salvador confiando nEle muito, não deixando o vento forte das dificuldades e provas nos assustar. O instante que começamos olhar para as dificuldades e provas tão grandes e fortes, a nossa fé vai começar faltar e vamos começar afundar-nos nelas. Temos que olhar para Ele no meio delas, porque Ele é a fonte do poder para vencer as tempestades de vida. Pedro tinha pouca fé naquela hora, mas a fé dele não faltou completamente (Jesus disse, homem de pouca fé), porque ele olhou para Jesus para a salvação da tempestade. Confiar em Jesus nos dá força, duvidar é entrar em grande perigo. Quando Jesus pegou na mão dele, ele ficou seguro e andando por cima das águas. Podemos vencer as dificuldades e provas de vida quando Jesus está segurando a nossa mão. O instante que Jesus entrou no barco a tempestade cessou e todos chegaram a terra. De verdade este é o Filho de Deus.

5. Os Milagres em Genezaré. 14:34-36. Lá na terra Jesus curou muita gente das suas doenças. O poder de Jesus Cristo é grande no mar e também na terra!

O Messias Lutando Contra Os Escribas e Fariseus. 15:1-39.

1. Um grupo de escribas e fariseus chegaram de Jerusalém para falar com Jesus.15:1-20. Isto aconteceu na região de Genezaré e provavelmente em Capernaum. O assunto da discussão foi a tradição dos anciãos (v.2). Os escribas e fariseus queriam saber porque os discípulos transgridam a tradição deles em não lavar as mãos antes de comer pão. Lavar as mãos é coisa boa, mas não deve ser uma lei religiosa. A lei de Moisés não falou para fazer isto, nem fez parte da lei judaica do Velho Testamento. Era puramente uma invenção dos escribas e fariseus.

Jesus respondeu a pergunta deles com a pergunta dEle: "Porque transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição?" (v. 3). Uma tradição comparada ao mandamento de Deus é nada, porque o mandamento bíblico é falado por Deus e tem mais importância do que a tradição do homem. O mandamento de Deus é uma obrigação para fazer, mas a tradição do homem não é. Além disto, a tradição do homem pode transgredir e tentar desfazer e invalidar o mandamento de Deus. Foi o caso dos escribas e fariseus. Jesus citou um caso assim como os escribas e fariseus tentaram desfazer e invalidar o mandamento de Deus com a sua tradição; o dever dos filhos é para honrar e cuidar os seus pais (Êx. 20:12; 21:17). Os escribas e fariseus inventaram uma lei para invalidar este dever dado por Deus aos filhos. Como? Eles disseram que foi necessário para o filho somente dizer que todos os seus bens eram dedicados a Deus e assim ficou livre da sua obrigação de cuidar os seus pais (Mc. 7:11). Mas, o filho podia continuar para ficar com os seus bens e usá-los normalmente. Jesus disse que assim eles invalidaram o mandamento de Deus. Eles tinham muita tradição que fez a mesma coisa.

Eles reclamaram por causa de comer sem lavar as mãos, mas eles colocaram as suas mãos sujas e depravadas nos mandamentos de Deus tentando invalidá-los. Por isso, Jesus os condenou severamente. Eles eram hipócritas, porque disseram com a boca que eram os servos de Deus porque estavam guardando as suas próprias tradições da lei, mas na realidade o coração deles ficou rebelde como sempre. Eles estavam adorando Deus assim em vão, porque Deus pode ser adorado somente e verdadeiramente segundo a Sua Palavra. O povo religioso hoje em dia faz a mesma coisa. Tem tanta tradição religiosa que guarda com fidelidade, mas está adorando Deus em vão, porque a sua tradição está contra e invalidando a Bíblia em vez de honrar a Palavra de Deus (v. 7-9).

Jesus chamou a Si a multidão e ensinou-lhes a verdade sobre a religião do Deus verdadeiro. A religião que agrada Deus não consiste nas coisas que come e bebe (as cerimônias e rituais), mas em reconhecer e fazer a Palavra de Deus. O que contamina o homem, não é o que come e bebe, mas é o coração que é depravado e deseja satisfazer os desejos da carne. O que justifica o pecador não é fazer e guardar as tradições religiosas, mas Jesus Cristo O Salvador (v. 10-11).

Os discípulos de Jesus ficaram preocupados depois porque os escribas e fariseus ficaram ofendidos com a Palavra do Senhor Jesus Cristo. Jesus explicou que é pior ofender Deus do que os homens. Porque um dia toda tradição humana, ensino falso, religião vã e religioso hipócrita serão arrancados e jogados fora como o mato que fica numa horta. Porque tudo que não conforme à Palavra de Deus não presta para adorar Deus. Jesus disse para deixar-os, porque são "condutores cegos". Os cegos religiosos tentando conduzir os outros cegos religiosos nas coisas religiosas. Os que rejeitam a verdade da Palavra de Deus assim devemos deixar para Deus cuidar. Podemos, e devemos, pregar a verdade a eles, mas não podemos mudar os corações deles para ver o seu erro, o perigo do inferno bem na sua frente, nem a necessidade de ser salvo por Jesus O Salvador. É só Deus que possa fazer isto pela operação da graça dEle nos corações deles (v. 12-20).

2. A filha da mulher cananéia curada. 15:21-30. Jesus agora retirou-se desta região para as partes de Tiro e Sidom. Porque? Parece que quisesse ficar livre da inveja de Herodes (14:1), da hostilidade dos fariseus (15:12) e das opiniões fanáticas da multidão (João 6:15). Porque a Sua hora de morrer não tinha chegada.

Uma mulher gentia encontrou-os (13 homens caminhando, Jesus e seus discípulos) no caminho pedindo para Jesus (não os discípulos dEle) curar a sua filha. Jesus não respondeu nada a ela, Jesus estava testando e fortificando a fé dela. Os discípulos queriam para Jesus mandar ela embora (porque? eram embaraçados?), mas ela insistiu. Jesus respondeu a ela que não foi enviado senão às ovelhas da casa de Israel. Ainda ela insistiu, até adorando Jesus e pedindo Seu socorro. Ela sabia pouca coisa, mas sabia a coisa principal, que não era digna, até se chamou cachorro, e que somente queria o pão que caiu no chão da mesa do Senhor. Ó que grande fé nEle e humildade perante dEle. A fé e a humildade sempre vão juntas. Jesus elogiou a fé dela, não a paciência, nem a perseverança dela, porque isto foi o resultado da fé dela. A graça de Deus faz o pecador assumir o seu lugar de ser um cachorro perante Deus, merecendo nada, mas somente recebendo pela graça a salvação do Senhor. Ela recebeu, a sua filha foi curada na mesma hora. Não como os fariseus que ficaram arrogantes e cheios de orgulho e de se mesmos perante Deus.

3. A Segunda Multiplicação dos Pães. 15:29-39. De novo Jesus viajou, esta vez Ele foi para o Mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis (Mc. 31), ainda evitando a província de Herodes. Muitos seguiram Jesus, e Jesus curou muitos; coxos, cegos, mudos e surdos, aleijados e outros.

Este povo tinha seguido Jesus durante três dias. Depois de pregar e ensinar Jesus disse que seria bom para alimentar o povo todo (4000 homens, mais as mulheres e crianças). Mais os discípulos disseram que não tinham tanta comida assim. Eles esqueceram já que Jesus tinha feito na primeira vez? O povo de Deus esquece tão rápido o poder e capacidade de Deus. Mais uma vez Jesus mostrou que pouco (sete pães e poucos peixes) abençoado por Ele, se torna muito (bastante para uma multidão). O crente esquece logo muitas vezes que o pouco talento que tem, na mão de Deus pode abençoar muita "gente". Ó como somos crentes de pouca fé.

Logo depois Jesus despediu a multidão, entrou num barco, e foi ao território de Magdala. Onde ficou Magdala está desconhecido com toda certeza. Mas, provavelmente ficasse ao lado oeste do Mar da Galiléia.

O Messias Ensinando a Palavra de Deus. 16:1-28.

1. Os Fariseus e Saduceus pediram um sinal, tentando Jesus. 16:1-4. Não é a primeira vez que eles pediram um sinal de Jesus para provar que era o Messias de verdade. Isto mostra a incredulidade deles, porque eles não estavam querendo saber com certeza, mas somente querendo tentar Jesus e achar erro nEle. Se fosse um sinal para provar isto que estavam querendo, eles aceitariam para este fim os muitos milagres que Ele tinha feito, e as profecias cumpridas do Velho Testamento.

Jesus observou que eles podiam prever o tempo de amanhã, mas não podiam ver os sinais da vinda do Messias. Como é grande a cegueira espiritual de muita gente. Somente um povo rebelde e cego mesmo pede sinal da sua vinda depois de ver todos estes sinais já feitos de ser o Messias. Muitos hoje em dia não estão vendo os sinais da sua Segunda Vinda. Jesus deu somente para eles o sinal do profeta Jonas. Observa a explicação disto em Mateus 12:38-42.

2. O Fermento dos Fariseus e dos Saduceus. 16:5-12. Os discípulos de Jesus esqueceram levar pão para comer. Jesus aproveitou esta oportunidade para ensinar os Seus discípulos contra o fermento dos fariseus e dos saduceus. Primeiramente eles acharam que Jesus falou sobre o fato que eles tinham esquecidos fornecer de pão. Jesus sabia isto, e por isso Ele explicou isto para eles. Jesus repreendeu-os porque Ele já tinha mostrado duas vezes o poder dEle para suprir as necessidades do seu povo. Eles estavam preocupados com a provisão de pão, e faltando a fé na provisão dEle. Eles estavam mais preocupados com as coisas de vida do que com a Palavra de Deus. Ó que grande vergonha, porque nós ficamos do mesmo jeito muitas vezes.

O fermento dos fariseus e dos saduceus representa a heresia deles. Fermento na Bíblia sempre representa heresia. Devemos ficar sempre vigiando para não deixar o fermento da heresia estragar o pão da verdade da Palavra de Deus. É um perigo sempre presente que a heresia da religião falsa, as tradições humanas e pensamentos carnais podem entrar na verdade da Palavra de Deus para corrompê-la. A heresia de qualquer tipo é o inimigo da verdade.

3. A Confissão de Pedro e a Resposta de Jesus. 16:13-20. Jesus fez uma pergunta: "Quem dizem os homens ser o Filho do homem"? (v. 13). Ele recebeu algumas respostas: João Batista, Elias, Jeremias e um dos profetas. Jesus fez uma segunda pergunta: "E vós, quem dizeis que eu sou"? Esta vez Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo".

Pedro disse que Jesus era o Messias e que Jesus era o Filho de Deus vivo. Jesus disse que Pedro era homem abençoado por Deus, porque Deus revelou isto para ele. Ele não tinha recebido esta verdade segundo a sabedoria humana, mas pela revelação de Deus. Pedro sabia uma coisa pela revelação do Pai, que muita gente não sabe hoje em dia, Jesus é Deus!

Jesus aproveitou esta oportunidade para ensinar sobre a Sua igreja. Alguns dizem (a Igreja Católica e Igrejas Protestantes) que Jesus edificou a Sua igreja sobre Pedro, que Jesus deu para ele a posição de ser o primeiro Papa ou Líder e Cabeça da igreja toda, e que esta posição passou para os seus sucessores perpetuamente até o Papa presente. Tem nada disto na Bíblia. Não existe evidência que Pedro esteve em Roma nenhuma vez, nem que era o Bispo de Roma, nem o Chefe das igrejas todas. Ele foi reconhecido como sendo co-pastor com os outros (I Pedro 5:1) e até mandado pelos Apóstolos (At. 11:1-18). Cristo é o único cabeça da sua igreja e está presente com ela até o fim (Mt. 28:20; Ef. 1:20-23; Cl. 2:18-19).

Outros dizem que Jesus edificou a sua igreja sobre a confissão de fé de Pedro. Era o ponto de vista de Lutero e a maioria dos protestantes. Depois quando Pedro negou o Senhor Jesus Cristo, a igreja caiu e cessou de existir? Isto não pode ser a verdade por causa da promessa que Jesus deu logo depois no versículo 18.

A interpretação correta é que Jesus edificou a sua igreja sobre Si mesmo e Ele é o cabeça dela. Jesus falou isto no versículo 18 assim: "Tu és Pedro (Petros, uma palavra masculina, que é um pedaço de uma rocha grande), e sobre esta pedra (uma palavra feminina, que significa uma rocha muito grande) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno (Hades, os poderes da região infernal) não prevalecerão contra ela". Jesus Cristo edificou a igreja sobre Si mesmo (I Pedro 2:4-8; I Cr. 3:11). Pedro (Petros) é um pedaço da rocha em que Jesus Cristo edificou a igreja, que é Jesus mesmo. A igreja verdadeira foi edificada sobre Jesus Cristo e Ele só. Os Apóstolos e Profetas (que significam O Velho E Novo Testamentos) são a primeira fiada que fica sobre Jesus Cristo, a pedra principal (Ef. 2:20).

Alguns dizem porque Jesus falou edificarei, tempo futuro, se referiu ao dia de Pentecostes. Quando, segundo eles, a igreja ia começar. Mas, quando Jesus deu as regras da disciplina da igreja em Mateus 18, Ele falou no tempo presente, mostrando que a igreja já tinha começado e foi antes do dia de Pentecostes. A igreja dEle não começou em Mateus 16:18, porque já tinha começado antes quando Ele chamou os seus discípulos para Si (Lc. 6:12-16), e depois escolheu doze deles para ser a Sua primeira igreja (I Cr. 12:28). A palavra edificar pode significar "erigir e desenvolver". Neste sentido Jesus estava edificando a sua igreja naqueles dias e ainda está a edificando e edificará futuramente.

Jesus usou a palavra "igreja que é a palavra "ecclesia" na língua grega. Nos dias do Senhor Jesus Cristo esta palavra "ecclesia, igreja" significou uma assembléia, ajuntamento e congregação. Podemos ver este significado da palavra em Atos 19:32, 39 e 41. Nestes versículos é a mesma palavra "ecclesia" traduzida "igreja" no resto do Novo Testamento. Necessariamente alguma coisa chamada igreja que não possa reunir-se, ajuntar-se e congregar-se num lugar local e visível não é a igreja dEle. A igreja universal e invisível dos protestantes não é a igreja dEle, porque a sua igreja é local e visível, pode reunir-se. Jesus falou sobre "minha igreja", mostrando tudo que se chama a igreja dEle não é. Uma igreja que começou depois do ministério público dEle, não é a igreja dEle. Uma igreja que não tem Jesus Cristo como o seu cabeça, não é dEle, porque foi começada depois da sua ascensão por um homem. Jesus Cristo é o fundador, organizador e cabeça da sua igreja.

Jesus Cristo prometeu para a sua igreja perpetuidade (uma existência contínua) no versículo 18. Isto significa que o tipo de igreja dEle estará no mundo em todos os séculos até a consumação dos séculos (observa Mt. 28:20 também). A igreja dEle tem estado no mundo em todo minuto desde a sua organização e continuará estar até que Ele venha. A igreja dEle não cessou durante os séculos como os protestantes ensinam. Temos a promessa dEle para confirmar esta verdade, não precisamos mais do que isto para saber que esta verdade é a verdade.

Jesus Cristo deu para a sua igreja (não para Pedro, nem para o Papa) as chaves do reino dos céus. A chave é símbolo de autoridade. Nota que diz as chaves do reino dos céus, não da igreja. Pela pregação do Evangelho a igreja está abrindo o reino dos céus para as pessoas que crêem. Jesus entregou para a sua igreja a responsabilidade para pregar todo o conselho dEle com a autoridade dEle. Quando uma igreja dEle está pregando a verdade como Ele a entregou a ela, Ele dá a sua aprovação total. Nesta maneira ela está ligando e desligando, porque ela fala com a autoridade de Deus.

Jesus mandou os seus discípulos para não dizer a ninguém que Ele era o Messias (v. 20). Porque? Sendo que Jesus começou explicar no versículo 21 para os seus discípulos que Ele ia sofrer, morrer e ressuscitar em Jerusalém, Jesus não queria chamar mais publicidade e a atenção dos fariseus e escribas para Si, porque a sua hora de morrer não tinha chegado ainda.

4. Jesus Anunciou a Sua Morte e ressurreição aos Seus Discípulos. 16:21-28. Quando Jesus anunciou a morte e ressurreição dEle aos seus discípulos, Pedro repreendeu-O, dizendo que ele não ia deixar isto acontecer. Ele viu as coisas somente pela vista humana e estava confiando na carne dele. Jesus mostrou a ele a fraqueza de ver e agir assim. Os homens de Deus as vezes agem pela força da carne, e isto é perigoso demais. Podemos ver esta verdade na queda de Pedro depois. Pedro estava querendo impedir a vontade de Deus sem saber.

Jesus ensinou os seus discípulos sobre o discipulado verdadeiro (v. 24-27). A única maneira de servir o Senhor de verdade é colocar Deus no primeiro lugar da vida e negar si mesmo. A pessoa pode ganhar tudo que o mundo oferece, mas se perder a sua alma no fim, nada adiantou. Jesus mencionou pela primeira vez a sua segunda vinda no versículo 27. Porque? Porque cabe bem com a verdade que falou sobre o valor verdadeiro da vida. Devemos viver lembrando sempre que o Senhor Jesus Cristo virá para dar a cada um segundo as suas obras, tanto crente quanto descrente. No versículo 28 Jesus deu uma profecia do reino do Filho do homem futuramente (seu milênio). Uma pequena prevista do milênio foi dado para alguns deles na sua transfiguração ("alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino"). Quais deles foram que viram depois Jesus na sua glória no monte da transfiguração? Pedro, Tiago e João (Mt. 17).

A Transfiguração e Algumas Profecias. 17:1-27.

1. A Transfiguração de Jesus. 17:1-13. Jesus subiu a orar provavelmente no Monte Hermom em Cesaréia de Filipe que fica perto de Damasco (16:13). Enquanto Jesus estava orando Ele se transfigurou, que significa que a sua aparência ficou transformada ou mudada. Foi uma mudança que veio de dentro dEle que venceu a carne que estava cobrindo a sua glória divina como um véu. O Seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas com a luz da sua glória divina. Moisés e Elias apareceram para falar com Jesus. Como é que Pedro, Tiago e João reconheceram Moisés e Elias que viveram muitos séculos antes deles? O que tudo isto significa? Vamos ver.

1.Deus deu aqui uma prevista do Milênio quando Jesus será manifestado na sua glória toda na terra (16:28). O Cristo que foi mal tratado, zombado, ferido, crucificado, sepultado e ressuscitado um dia será o Rei dos reis da terra na sua glória como o Filho de Deus.

2. Moisés e Elias falaram com Jesus sobre a sua obra da redenção (Lc. 9:30-31). A obra da redenção tinha que ser antes da sua glória manifestada do Milênio.

3. Moisés representa os salvos que morrem fisicamente que serão ressuscitados na sua vinda (I Ts. 4:15-16).

4. Elias representa os salvos que serão arrebatados sem morrer na sua vinda (I Ts. 4:17).

5. Pedro, Tiago e João representam o remanescente dos judeus salvos na terra quando Jesus vier para estabelecer o seu Milênio (Rm. 11:25-29). Observa que Pedro, Tiago e João não estavam glorificados como os outros presentes. Este remanescente dos judeus serão salvos mais ainda nos seus corpos literais no Milênio.

6. A vinda de Elias (v. 10) fala sobre João O Batista que veio antes do Messias no poder e espírito de Elias (Mal. 4:5; Lc. 1:17).

2. Jesus curou o rapaz lunático. 17:14-21. Um demônio deixou este rapaz surdo, mudo e com convulsões semelhantes a epilepsia. Os discípulos não podiam curá-lo. Vamos ver algumas coisas sobre isto.

1. Enquanto alguns estavam lá em cima do monte gozando na glória de Deus, outros estavam lá em baixo lutando contra o inimigo e falhando por causa da sua fraqueza.

2. Os melhores crentes as vezes falham.

3. Os crentes que tentam ganhar almas vão enfrentar alguns casos que não sabem nem podem tratar.

4. O problema foi a pouca fé deles. Pouca fé limita a utilidade do crente na obra de Deus.

5. Quando falhamos, devemos fazer a mesma coisa que eles fizeram, levar o problema para Jesus resolver, porque Ele pode muito bem.

6. Quando falhamos, devemos admitir que falhamos como os discípulos admitiram (v. 19).

7. Jesus disse que com Deus tudo é possível; devemos olhar para Ele, e não para nossa própria força.

8. A obra de Deus tem que ser feita com muita oração e abnegação. O jejum é se negar para fazer a vontade de Deus. Fé sem se negar não adianta nada.

3. O Segundo Anúncio da Sua Morte. 17:22-23. Podemos observar que um tempo passou entre versículos 21 e 22, porque agora Jesus está de novo na Galiléia (Mc. 9:30-32; Lc. 9:43-45). Esta vez Jesus aumentou que seria "traído" e depois crucificado. Os discípulos se entristeceram muito. Porque? Parece que eles achavam que Jesus O Messias veio para reinar comum rei, não para servir e morrer. O reino dEle vem depois.

4. Os Tributos do Templo. 17:24-27. Jesus e seus discípulos estavam indo para Cafarnaum (Caparnaum) e chegaram a eles aqueles que cobravam o tributo (imposto) do Templo querendo para eles pagá-lo. Jesus fez uma pergunta a Pedro já sabendo o que ele estava pensando (a onisciência dEle): "Os reis cobram dos seus próprios filhos os tributos?" A resposta é não; os filhos do rei não pagam tributos. Então, Jesus Cristo que é o Filho de Deus (o Deus do Templo) não tinha obrigação para pagar estes tributos; mas sendo o Filho dEle, deve estar isento. Mas, Jesus não querendo criar um escândalo e evitar a acusação dos fariseus, pagou os tributos. As vezes temos que fazer uma coisa não necessária para deixar nosso testemunho limpo. Observa a pobreza do Salvador; não tinha este dinheiro. Como um homem Jesus pagou os tributos: como Deus Ele mandou o peixe trazer o dinheiro para Ele. Observa: 1. O peixe veio. 2. O peixe se entregou logo a Ele. 3. O dinheiro estava nele. 4. O dinheiro estava no primeiro peixe. 5. O dinheiro era a quantia exata que precisou. 6. O dinheiro ficou na boca do peixe, não tinha o engolido. Este é o Filho de Deus! Ele pode nos cuidar?

O Maior no Reino dos Céus. 18:1-35.

1. A Questão de Qual dos Discípulos Seria o Maior no Reino dos Céus. 18:1-5. Eles estavam provavelmente na casa de Pedro em Capernaum, e o menino podia ser de Pedro também. Os discípulos abriram o assunto de quem seria o maior no reino dos céus. Hoje em dia nós discutimos "quem é o melhor pregador" ou "cantor". Tudo isto mostra a falta do crescimento espiritual. Mas, Jesus mostrou para eles que o servo fiel é como uma criança perante dEle. Observa algumas coisas que Jesus ensinou sobre o servo dEle que será o maior nos céus.

1. Como uma criança, o discípulo de Cristo só tem seu amor e confiança para oferecer.2. Uma criança não tem desejo para ser muito importante, ele se entrega para fazer os mandamentos dos seus pais.

3. Para ser grande no reino dos céus, temos que assumir o lugar de humildade e baixeza, como a criança.

4. Um discípulo (salvo) fiel e útil para Cristo tem que ser convertido (se virar) das suas ambições e inveja pecaminosas.

5. Ganhar grandeza no serviço de Deus é por se humilhar e se negar, não por se exaltar.

6. Orgulho, egoísmo, presunção e auto-exaltação são infidelidade, pecado e vergonha no serviço de Cristo.

7. Porque? Porque somos somente os servos dEle salvos pela graça.

2. O Aviso Contra Ofender Os Servos Humildes de Deus. 18:6-14. Ofender um dos filhos humildes e pequenos de Deus é uma ofensa muito grande. Esse prestará contas a Deus por isso, e o castigo será severo. Seria melhor para esta pessoa ter uma mó de azenha pendurada ao seu pescoço e se afundar no mar para nunca mais subir do que ofender um dos filhos humildes de Deus e depois enfrentar Deus com este pecado. Jesus disse que este tipo de ofensa feita pelo mundo vem com certeza, mas ai daquele que faz! Observa que há um inferno e Jesus disse que tem fogo eterno nele.

No versículo 10 Jesus disse até para ter cuidado para não ofender nem desprezar uma das suas ovelhas desgarradas (desviadas). Apesar do fato que está desviada e andando no caminho errado, ainda são filhos amados por Ele, e Ele manda os seus anjos para zelar por eles. Cuidado para não maltratar os filhos de Deus, Deus dá aviso!

No versículo 11 Jesus deu outra razão para não ofender nem desprezar os seus filhos. Porque Deus O Pai mandou seu Filho para salvá-los da sua perdição. Deus mandou seu Filho para buscar seus eleitos que estavam perdidos e remí-los, e agora Ele vai agüentar alguém mal tratar, ofender ou desprezá-los? De maneira nenhuma.

Nos versículos 12-14 Deus dá mais sobre este assunto. Outra razão para não desprezar um dos pequeninos de Deus. Porque Deus tem maior prazer em achar uma das suas ovelhas (eleitos) e Ele não vai deixar nenhuma delas perecer nunca! Porque Ele ama eternamente os seus filhos. Cuidado na maneira que trate os filhos dEle!

3. O Tentativo para Ganhar de Volta um Irmão que Peca (ou a Disciplina da Igreja). 18:15-20. Logo depois que Jesus falou sobre desprezar um dos pequeninos de Deus, Ele falou sobre a maneira de tratar um irmão que peca. PRESTE BEM ATENÇÃO para que não despreze um dos seus filhos. Jesus nos avisou para tratar este assunto com muito cuidado. Porque estamos disciplinando os seus filhos amados e preciosos, e Ele não está brincando! Tem que ser do jeito que Ele manda, porque são os filhos dEle remidos por Seu Filho Jesus Cristo. Observa o que Deus diz! O assunto da disciplina aqui é uma ofensa pessoal.

1. Deve ir falar com o irmão tentando resolver o problema e ganhar o irmão. Deve ser entre os dois só primeiramente, sem falar o problema para ninguém mais nem menos do que ele. Tem que ser uma ofensa pessoal de verdade, não um menosprezo para um irmão sensível demais. O ofendido tem obrigação de ir e falar com o irmão que o ofendeu, não deve ficar esperando para ele fazer, porque ele pode estar inconsciente da sua ofensa. Deve ser feito com respeito, amor, compaixão e consideração. Se ouvir, está resolvido, e ninguém mais deve saber.

2. Se não ouvir, deve levar um ou dois irmãos (estes irmãos devem estar dispostos para fazer) para falar com ele novamente (Gl. 6:1). Observa que ainda a conversa deve ficar somente entre estes irmãos. O ofendido deve perseverar em busca de paz. Agora é para estabelecer tudo com testemunha para evitar depois confusão e mentira. Se ouvir, está tudo resolvido, e ninguém além destes irmãos deve saber.

3. Se não ouvir estes irmãos, devem falar com a igreja. Se o ofensor ouvir a igreja, está resolvido e não tem que fazer nada mais. Se não ouvir a igreja, a igreja deve disciplinar o ofensor. A igreja não está julgando o coração nem o motivo da pessoa, mas sim as palavras e atos inaceitáveis da pessoa. Depois a única maneira para isto ser resolvido é para a pessoa se arrepender da sua ofensa e ser restaurada assim.

A igreja tem a autoridade dada por Deus para praticar a disciplina segundo a sua vontade. Uma igreja não deve negligenciar a disciplina, nem fazer mais do que mandou. Quando a disciplina está feita segundo a vontade de Deus, Deus reconhece-a como sendo certa (v. 18).

Versículos 19-20 mostram a necessidade para uma igreja fazer tudo com oração, em comunhão com Ele e com Jesus e a sua Palavra no meio. Tudo deve ser feito no nome do Salvador, com a aprovação dEle e segundo a sua vontade. Só assim pode ser aceitável a Deus.

4. A Prontidão para Perdoar um Irmão que nos Ofendeu. 18:21-35. Logo depois que Jesus falou sobre a humildade do seu povo, ofender os seus filhos, a disciplina dos seus filhos, Ele fala sobre perdoar um irmão que pecou contra nós que depois se arrependeu da sua ofensa (Lc. 17:3-4). Devemos perdoar o irmão que peca contra nós, se ele se arrepender da sua ofensa. Pedro fez a pergunta (v. 21): "Até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?" Os fariseus disseram só até três vezes. Jesus disse até 490 vezes; significa que devemos perdoar nossos irmãos arrependidos sem limite. Porque Deus não cessa de perdoar os seus filhos que pecam, devemos fazer nada menos do que Ele.

Observa que Jesus deu uma parábola para mostrar esta verdade bem claramente (v. 23-35). É a parábola do credor incompassivo. Nesta parábola o rei é Cristo e os servos do rei são os crentes em Cristo. O rei perdoou a dívida de um dos seus servos que estava devendo dez mil talentos (que é mais ou menos 12 milhões reais), mas o servo não tinha nenhum centavo para pagar. Esta é a condição do pecador diante de Deus, está devendo uma conta de pecado que jamais pode pagar, e ia perder tudo para sempre. Mas, o pobre servo se humilhou diante do rei pedindo lhe perdão, e o rei pela sua graça, misericórdia e generosidade perdoou a sua dívida toda. Irmãos, é o que o Senhor fez por nós, Ele perdoou a nossa conta grandíssima de pecado pela graça. Mas, nota o que este servo perdoado pelo rei depois fez para com um dos seus conservos, que era uma grande vergonha e injustiça. Um dos seus conservos estava lhe devendo mais ou menos 17 reais. O que fez com ele, até quando estava pedindo seu perdão? Não quis perdoá-lo, e até jogou na prisão até que pagasse a dívida toda. Ó que coisa triste e vergonhosa, como deixou todos os outros conservos tristes, uma coisa dessa entre nós deve nos deixar triste demais. Porque o servo que recebeu o perdão de uma dívida grandíssima nem podia perdoar uma dívida tão e insignificante de um dos seus conservos. E nós irmãos, podemos perdoar as ofensas pequeninas dos nossos irmãos depois de receber o perdão dos nossos pecados tão grandes?? O que o senhor daquele servo fez com ele? Entregou-o para ser castigado e corrigido severamente! Isto não é o inferno, nem o purgatório, mas é a correção que o Senhor dá para os seus filhos que receberam perdão mas não dão perdão depois para os seus irmãos em Cristo (os filhos de Deus, os seus pequeninos). Os crentes podem não levar isto sério, mas nosso Pai.

Autor: David Alfred Zuhars, Jr.
Pastor David Zuhars
PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO JARDIM DAS OLIVEIRAS
Rua Dr. João Maciel Filho, 207: 60.821-500 Fortaleza, CE

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