O MINISTÉRIO PESSOAL DE JESUS CRISTO PARA OS SEUS DISCÍPULOSJesus Cristo no Meio dos Seus Discípulos. 13:1-38. Estudaremos agora uma das passagens mais preciosas da Bíblia para o crente. Muitos crentes em Jesus Cristo dizem que esta passagem é a mais preciosa do livro de João. Em João 13-17 Jesus Cristo ficou bem perto da sua morte, e por isso ele ficou mais separado dos outros e mais perto dos seus para os ensinar e preparar para os eventos futuros. Em 12:36 diz que Jesus se escondeu dos outros, mas em 13-17 Jesus ficou na comunhão íntima dos seus. Logo depois Jesus viajou para o céu, mas não deixou os seus sem se sentir a sua presença, saber que o seu amor por eles era eterno e que a obra dele continuaria. Ele está no céu, mas a sua presença com seus, seu amor por eles e a sua obra continuam. 1. Jesus lavou os pés dos seus discípulos. 13:1-11. Note um contraste. Em João 12 vemos os pés de Jesus e em João 13 vemos os pés dos discípulos. Os pés de Jesus foram ungidos, os pés dos discípulos foram lavados. O Salvador andou neste mundo pecaminoso sem se sujar com o pecado dele. Ele saiu do mundo do mesmo jeito que entrou; santo, inocente, imaculado e separado dos pecadores. Os pés dEle ungidos com o ungüento bem cheiroso mostram que a vida dele sempre foi um cheiro suave ao Senhor Deus. Mas, os seus discípulos ficaram sujos com o pecado e as coisas do mundo e precisaram lavar os seus pés da sujeira do mundo (I João 1:3-2:1). 1. O amor imutável de Jesus Cristo para os seus. v. 1. A páscoa estava perto, quando Jesus ia morrer pelos seus. Jesus sabia que ia morrer para salvar os seus eleitos, e por isto mesmo morreu, por amor deles. Note como é que fica o amor de Jesus por seus, ETERNO. Nisto podemos ver as seguintes doutrinas: a eleição do Pai, os eleitos de Deus são amados eternamente, Jesus morreu por amor deles para os salvar dos seus pecados, o Espírito Santo chama os eleitos para conhecer este amor eterno de Deus. A Palavra de Deus diz que "amou-os até o fim". O que significa o fim?: até o fim da eternidade, até o limite da nossa necessidade espiritual (salvação, perdão, purificação, provisão, cuidado), apesar das nossas falhas. Ó que grande amor inestimável, inefável e incomparável! 2. O ódio fixado e terrível de Judas Iscariotes o traidor. v. 2. Ó que contraste; o amor maravilhoso do Salvador para com os seus e o ódio traidor de Judas Iscariotes para com Jesus Cristo. 3. A volta do Salvador para o seu Pai. v.3. Jesus veio do Pai e voltou para o Pai depois de consumir a obra da Salvação para os seus. O falar da sua origem, autoridade, e glória vindoura; mostra como é que Jesus se humilhou para fazer depois a obra do escravo em lavar os pés dos seus discípulos. 4. Jesus Cristo fazendo a obra do escravo. v. 4-5. Fazer o que Jesus fez naquele dia era a obra de um escravo naquela época. Vamos ver o que isto nos ensina. 1. Jesus deixou a sua glória celestial para vir ao mundo para ser um servo. 2. Não seria uma grande coisa para um pescador fazer isto, mas para o Rei dos reis, Senhor dos senhores, o Filho eterno de Deus, o Soberano do universo, era uma condescendência sem igual. 5. Pedro discutiu com o Senhor. v. 6-9. Jesus chegou para lavar os pés de Pedro e Pedro não quis deixar. Em vez de discutir e duvidar que o Salvador fez, Pedro devia ter aceitado pela fé sem dizer nada, porque o Salvador sempre faz tudo perfeito. Ó crente em Cristo, está ouvindo? Não é necessário saber tudo e porque nosso Salvador faz as coisas que faz, só aceitar e confiar nele, porque sabemos que ele faz tudo certo sempre. Os pensamentos e feitos de Deus não são segundo os nossos. Jesus explicou para Pedro dizendo que foi simbolicamente que ia fazer depois da sua ressurreição e ascensão lá no céu como nosso Intercessor e Advogado (I João 1:9-2:1). Ainda Pedro não quis deixar. Jesus disse a ele: "Se eu te não lavar, não tens parte comigo". O assunto aqui não é salvação, mas sim comunhão, a comunhão que o salvo tem com seu Salvador agora nesta vida. Sem ser lavado dos nossos pecados diários, a comunhão do crente com o Salvador fica interrompida e/ou suspendida. Agora Pedro correu para o outro extremo, disse para Jesus lavar a cabeça e as mãos. 6. Tomar banho e lavar. v. 10. Quando Jesus falou "aquele que está lavado", Ele disse aquele que tomou "banho" na língua grega. Tomar banho e lavar os pés só, não são iguais. Então, Jesus disse, "aquele que tomou banho não necessita lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo". A pessoa que tomou um banho no corpo todo, se sujar os pés, só precisa lavar os pés. O salvo por Jesus Cristo já está totalmente limpo dos seus pecados eternamente, só precisa ser depois purificado da sujeira diária do mundo pecaminoso. 7. O traidor conhecido. v. 10-11. Jesus disse que nem todos os discípulos eram limpos no sentido de ser salvo. Jesus conheceu o traidor e que nunca foi salvo dos seus pecados e transformado. Judas Iscariotes sabia que Jesus falava dele? 2. Jesus Cristo, nosso exemplo. 13:12-20. Jesus Cristo lavou os pés dos discípulos para os ensinar uma coisa em particular. Veja a pergunta que fez a eles no v. 12: "Entendeis o que vos tenho feito?" Você entende o que fez? 1. Jesus é o Mestre e Senhor. v.13. Ele afirmou isto mesmo. Porque neste versículo agora? Porque o Mestre e Senhor tinha feito uma coisa tão humilde. Nenhum dos discípulos nem ofereceu ajudá-lo neste feito. Jesus falou esta verdade porque os discípulos acharam que alguém de posição não pôde fazer isto? Observe que a contenda entre eles sobre qual deles parecia o maior tinha acontecido logo antes disto (Lc 22:24). "O maior dentre vós será vosso servo", Mt.23:11. 2. O exemplo do Senhor Jesus para nós. v. 14-15. Jesus Cristo falou para eles fazer o que ele tinha feito. Literalmente lavar os pés um ao outro? Obviamente não é isto, porque depois no Novo Testamento não vemos nenhuma vez que eles fizeram isto. Jesus ensinou-os para assumir a posição de servo, não de fariseu. Mostra também que quando os irmãos se sujam de pecado, devemos ajudá-los resolver, não tratá-los com indiferença e desinteresse farisaicos. 3. O aviso contra orgulho. v. 16. O maior líder entre o povo de Deus, é aquele que assume a posição de servo. Este assunto é importante demais, porque introduziu-o com as palavras "na verdade, na verdade". As igrejas não precisam dos "Diótrefes", mas dos "Gaios" e "Demétrios", (III João). "Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho", I Pd. 5:3. Orgulho não tem lugar na obra de Deus, mas a humildade sim. 4. O fazer disto é louvado. v. 17. A bem-aventurança vem através do fazer, não do saber (Mt. 7:24). Só saber sem fazer não é bem-aventurado. Jesus nem disse que a bem-aventurança vem através de "deixar alguém fazer" isto a nós, mas através do "fazer aos outros". Nenhum homem "sabe" mais do que o diabo, mas ninguém faz mais mal do que ele. 5. O Senhor Jesus fala do traidor. v. 18-19. Judas Iscariotes é o exemplo disto mesmo. Ele "soube" o que Jesus tinha feito, mas não "fez". Jesus Cristo escolheu Judas ao apostolado (não para a salvação) e soube que era do diabo. Porque? Para que se cumpra a Escritura (Sl. 41:9). Jesus Cristo deixou Judas cumprir as Escrituras e depois mandou embora (v. 27). Jesus Cristo anunciou que isto ia acontecer para os discípulos não tropeçar depois por isso. As vezes tem traidores entre os crentes. Jesus Cristo já mostrou isto para nós, cuidado para não tropeçar quando eles se manifestam. 6. Encorajamento de Jesus Cristo aos seus discípulos. v. 20. Jesus Cristo tinha exortado os discípulos para seguir o seu exemplo com a promessa que é uma coisa bem-aventurada. Depois anunciou a traição de Judas Iscariotes. Agora ele falou para eles que a sua vocação e fidelidade não foram efetuadas pela defecção e deserção do traidor. O Senhor Jesus aqui confirmou os fiéis na sua salvação e eleição. A nossa confiança deve estar no Senhor Jesus Cristo e não nos homens. Se olharmos aos homens a nossa fé vai vacilar. Vamos olhar para nosso Salvador e aceitar os enviados por ele, porque vem trazendo a Palavra dele. Rejeitar os enviados pelo Salvador é rejeitar o Salvador. Cuidado com extremismo! 3. O aviso dado do traidor pelo Salvador. 13:21-35. 1. O aviso do Salvador aos discípulos da presença de um traidor entre eles. v. 21-26. Jesus turbou-se pela presença do traidor entre seus filhos amados, v. 21. O traidor ficou entre seus amigos e seguidores. A presença do traidor entre os crentes deve nos turbar. Notem três coisas sobre o anúncio do Salvador da presença de um traidor entre eles, v. 22. Primeiro, todos os discípulos duvidaram de quem ele falava. Até suspeitou-se a si mesmo. Segundo, Judas Iscariotes tinha conseguido esconder a sua hipocrisia. Judas Iscariotes era um hipócrita perfeito e nem suspeitado de traição. Terceiro, mostra a longanimidade do Salvador com que Jesus agüentou o filho da perdição. Jesus tratou Judas Iscariotes do mesmo jeito que tratou os outros, porque ninguém suspeitou-o. Pedro fez um sinal para João, que estava inclinado no seio de Jesus, para perguntá-lo quem era o traidor, e por isso João fez a pergunta a Jesus, v. 23-26. Porque Pedro não perguntou o Senhor? Já estava se afastando um pouco? João tinha uma comunhão com o Senhor que deixou-o fazer qualquer pergunta a ele. Ó para ter esta intimidade com ele! Jesus respondeu que era aquele a quem deu o bocado molhado. Jesus agora identificou claramente o traidor que ele sabia que era traidor desde o princípio, mas que os outros nem suspeitaram. Não pode esconder nem mascarar o coração do Senhor. 2. A partida de Judas Iscariotes. v. 27-30. Judas recebeu o sinal de amizade, mas não se arrependeu, mas ficou confirmado na sua traição. Foi nesta hora que Satanás entrou nele para tomar a possessão total da sua vítima que se entregou a ele. Agora veio as Palavras do Senhor, "O que fazes, faze-o depressa". O fim eterno de Judas foi anunciado. Para Jesus, foi o anúncio de se entregar para ser traído, mal tratado, condenado, crucificado e morto. Ó como é grande a graça de Deus! Os discípulos não entenderam o significado das palavras de Jesus. Pode bem ser que eles soubessem que Judas era o traidor, mas sem entender como seria a natureza da sua traição e a hora. Os discípulos acharam que Jesus tinha mandado Judas comprar as coisas para a páscoa ou dar uma coisa aos pobres que era costume da páscoa para os judeus. Judas saiu logo para trair Jesus. Note que Judas saiu antes da instituição da Ceia pelo Salvador, Mt. 26:20-26 com João 13:30. Note também que era noite. Esta é a noite antes da crucificação do Salvador. 3. O anúncio da sua morte e o novo mandamento. v. 31-35. O Salvador chamou a sua morte a sua glorificação, v. 31-32. Como é que fica isto? Jesus disse que o Filho do homem foi glorificado. Jesus Cristo como Deus que se fez carne morreu para salvar o pecador. O homem Jesus desfez e ganhou o que o primeiro homem fez e perdeu. Como é que fez? Pelo sacrifício de se mesmo pelo pecado. Não é só a base da nossa salvação e a glorificação do Filho do homem mesmo, mas também é a glorificação da glória de Deus o Pai. Porque os atributos de Deus foram glorificados na cruz; seu poder (João 10:18), sua justiça (I Pd. 3:18, Ez. 18:4 e I Cor. 15:1-3), sua santidade (Hab. 1:13 e Mt. 27:46), e seu amor (João 3:16). O novo mandamento que Jesus deu foi para os salvos amar uns aos outros como Cristo nos amou. Este é o sinal supremo (não é conhecimento nem ortodoxia) que somos de Deus. A falta deste amor mostra que não é de Cristo. 4. O aviso dado a Pedro pelo Salvador. 13:36-38. Pedro perguntou para onde Jesus ia e porque ele não podia ir com ele também (note v. 33). Pedro era salvo e amava o Senhor muito, isto não é duvidoso. Mas, Pedro era homem de pouca paciência e compaixão para com os outros. Pedro tinha uma idéia exagerada e errada da sua própria fidelidade, v. 37. Ele tinha uma confiança orgulhosa em si que o deixou no perigo muito grande de cair, e caiu. O crente assim cai no pecado mais vezes do que os outros crentes, porque é convencido da sua fidelidade e da impossibilidade de cair, e por isso não aceita o aviso do perigo de cair e cai mesmo, como Pedro caiu. O crente duro demais com os outros e sem paciência e compaixão para os irmãos que caem no pecado, e com uma confiança orgulhosa em si cai mais no pecado do que os outros. Leia Lc. 22:31-34. Jesus Cristo deixou Satanás tocar em Pedro para que ele pudesse aprender a sua própria fraqueza, confiar no Senhor, ter compaixão dos outros e deixar o seu orgulho. Jesus orou para que a sua fé não faltasse, mas deixou Satanás tocar nele para o seu bem. Tem crente que só pode aprender assim. Quem tem ouvidos, ouça! Jesus Cristo no Cenáculo da Páscoa com os Seus Discípulos. 14:1-31. Jesus Cristo e seus discípulos continuaram no mesmo lugar depois de comer a Páscoa, lavar os seus pés e instituir a Ceia, e depois ele começou ensiná-los. Veja Mt. 26:17-29. Note que em João 14:31 diz que Jesus disse: "Levantai-vos, vamo-nos daqui". Isto combina com Mt. 26:30. Jesus Cristo ensinou os seus discípulos a palavra de João 14 antes de sair do cenáculo para o Monte de Oliveiras. Ele deu um conforto aos seus discípulos antes da sua morte. Judas Iscariotes já tinha saído para trair o Senhor Jesus Cristo e os discípulos ficaram com Jesus para ouvir a sua Palavra. Esta é a noite antes da morte do Senhor Jesus Cristo. Diz em João 13:30 que já era noite. Jesus deu estas palavras para seus discípulos depois de ouvir pela boca mesma dele que Judas Iscariotes ia traí-lo e que Pedro ia negá-lo. Jesus tinha anunciado também que ia morrer em breve e por isso ia continuar com eles pessoalmente pouco tempo, e seu sofrimento estava bem na sua frente. O mundo e os judeus estavam contra ele e queriam matá-lo. O Senhor Jesus Cristo sabia o que estava passando na mente dos seus discípulos e que eles estavam turbados pelas coisas que ele tinha falado e anunciado a eles. Apesar do fato que Jesus sabia que no dia seguinte ia sofrer e morrer de uma maneira que ninguém pode entender nem fazer como Ele fez, Jesus Cristo ainda estava pensando nos seus discípulos e nas suas necessidades. Por isso entendemos que temos um Salvador que "pode compadecer-se das nossas fraquezas". 1. Jesus Cristo Confortando Seus Discípulos. 14:1-11. 1. Jesus Cristo chamou-os para confiar em Deus. v. 1. Apesar da aparência das coisas Deus sabe o que faz e devemos confiar nele. Deus tinha falado no Velho Testamento que o Messias ia sofrer e morrer, Jesus Cristo o Messias tinha anunciado a mesma coisa, mas os discípulos estavam tendo dificuldade em aceitar que Jesus Cristo ia deixá-los assim. Todos os crentes as vezes tem dificuldade em confiar no Senhor pelo futuro. Creia irmãos, porque Deus sabe que faz. 2. Jesus Cristo ensinou sobre o céu. v. 2. Na casa do Pai do Senhor Jesus Cristo (onde Deus habita numa maneira especial, lá no céu) há muitas moradas, estas moradas serão o lar celestial e eterno dos santos de Deus. É o lugar onde ficaremos com nosso Pai e família quem nos ama eternamente, não no meio de estranhos e inimigos como aqui na terra. Podemos confiar nesta promessa, porque Jesus nunca mentiu para nós, sempre falou a verdade. O Salvador subiu lá para preparar lugar para nós. É um lugar reservado e garantido, pronto para nos receber, e perfeito em todas as maneiras. 3. A promessa da sua vinda. v. 3-4. Jesus foi lá para preparar lugar para nós e depois vem para nos buscar para ficar lá com ele para sempre. Ele prometeu voltar e nos buscar e nos levar para ficar com ele. Ó que promessa boa para os discípulos preocupados com a sua partida em breve. E para nós também. João 13:36 diz; "depois me seguirás". Encoraja?? 4. A pergunta de Tomé. v. 5. Jesus tinha explicado isto mesmo agora e ainda Tomé não pegou. Até os discípulos estão devagar para aprender. Isto mostra para nós a fraqueza do homem para entender as coisas de Deus. 5. Jesus Cristo É o Salvador Suficiente. v. 6-7. No Jardim do Éden o homem perdeu o direito de estar na presença de Deus, a capacidade de entender a verdade, e a vida espiritual. Agora pelo pecado humano, o homem está separado de Deus, cego acerca da verdade, e morto nas suas ofensas e pecados. Mas Jesus Cristo pela graça de Deus abriu o caminho para o céu, dá a habilidade para entender a verdade pelo poder do Espírito Santo, e a vida espiritual na regeneração. Jesus Cristo fez isto pela sua morte, sepultamento e ressurreição. A salvação desta morte espiritual é por Jesus só. 6. A pergunta de Filipe. v. 8. Outra vez vemos que até o salvo não entende muita coisa óbvia. Porque? Falta de confiança na sabedoria divina em vez da humana. Preconceitos. Falta de atenção. Pode ser muita coisa. 7. A repreensão de Cristo. v. 9-11. Jesus falou diretamente com ele para repreendê-lo. Jesus falou o seguinte: Ele é Deus, Ele é igual ao Pai, Ele e o Pai são um, Jesus era Deus que se fez carne, Jesus e o Pai tem uma união, harmonia e comunhão perfeita em tudo, as Palavras de Cristo são as palavras do Pai, as suas obras provaram a sua divindade. 2. Jesus Cristo Voltou para o Pai. 14:12-20. Jesus Cristo começou ensinar os seus discípulos sobre a sua volta para o Pai e da vida deles depois da volta dele para o Pai. Jesus continuou dar para os seus discípulos mais razões para não deixar os seus corações ficar turbados. Vamos examinar estas outras razões de encorajamento por Cristo. 1. A sua obra continuou depois da sua volta para o Pai. v. 12. Jesus disse que "aquele que crê em mim fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas". Jesus falou estas palavras com os seus apóstolos em particular. Alguns dizem que esta promessa foi dada para todos os crentes genuínos de todas as épocas. Mas, hoje em dia não há ninguém que faz os mesmos milagres e obras que Jesus fez, nem mesmo desde os dias dos apóstolos algum crente tem feito, sem mesmo dizer que fizeram obras maiores que ele. Quem tem curado as lepras, dado visão aos cegos desde a nascença, feito o coxo andar, e ressuscitado os mortos? Quem tem feito obras maiores do que estas? É óbvio que Jesus falou estas coisas com as pessoas daquele século e principalmente as da sua igreja do primeiro século. Observe uns versículos: Mc, 16:17-18, At.2:1-13, 3:1-11, 9:32-43, 16:16-18, 19:11-12, 28:1-10. Veja que Paulo disse em I Cor. 13:8-10. Jesus prometeu estas obras especiais para os crentes da sua primeira igreja até o Novo Testamento foi completo. Veja João 16:12-15. Cristo prometeu para eles a inspiração do Novo Testamento de antemão. Estas obras especiais por isso cessaram. Grande encorajamento! 2. O conforto de oração. v. 13-14. Jesus tinha anunciado a sua viagem para o Pai e por isso a distância entre eles ia ser grande, mas só fisicamente. Este conhecimento dá confiança para o seu povo. Pela oração a distância desaparece, porque o crente em Cristo pode entrar na sua presença a qualquer hora. O que significa pedir no nome de Cristo? Só aumentar o nome dele no fim da oração? Claro que não! Tem que ser o seguinte: pessoa salva (identificada com Cristo), que pedimos pelos méritos do Filho ao Pai, pedimos tudo conforme a vontade dele (conforme a Bíblia e a vontade dele para nossa vida individual, e para a glória dele). Assim ele diz: "Eu o farei". Ó que grande encorajamento. 3. O amor evidenciado pela obediência. v. 15. Jesus Cristo ia deixar os seus discípulos em breve e por isso falou da maneira de mostrar e evidenciar seu amor por ele na sua ausência. Muitas vezes no mundo quando a pessoa não está presente, o amor enfraquece e a gente acha que a ausência da outra pessoa dá licença para infidelidade. Porque? Porque o amor mundano é egoísta, falso e muitas vezes insincero. O amor sem obediência e fidelidade é hipocrisia. Cristo disse aos seus discípulos provar o seu amor por ele pela obediência na sua ausência. Esta é a grande prova do amor por ele. 4. A promessa do Consolador. v. 16-18. Nestes versículos Jesus Cristo revelou o seu amor por seus discípulos. Jesus deixou os seus discípulos, mas não os deixou sem um Consolador. O Espírito Santo vai com o povo de Deus numa maneira especial aqui no mundo. O Espírito Santo é chamado o Espírito de verdade, porque é ele que revela a verdade para os eleitos de Deus. Note que Jesus disse que o mundo "não pode receber" o Espírito Santo. Isto mostra a depravação total do homem, não tem a capacidade espiritual para receber o Espírito Santo, isto vem pela graça poderosa de Deus. O mundo não crê porque não vê nem o conhece, isto mostra a cegueira espiritual do mundo. Mas, os salvos tem tudo isto pela graça de Deus, porque o Espírito Santo habita em nós, e estará conosco para sempre. Jesus Cristo disse que (no v. 18) não deixou o seu povo aqui no mundo órfãos (abandonados ou desamparados, Hb. 13:5-6), mas o Espírito Santo está conosco e até "Jesus Cristo mesmo está conosco". Jesus disse para os seus discípulos, "voltarei para vós", v. 18. Jesus voltou para andar com os seus espiritualmente depois, e um dia voltará visível e fisicamente para estar com os seus. Mais encorajamento! 5. A promessa da vida eterna. v. 19. Jesus subiu ao céu e o mundo não está o vendo mais agora. Mas, os salvos estão vendo Jesus Cristo pela graça de Deus através da Palavra de Deus pela fé, Hb.2:9; e um dia veremos nosso Salvador face a face, I João 3:1-2, Ap. 22:4. Este é um grande encorajamento que deve nos sustentar e confortar toda a hora! 5. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. 14:21-31. Jesus Cristo aumentou mais para encorajar e confortar os seus discípulos. É evidente pelo v. 27 que os discípulos estavam preocupados e apreensivos pelos eventos futuros. 1. Cristo manifestado aos salvos. v. 21. Jesus Cristo prometeu se manifestar aos crentes. Como é que Cristo faz isto agora na sua ausência? Corporalmente? Pelas visões? Não, o significado tem que ser espiritualmente. Jesus Cristo se revela agora aos crentes através da sua Palavra pelo poder do Espírito Santo. Jesus deu neste versículo a maneira certa de receber mais da manifestação de Cristo através da Bíblia; pela obediência a sua Palavra. O salvo que vive guardando os mandamentos de Deus, receberá do Senhor mais e mais da manifestação de Cristo através da Bíblia. 2. A pergunta de Judas (não o traidor). v. 22. Judas queria saber como é que Jesus podia se revelar a eles e não ao mundo, porque estavam no mundo no meio do povo. Ele estava pensando fisicamente. Jesus falou sobre uma manifestação espiritual. Há uma grande diferença. Nós entendemos que estamos vendo muita coisa que o mundo nunca viu ainda, e nunca verá por causa da sua cegueira espiritual sem a graça de Deus operando no seu coração a visão espiritual. 3. Jesus respondeu. v. 23-25. O que Jesus falou deve ser para nós óbvio. O mundo não obedece a Palavra de Deus, nem pode vê-la, nem ama Jesus Cristo, e por isso não entende nada sobre Jesus Cristo de verdade. Mas, o amor verdadeiro por Cristo se manifesta pela obediência, e pelo arrependimento pelas ofensas que cometemos. Veja a resposta de Pedro em 21:17. O amor verdadeiro por Cristo não fica perguntando se puder fazer uma coisa errada ou se for necessário para fazer mesmo o que Deus manda, mas tem prazer em obedecer e deixar a desobediência. Este é o desejo do convertido que se manifesta na sua vida. Jesus disse que nesta pessoa o Pai e o Filho farão morada. Isto fala de comunhão com Deus, não de salvação. O mais que o crente anda segundo a Bíblia, a mais comunhão que tem com Deus. Jesus falou isto com eles para que pudessem lembrar isto depois da sua partida. Note a diferença entre o mundo e o salvo. 4. A obra do Espírito Santo. v. 26. Jesus deu esta promessa a eles de ser ensinados e lembrados de tudo quanto que os ensinou. Exemplos disto: 12:16 e 22:22. Os discípulos precisaram da promessa? E como! Porque tinham muita coisa ainda que não entenderam, e que iam precisar aprender. Jesus Cristo cumpriu a sua promessa na hora certa com a verdade certa da sua Palavra. Ó irmãos, como é que esta promessa é uma grande bênção para os salvos até na ausência do Salvador. Jesus Cristo não estar aqui para responder as nossas perguntas, mas não se preocupe, porque na hora certa ele vai nos ensinar a verdade certa que precisamos, e/ou nos fazer lembrar da verdade que já aprendemos para nos ajudar na hora exata. Veja que precisamos estar sempre na sua Palavra para isto acontecer. Porque não pode nos ensinar alguma coisa da sua Palavra sem ouvir e ler a sua Palavra, nem fazer nos lembrar de uma coisa que não aprendemos já. 5. A paz perfeita de Jesus Cristo. v. 27. Esta paz que Jesus Cristo nos dá é inefável. Como é que os discípulos precisaram e os salvos de todas as épocas precisam dessa promessa. No mundo temos aflições, 16:33; mas em Cristo temos a paz que excede todo entendimento, Fl 4:7. Nota do jeito que Jesus falou isto: "deixo-vos a paz, e dou a paz". É uma coisa dada que continua dando. Primeiro, temos "paz com Deus" por causa da expiação de Cristo na cruz por nós, Rm 5:1. Segundo, temos a "paz de Deus" em nós pelo Espírito Santo que habita em nós, Fl. 4:7. 6. A prova do amor dos discípulos. v. 28-29. Cristo falou do amor deles revelando que não era perfeito ainda. Ainda estava faltando para ser perfeito. Irmãos em Cristo, amamos Jesus Cristo com toda certeza, mas nosso amor ainda não está perfeito. Jesus nos ama perfeitamente, e Ele merece ser amado perfeitamente também. Versículo 29 é um preferido para as testemunhas falsas de Jeová. Jesus negou que falou noutros lugares, 14:3-12, 17:1-5? Fala de sujeição, do Filho ao Pai. 7. Satanás e Jesus Cristo. v. 30-31. Vemos nestas palavras Gn. 3:15. Satanás feriu o alcanhar de Cristo, mas Cristo feriu a sua cabeça mortalmente. Satanás procurou em Jesus uma coisa errada, tentou causar Jesus pecar, tentou matar Jesus, mas nada teve em Jesus Cristo. Era palavras de conforto aos discípulos também. Não teve dúvida sobre a vitória da cruz do Calvário. Jesus é o Salvador perfeito em todas as maneiras. Ele deixou Satanás tocar nele para nos salvar eternamente. Por isso, a vitória é nossa! Logo ele disse, "Levantai-vos, vamo-nos daqui". Saiu ao encontra e venceu! Jesus Cristo, A Videira Verdadeira. 15:1-27. Jesus Cristo falou estas palavras com os seus discípulos, os onze apóstolos. Estas palavras não foram faladas para os perdidos, nem para uma multidão misturada de pessoas perdidas e salvas, mas aos crentes só. O assunto deste capítulo é comunhão com Cristo e dar fruto. A palavra "fruto" é falada oito vezes neste capítulo. As palavras "estar em mim" e "permanecer" aparecem algumas quinzes vezes nos primeiros dez versículos. Jesus Cristo é a videira (v. 1 e 5), e nós somos as varas (v. 5). Jesus Cristo é a nossa vida espiritual (a videira), somos ligados a videira como as varas estão ligadas a videira para receber a vida. O propósito disto é dar fruto, se não der, o lavrador (Deus o Pai, v. 1) tem que ajeitar isto. 1. A Videira Verdadeira e o Lavrador. 15:1-6. 1. A videira verdadeira e o lavrador identificados. v. 1. Jesus já falou que é a luz verdadeira (1:9), o verdadeiro pão (6:32), e agora diz que é a videira verdadeira. Como Jesus é a luz verdadeira do seu povo que ilumina o seu caminho e nos revela a verdade, e o verdadeiro pão que dá vida eterna e que é a alimentação diária que nos dá força para a obra dele, ele é a videira verdadeira que faz o seu povo frutificar na obra dele ricamente. Esta palavra "verdadeira" mostra que Cristo é a videira perfeita, essencial e uma realidade permanente na vida do salvo que produz fruto nas varas. Jesus disse que Deus o Pai é o lavrador. Com certeza isto fala do cuidado que Deus o Pai tem da videira e das varas da videira. Veja o que diz em de Isaías 53:2; "Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca". Deus o Pai cuidou o seu Filho amado desde o seu nascimento até o fim da sua vida terrestre maravilhosamente. É uma prova muito bonita do cuidado do lavrador (o Pai) da videira verdadeira (Seu Filho Jesus Cristo). Deus o Pai tem o mesmo cuidado maravilhoso também das varas. Ele sempre fica de olho nas varas para as cuidar e tratar numa maneira especial. Ele observa tudo na vida dos seus para cuidá-los certamente para que possam dar fruto no seu serviço. 2. As varas frutíferas e as varas infrutíferas. v. 2-3. É óbvio que Jesus não está falando sobre a salvação, porque se fosse, estaria dizendo que o crente tinha a salvação e a perdeu. Mas, a Palavra de Deus toda ensina que isto é uma impossibilidade. Não diz que as varas infrutíferas nunca deram fruto nem que estão mortas, mas literalmente diz que não estão dando fruto. Isto é uma possibilidade sempre nas vidas dos salvos, que podem se tornar infrutíferos depois de dar fruto para Cristo mesmo. Veja estes versículos; II Pd. 1:5-8, Tto 3:14. O salvo mesmo pode se tornar infrutífero depois de dar até muito fruto para Cristo na sua vida. Como? Pela negligência das coisas de Deus na vida (I Pd. 1:8). Neste caso, o lavrador (Deus o Pai) levanta a vara para que não fique no chão e possa ser tratada para dar fruto de novo. A palavra "tira" significa "levanta" na língua grega. Veja João 11:41 e Ap. 10:5 para ver a mesma palavra tirar traduzida levantar. Também fala que "limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto". O lavrador cuida bem também as varas (salvos) que estão frutificando. Como? Limpando os insetos, folhas velhas, doença e etc. É isto mesmo que Deus o Pai faz com os crentes que estão frutificando para que eles dêem mais e mais fruto. Os salvos estão limpos pelo sangue de Jesus Cristo derramado na cruz. Versículo 3 fala sobre a salvação que temos em Cristo e o perdão de todo pecado por ele. Isto aconteceu pela pregação da Palavra de Deus que nos anunciou a salvação em Cristo Jesus e que recebemos pelo poder do Espírito Santo. Veja I Pd. 1:22-23. Somos limpos pelo sangue do Senhor Jesus Cristo eternamente, mas não estamos ainda limpos perfeitamente na prática, e é por isso que Jesus falou isto aqui. Para mostrar que os crentes são salvos por Cristo, e que temos que nos purificar para dar mais e mais fruto para a glória de Deus. Se o salvo não fizer, o lavrador vai ajeitar isto com certeza. 3. As condições de frutificar. v. 4. Estar em Cristo, e Cristo estar em nós. Este versículo fala sobre a necessidade de manter a nossa comunhão com Cristo para continuar sempre frutificando bem na obra dele. É fazer isto com toda fidelidade e diligência para que demos fruto continuamente. Porque sem esta comunhão intata é impossível dar fruto. 4. A dependência absoluta do salvo. v. 5. Como a videira dá a força para as varas frutificarem, a Videira Verdadeira (Jesus Cristo) dá a força para as varas (os salvos) frutificar. Vemos a necessidade de manter a comunhão com Cristo boa e certa, porque nós somos as varas e ele é a videira, recebemos a força para dar fruto da videira. Sem esta força que vem da videira não podemos fazer nada, quer dizer nenhum fruto podemos produzir. A nossa capacidade de produzir fruto depende da videira (Jesus Cristo) absolutamente. Este aviso é preciso entre os salvos, porque há uma necessidade de manter a comunhão certa, porque sem Cristo nada podemos fazer. 5. As conseqüências de não manter a comunhão certa com Cristo. v. 6. Aquele que lança fora a vara (o salvo infrutífero) é o lavrador (Deus o Pai). Isto fala sobre o fato que Deus o Pai pode deixar para não usar mais no seu serviço. Veja I Cor. 9:27. Ló é exemplo disto. Por isso as obras todas de alguns crentes serão queimadas. I Cor. 3:15. II João 8. 2. Jesus Cristo A Videira Verdadeira.15:7-16. 1.Comunhão e Oração. v. 7. Jesus deu o aviso da conseqüência de não manter a comunhão com Cristo no v. 6. Agora ele começa falar sobre os resultados de manter a comunhão com Cristo Jesus certa e fielmente. Jesus deu três resultados: a oração respondida, a glorificação do Pai, e um testemunho bom e claro de ser os filhos de Deus. Jesus deu duas condições para oração ser respondida por Deus. 1. Estar nele que significa manter a condição do nosso coração para com Cristo puro e doce. Quer dizer que o coração tem que estar ocupado com Jesus Cristo mesmo. 2. A Palavra dele estar em nós. Isto quer dizer que a nossa vida tem que ser governada e controlada pela Palavra de Deus. O crente que acha que estar mantendo comunhão com Cristo fielmente sem deixar a Palavra de Deus controlar a vida, está se enganando, e por isso a sua oração será impedida. Mas, quando tudo isto é a verdade da vida, o crente tem esta promessa de pedir tudo o que quiser, e vos será feito. Veja que temos que lembrar também de I João 5:14. 2. O Pai é glorificado pelo dar de muito fruto. v. 8. Jesus nos mostra o valor de dar muito fruto, a glorificação do Pai. Então, devemos nos ocupar com a glorificação do Pai. Para glorificar o Pai, temos que manter a nossa comunhão com o Filho e deixar a sua Palavra governar a nossa vida. Porque uma vara infrutífera não glorifica o Pai. É um grande motivo para manter comunhão com Cristo e a sua Palavra na vida. Podemos ver este fruto mais perfeitamente na vida do Senhor Jesus Cristo, porque ele sempre glorificou o Pai. Porque ele tinha uma comunhão perfeitíssima com o seu Pai, e por isso muitíssimo fruto que glorificou o seu Pai perfeitamente. Observa o fruto do Espírito Santo em Gl. 5:22-24. Veja no v. 24 desta passagem que isto é o resultado de "crucificar a carne com suas paixões e concupiscências". Porque é só assim que Cristo dará ao seu povo a força para produzir muito fruto e por isso glorificar o Pai. A capacidade depende da força de Cristo, não da nossa, porque não podemos produzir fruto da nossa própria força. Jesus disse: "sem mim nada podeis fazer". A vara produz fruto por causa da força da videira. 3. O gozo ou a alegria do seu amor. v. 9-10. João continua falando sobre a mesma coisa, o resultado da comunhão com Cristo. Agora o que é? O gozo ou a alegria do amor dele. O amor do Senhor Jesus Cristo para o seu povo é imutável para sempre. Não é uma questão do amor dele por nós, porque este amor não muda, mas é o gozo ou alegria que temos no amor dele. O gozo e alegria que temos no amor dele depende da maneira que obedecemos os seus mandamentos. Sem obedecer os seus mandamentos não estamos mantendo a nossa comunhão com ele, e por isso o gozo e alegria que temos no seu amor vai sofrer. Observa o que Davi o rei disse no Sl. 51:12. Jesus Cristo gozou e alegrou no amor do seu Pai perfeitamente porque obedeceu os seus mandamentos perfeitamente. O prazer da vida dele foi fazer sempre a vontade do seu Pai. Esta é a única maneira de ter sempre o gozo e alegria do seu amor. 4. O gozo completo. v. 11. Note que Jesus falou que o resultado de tudo que tinha falado nos v. 1-10 é que o crente vai permanecer no gozo e alegria do seu amor e que este gozo será completo. A base do nosso gozo e alegria não está em nós, mas no nosso Salvador. Irmãos, queremos deixar o canal do gozo do seu amor sempre aberto para nós, somente podemos manter aberto por uma comunhão certa para com o Salvador. Foi por isso que Jesus falou estas coisas para o seu povo, para que possamos gozar e alegrar sempre no seu amor imutável. Queremos só um pouquinho deste gozo e alegria, ou completo? Assim podemos gozar e alegrar no seu amor em qualquer circunstância, até na prisão, At. 16:25. 5. Amar um ao outro. v. 12. Jesus Cristo ama o seu povo perfeita e eternamente. O amor dele por nós é imutável. Este amor deve se mostrar nas vidas dos filhos de Deus uns aos outros. O amor verdadeiro fica sem egoísmo e malignidade para com os irmãos em Cristo. I Cor. 13. É claro que está falando de todo irmão que dá evidência de ser o filho de Deus. Jesus nos mandou amar os nossos irmãos em Cristo. Mas, temos que lembrar também que o grau do gozo deste amor pode depender da comunhão que temos um ao outro. 6. As provas do amor de Jesus Cristo pelo seu povo. v. 13-15. Primeiramente, ele mostrou o seu amor pelos eleitos quando deu a sua vida para os salvar, v. 13. Jesus fez isto voluntariamente por amor deles. Note que ele chamou os eleitos, os seus amigos. Esta é a graça de Deus, porque éramos os inimigos de Deus. Segundamente, Jesus tratou os seus como os seus amigos mais íntimos. Podemos gozar na comunhão mais íntima dele. Esta é uma maravilha. Hb. 2:11. Ele é nosso amigo, mas nós somos os amigos dele? Observe bem o v. 14. Terceiramente, Jesus nos chamou os seus amigos, v. 15. Neste versículo ele mostrou que somos os amigos dele pelo fato que nos revela a vontade do Pai. Ele não faz isto com todos, mas só com os seus amigos. 7. O propósito do amor de Cristo por nós. v. 16. Note que somos os amigos dele pelo propósito dele. Foi ele que nos escolheu para ser os seus amigos, e não vice versa. Esta é a eleição da graça de Deus em fazer de nós os seus amigos. O propósito desta escolha dele é para que possamos dar fruto, que o nosso fruto permaneça, e que todo pedido de oração seja concedida. Tudo isto é o resultado da graça de Deus. 3. Jesus Cristo Fortificando os Seus Discípulos. 15:17-27. 1. Amar um ao outro. v. 17. Jesus mandou para os seus discípulos amar uns aos outros. Porque é coisa que é contra a natureza do mundo e da carne humana. Sabia que os crentes teriam problema com isto? Esta qualidade nos identifica como os seus. 2. Aviso contra o ódio do mundo. v. 18. Jesus avisou os discípulos que iam sofrer o ódio deste mundo do mesmo jeito que ele o sofreu. Irmãos faz parte de ser filhos dEle, Ele sofreu este ódio, e vamos também. Não sejam espantados. 3. A razão do ódio do mundo por nós. v. 19-21. Não somos mais do mundo, Deus nos separou dele pela graça. Este fato condena o mundo e o mundo por isso nos odeia. Somos os escolhidos de Deus. Não há nada que enfurece o mundo mais do que ouvir que Deus escolheu alguns para ser seus filhos e deixou os outros para perecer. Por isso nos odeia. O mundo não odeia os religiosos assim, mas sim os escolhidos e separados pela graça de Deus. O servo de Cristo não é maior do que seu Senhor, o mundo perseguiu Jesus, perseguirá os seus servos também. Mas alguns ouvirão pela graça também. 4. A grandeza da culpa do mundo. v. 22-24. A culpa do mundo é grande porque Cristo veio para falar e revelar a Palavra do Pai , expor pecado, mostrar o Pai e providenciar a salvação, mas o mundo viu e ouviu e ainda rejeitou tudo, inclusivo o Filho e o Pai. O mundo daquela época recebeu muito e rejeitou tudo, por isso a culpa é grande demais. Leia Lc. 10:12, 12:48. Hb. 10:28-29. Esta é a verdade do povo de todo tempo. 5. O cumprimento da Palavra. v. 25. Ó como é que fica a abominação deste pecado. Cristo não fez nada para provocar este ódio, e esta é a grande condenação do mundo. Deus já tinha profetizado isto, Sl. 35:19, 69:4. 6. O crente e o Espírito Santo. v. 26-27. Jesus deu uma promessa da testemunha do Espírito Santo através dos eleitos de Deus do Filho de Deus Jesus Cristo. A obra do Espírito Santo neste mundo que odeia o Salvador e os servos dele é dar testemunho do Filho de Deus através dos escolhidos de Deus. Este testemunho é um só; o Espírito Santo testemunhando pelos eleitos. Esta é a graça de Deus que opera nos filhos da ira para testemunhar de Cristo!! Jesus Cristo e o Espírito Santo 16:1-33. Os v. 1-11 deste capítulo são a continuação do assunto que Jesus começou falar em 15:18 sobre o ódio do mundo por Jesus Cristo e os seus filhos. Em 15:26-27 Jesus deu uma consolação aos seus discípulos quando falou sobre o Espírito Santo estar com eles para dar a força para cumprir a vontade de Deus aqui no mundo. Jesus falou isto a eles por causa do fato que o mundo odeia os salvos e era um grande encorajamento saber que o Espírito Santo está com os filhos de Deus para consolar, ajudar e fortalecer na obra de Deus. Agora Jesus explicou mais perfeitamente o que o mundo ia fazer contra os seus filhos no mundo. Jesus fez uma coisa que os falsos profetas não fazem, ele falou que os "seus filhos" iam sofrer por causa de Cristo, em vez de prometer sempre ter na vida a falta de problemas, dificuldades, aflições e perseguição. Devemos observar também que quando Jesus falou do mundo, ele falou de uma coisa muito maior do que muita gente pensa hoje em dia. Quando Jesus falou do mundo, ele falou de tudo que não é dele, da sua Palavra, do seu povo verdadeiramente salvo, e que não é da sua religião verdadeira. Isto é muito mais evidente no mundo religioso do que em qualquer outro lugar, porque a religião falsa toda odeia as coisas "de Cristo" mesmo. 1. A Inimizade do Mundo Contra Deus Explicada. 16:1-11. 1. A razão pelo aviso. v. 1. Jesus avisou os seus discípulos do ódio do mundo para que eles não ficassem ofendidos, chocados, tropeçando e escandalizados depois. Porque ser avisado de antemão, é ser preparado e armado de antemão. Jesus estava preparando os seus para o futuro que ia trazer a perseguição e o ódio do mundo sobre eles. 2. O sofrimento deles detalhado por Jesus Cristo. v.2. Observe que esta perseguição vem do mundo religioso. Não há nenhum tipo de ódio pior do que o ódio religioso. Veja que esta perseguição é da mente (expulsar das sinagogas), e do corpo (matar). Jesus claramente identificou os religiosos com "o mundo", que é de Satanás. Ser expulsado da sinagoga era muito mais do que só estar proibido assistir o templo e as sinagogas. Era ser evitado e desprezado pelo seu próprio povo e até família. Era ser marcado como alguém para ser denunciado e por isso evitado completamente. Esta pessoa se tornou rejeitada e banida pelo seu próprio povo e família. Ó irmãos, como é que isto pode mexer com a mente e o coração do filho de Deus. Não é só isso, há mais ainda, a morta física. Veja este ódio no livro de Atos, 23:12-13. Esta é a história dos batistas desde os dias do Senhor Jesus Cristo até hoje em dia. A nossa história está escrita de sangue. Se lembra de Saulo de Tarso? At. 26:9-10. Os inimigos de Cristo inventaram as maneiras mais cruéis para matar os remidos de Deus. 3. A razão da hostilidade do mundo para os remidos de Deus. v. 3. Jesus descobriu a fonte deste ódio, inimizade e hostilidade do mundo para os salvos. Porque é? Porque não conhece Deus o Pai, nem o seu Filho Jesus Cristo. Isto mostra a depravação e cegueira espiritual do mundo. O mundo diz que tem Deus e seu Filho, mas a prova mostra que não é! 4. Uma palavra de conforto e segurança. v. 4. Não houve necessidade para Jesus dizer isto para eles antes, porque ele estava com eles. Mas, agora ia viajar e deixar eles só, e eles precisaram saber tudo isto para que eles pudessem ser preparados para o futuro. Jesus revela para nós que precisamos na hora certa para a coisa certa. 5. Os discípulos entristecidos. v. 5-6. Veja que os discípulos estavam tão entristecidos com estas palavras de Jesus que eles somente pensaram em si mesmo e nem pensaram em perguntar para onde ele ia. Ó irmãos, como é fácil para o salvo deixar este tipo de coisa tomar a conta da vida e impedir a nossa visão espiritual! Só pensando nas coisas assim, deixa o salvo perder a bênção que estas coisas podem trazer. Mas, isto não continuou assim, porque depois da ressurreição, eles andaram na comunhão de Jesus durante quarenta dias e depois ficaram encorajados e fortes. Leia Lc. 24:49-53. Veja o que a comunhão com Cristo faz na vida. Se lembra de João 15 e a comunhão com Cristo? 6. A promessa do Espírito Santo, que é o Consolador. v. 7. Jesus disse: "convém que eu vá", mas porque? Era para o bem deles que Jesus ia para o Pai, porque o caminho dele para chegar lá, era pela cruz. Como é que era necessário para eles e para nós que Jesus morreu na cruz para nos salvar dos nossos pecados. A morte, sepultamento e ressurreição de Cristo era tão importante, que sem fazer, nada estaria feito acerca da nossa salvação e vida cristã. Tudo dependeu da obra de Jesus Cristo na cruz para a bênção de Deus sobre nós. Além disto, quando Jesus subiu ao Pai de novo o Espírito Santo veio numa maneira especial para dar poder ao povo de Deus, e especialmente a igreja (At. 2), para fazer a obra de Deus. 7. A vindicação (justificação) de Jesus Cristo pelo Espírito Santo. v. 8-11. Estes versículos são uns dos versículos mais mal-entendidos e mal-interpretados da Bíblia toda. Muitos dizem que o Espírito Santo dá convicção de pecado e a chamada eficaz para todos os pecadores e eles tem que aceitar ou rejeitar segundo a sua própria vontade. Mas, isto não combina com o que Jesus ensinou antes em João (3:20, 5:40, 14:17). O que significa então? A presença do Espírito Santo no mundo mostra a condição depravada e perdida dele. Porque o mundo rejeitou o Salvador e sem a operação do Espírito Santo no homem é impossível para o homem entender, se arrepender, crer, e viver pela Palavra de Deus. Este fato é uma grande condenação do mundo que mostra a sua culpa terrível. Jesus disse que o Espírito Santo mostra isto em três coisas que são as conseqüências da presença dele no mundo. 1. "Do pecado, porque não crêem em mim". O Espírito Santo dá testemunho do Senhor Jesus, mas o mundo mostra o seu ódio por ele, e por isso seu pecado, porque não crê nele. 2. "Da justiça, porque vou para o meu Pai, e não me vereis mais". O Espírito Santo mostra que Jesus Cristo é santo, puro, perfeito, justo, imaculado e incontaminado pelo fato que Jesus foi recebido lá no céu pelo Pai depois de fazer a salvação. 3. "Do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado". Agora a única coisa que está esperando para o mundo é juízo afinal. A prova disto é o fato que Satanás foi vencido e julgado pela obra do Senhor Jesus Cristo na cruz. Graças a Deus não somos do mundo, mas dos eleitos do Pai, remidos do Filho e chamados do Espírito Santo. 2. Cristo Glorificado pelo Espírito Santo. 16:12-22. (ou a Pré-Autenticação do Novo Testamento). 1. A Necessidade da obra do Espírito Santo. v. 12. Jesus não falou tudo que os seus discípulos precisaram ouvir, mas deu a promessa de dar depois pelo Espírito Santo. Jesus não falou estas coisas porque os discípulos não estavam prontos para ouvir e receber até depois. Mas o Espírito Santo ia revelar tudo isto a eles depois. 2. A promessa de receber toda a verdade. v. 13. Como é que o Espírito Santo fez isto? Pela inspiração do Novo Testamento. O Espírito Santo deu aos homens santos daquela época toda a verdade que o povo de Deus precisa saber para fazer a obra dele pela inspiração do Novo Testamento. II Tm. 3:16-17. II Pd. 1:19-21. A Palavra de Deus está completa, santa e infalível, e por isso tudo que precisamos saber agora na obra dele. Não há revelação dada agora. Judas 3. 3. O Espírito Santo glorifica O Senhor Jesus Cristo. v. 14. É o que o Espírito Santo faz no mundo, glorifica Jesus Cristo. Qualquer espírito que diz que é de Deus, mas não glorifica Jesus Cristo na sua santidade, é mentiroso e não de Deus nem da verdade. Veja alguns versículos. I João 2:21-23, 4:1-3. II João 7-11. II Cor. 4:6. 4. A harmonia da Trindade. v. 15. Jesus Cristo veio para glorificar o seu Pai e fez isto sempre. O Pai glorificou o seu Filho na terra pela sua morte, sepultamento e ressurreição e depois recebeu o seu Filho lá no céu para a mesma glória que tinha antes que o mundo existisse, João 17:1-5. O Espírito Santo está glorificando Jesus Cristo na terra através do seu testemunho pela pregação da Palavra de Deus. 5. Os discípulos desejaram entender. v. 16-19. Quando Jesus falou "um pouco e não me vereis", ele significou que em pouco tempo ia ser traído e prendido para ser condenado e crucificado. Era uma questão de poucas horas (talvez duas ou três). Agora os discípulos começaram pegar o que Jesus falou e começaram fazer perguntas. Note a onisciência do Senhor Jesus pela maneira tão maravilhosa que ele explicou tudo com uma paciência divina. 6. A tristeza transformou-se em alegria. 20-22. Esta é uma verdade de alegria e tristeza ao mesmo tempo. Porque os discípulos ficaram com tristeza quando Jesus foi crucificado, mas o mundo ficou com alegria. Leia Mc. 16:10 e Lc. 24:17. Enquanto os discípulos estavam lamentando, o mundo estava se alegrando porque achou que tinha ganho a vitória sobre Jesus Cristo. Mas observa que esta tristeza se transformou em alegria muito grande depois da ressurreição. Leia Mt. 28:8, Lc. 24:22, João 20:22. Mas a alegria do mundo acerca da crucificação de Cristo não se transformou e tristeza, mas continua no mesmo ódio do Salvador. Jesus morreu, foi sepultado e ressuscitou por nós irmãos, ó que grande alegria! Depois Jesus deu um exemplo da coisa que falou, v. 21-22. O exemplo da mulher que dá à luz a um filho, ela sente dor e tristeza, mas depois muita alegria por causa do filho que nasceu. A alegria que os crentes tem na salvação que Cristo ganhou para nós passa todo entendimento, e também não se acaba por causa de nenhuma razão eternamente. 3. As Consolações Últimas de Cristo. 16:23-33. (as Bênçãos e Privilégios dos Salvos). 1. Pedir ao Pai no nome do Filho. v. 23-24. Jesus ia morrer e subir ao Pai, e depois Jesus não ia estar fisicamente com eles para perguntar nem pedir nada pessoalmente dele. Parece que os discípulos oraram a Deus sim, mas não no nome de Jesus, porque ele ainda estava presente com eles. Mas depois da sua ascensão eles oraram ao Pai no nome do Filho, porque tinha subido ao Pai. Jesus encorajou os seus discípulos orar e pedir ao Pai no nome do Filho com a esperança e confiança de receber, para que o gozo se cumpra. Veja que oração e gozo vão juntos. Gozo sem oração é impossível. 2. A promessa de revelar o Pai claramente. v. 25. Podemos procurar uma parábola nas Epístolas sem achar. Leia II Cor. 3:12. Veja que Jesus começou fazer (revelar claramente) isto em Lc. 24:27 e 45. Mas o cumprimento desta promessa foi mais claramente feito quando o Espírito Santo deu o Novo Testamento. Depois da ascensão de Cristo ao Pai, o Espírito Santo revelou mais perfeitamente os mistérios do Evangelho. É grande privilégio e bênção que temos. 3. O amor do Pai para os remidos do Filho. v. 26-28. De novo Jesus fala que os salvos pedem no nome do Filho ao Pai. Temos este direito porque somos do Filho, ele nos lavou de todo pecado e por isso podemos aproximar-nos ao Pai por causa do Filho. Ó que grande motivo para orar ao Pai! Temos a segurança e certeza que o Pai nos ama, porque somos do seu Filho amado, e que amamos o seu Filho e cremos nele como seu Filho e Salvador. O amor do Pai por nós é seguro. 4. A confissão dos Apóstolos. v. 29-30. As palavras de Cristo consolaram os discípulos. Porque? Porque responderam as suas perguntas sem eles perguntar (onisciência). Jesus deu a eles a certeza do amor do Pai por eles, e falou que sabia que eles amaram e creram no Salvador com certeza. É uma consolação sem igual para crente saber que Jesus sabe que amamos ele e que o Pai nos ama eternamente. 5. Jesus provou a fé deles. v. 31. Jesus Cristo sabia que a fé deles era genuína, sincera e verdadeira, mas provou esta fé deles. A fé deles ia ser provada severamente em poucas horas pela sua crucificação. Mas Jesus sabia que a fé deles não ia falhar, e não falhou mesmo. Jesus sabia o que estava no futuro deles, que a fé deles ia ser provada mesmo. A fé deles enfraqueceu, mas não falhou. A fé deles estava mais fraca do que eles pensavam, e Jesus sabia. Todos iam ser ofendidos e espalhados em poucas horas. Ó irmãos devemos orar a Deus: "Sustenta-me, e serei salvo", Sl. 119:17. 6. O aviso de Jesus Cristo. v. 32. Jesus deu aviso da prova que vinha e também da fraqueza deles. Em poucas horas eles iam fugir para se proteger e deixar Jesus só, Mt. 26:31, Zc. 13:7. Mas, Jesus Cristo enfrentou o sofrimento da ira de Deus para salvar os seus eleitos. E o Pai ficou com ele apesar do fato que todos deixaram o Salvador. Leia Is. 50:7. 7. A vitória afinal. v. 33. Jesus falou que a hora tinha chegada para sofrer e salvar os eleitos da sua condenação para sempre e que os seus discípulos iam ser ofendidos e espalhados. Também falou que o seu povo terá sempre aflições no mundo. A vida toda do salvo está cheia de tentação, prova, problema, dificuldade, perseguição, fraqueza, fadiga, sofrimento e zombaria. Mas, no meio de tudo isto temos paz com o nosso Salvador que o mundo nem entende. É uma paz maravilhosa que o mundo não pode tirar. Jesus falou isto para que eles pudessem gozar na paz dele que temos com Jesus pela comunhão íntima com ele feita pelo sangue. O mundo é horrivelmente contra Jesus e seu povo, mas em Cristo temos a vitória! Como? Pela vitória da cruz que ele ganhou em poucas horas depois destas palavras. Ó que grande vitória! A Oração Intercessora do Senhor Jesus Cristo. 17:1-26. Este capítulo tem a oração mais cumprida do ministério do Senhor Jesus Cristo e também do Novo Testamento todo. É um exemplo do Intercessor Eterno orando. Esta oração tem sido chamada a oração do Grande Sumo Sacerdote. Jesus Cristo fez esta oração na presença dos seus discípulos logo depois da instituição da Ceia do Senhor e do discurso dado em João 14-16. Para nós que somos eleitos e salvos é uma coisa muito preciosa. 1. O Senhor Jesus Cristo intercedendo. 17:1-5. É bom observar como é que ficou a postura física do Senhor Jesus Cristo quando ele fez esta oração, v. 1. Não diz se fosse em pé ou sentado. Mas diz sim que levantou os olhos ao céu e orou a Deus. Ele fechou os olhos ou ficou com os olhos abertos? Esta postura física mostrou que tirou os pensamentos das coisas da terra para falar com Deus, seu amor pelo Pai, adoração profunda e a sua confiança santa no Pai. Devemos lembrar que Jesus as vezes pregou sentado, e outras vezes em pé. Jesus orou a Deus sentado, deitado e em pé. Jesus orou a Deus também com a cabeça e os olhos levantados ao céu e os olhos abertos. Não quer dizer que orar a Deus com a cabeça baixa e os olhos fechados é errado, mas também fazer como Jesus fez não é errado. Temos que ficar em pé para respeitar a Palavra de Deus? Podemos ficar sentados e respeitar a Palavra de Deus? Os fariseus que ficaram em pé para orar e ensinar respeitaram a Palavra de Deus? É bom fazer as coisas de Deus segundo a norma da nossa época, mas também não deixar isto se tornar uma tradição exigida, nem julgar a reverência da pessoa pela sua postura física. 1. A oração do Filho pela sua glória e a glória do seu Pai. v. 1. No fim do ensino que deu aos seus discípulos Jesus falou que a sua hora de morrer, ser sepultado e ressuscitar tinha chegada. O Intercessor Eterno começou a sua oração falando na sua hora de ser crucificado porque isto é a base de tudo que o Salvador pediu ao Pai. Ele pediu para o Pai glorificar o seu Filho, e o Pai fez isto pela morte, sepultamento, ressurreição e ascensão depois. E por esta glorificação do Filho, o Pai foi glorificado eternamente. Porque o Filho fez tudo que o Pai o mandou fazer para salvar os seus eleitos. 2. O propósito da glorificação do Filho. v. 2. Primeiramente a glorificação do Filho era para glorificar o Pai, mas também era para dar a vida eterna aos eleitos do Pai. Nisto o Pai é glorificado também, porque mandou o seu Filho para dar esta vida eterna aos seus eleitos. O Pai na eternidade passada (antes da fundação do mundo) elegeu alguns homens da humanidade toda para receber a vida eterna pela graça, e a obra de dá-los a vida eterna o Filho de Deus veio fazer. Para dar aos eleitos do Pai a vida eterna, o Filho foi glorificado pela expiação dos eleitos do Pai na cruz, pela ressurreição dos mortos, pela ascensão para ficar à destra do Pai na sua glória e poder todo. Sem o Pai glorificar o seu Filho assim, o Filho não poderia ser o Salvador dos eleitos dele. Porque o Pai tinha dado ao Filho os eleitos para glorificar também, e na glorificação dos eleitos o Pai é glorificado. O Pai é glorificado pela redenção dos eleitos pelo Filho. 3. Vida Eterna. v.3. A única maneira para os eleitos de Deus receber a vida eterna era pela glorificação do Filho. Sem isto, não há vida eterna para ninguém. Jesus Cristo morreu, foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu para ficar à destra do Pai na sua glória e poder todo, e por isso os eleitos recebem a vida eterna. Esta vida eterna resulta em conhecer o Pai de verdade. Este conhecimento é mais que intelectual, é espiritual, do Espírito Santo. Esta vida eterna dá o conhecimento que Deus é o único Deus verdadeiro e exclui a idolatria toda. Esta vida eterna dá o conhecimento que só tem uma maneira de ser salvo, pela obra que Jesus fez. Nota a palavra "e" entre o Deus verdadeiro e Jesus Cristo. Não pode conhecer Deus sem conhecer Jesus Cristo como o Filho dele e o Salvador. Esta é a única vez no Novo Testamento que Jesus se chamou "Jesus Cristo". Sem aceitar Jesus como o Deus-Homem e o Messias, não há vida eterna. 4. A perfeição do Filho. v. 4. Jesus Cristo fez tudo que o Pai o mandou fazer, glorificou o Pai pela sua vida de obediência na terra, pelos milagres, e pelas palavras. Leia: Hb. 10:7, Lc. 2:49, João 4:34, 19:30. O Filho pediu ao Pai para receber a sua glória lá no céu, e o Pai mesmo honrou seu pedido porque era seu Filho perfeitíssimo. 5. A sua glória restaurada. v. 5. Jesus Cristo se humilhou quando se fez carne e deixou a sua glória lá no céu para fazer a obra da salvação. Sua glória ficou escondida aos homens, mas depois voltou para o Pai e a sua glória sem igual. 2. O Senhor Jesus Cristo intercedendo. (continuação). 17:6-12. 1. O propósito de Deus cumprido nos eleitos. v. 6. Jesus falou claramente que manifestou o Pai aos eleitos todos daquela época. Disse que os eleitos eram do Pai e o Pai os deu ao Filho para salvar e ser seus, e o Filho cumpriu. Não há dúvida nenhuma que todo eleito do Pai receberá a manifestação da verdade e a salvação do pecado. Estes eleitos guardaram a Palavra de Deus. Isto inclui a chamada para a salvação, e depois a sua fé mostrada na vida. 2. A resposta dos eleitos. v. 6-7. Jesus falou com o Pai que os eleitos tinham aceitado e guardado a sua Palavra. Mas Jesus não disse que os eleitos fizeram isto perfeitamente. Eles tinham fé em Jesus e sua Palavra, mas as vezes ficaram fracas e mal-entendidas. Mas, apesar de tudo eram homens de fé e confiança nele. Eles conheceram o Pai e o Filho de verdade. Esta é a verdade dos eleitos de todas as épocas, eles conhecem a verdade, o Pai e o Filho e guardam a Palavra. 3. A segurança dos eleitos. v. 8. Este versículo explica o "tudo" quanto me deste provém de ti do v. 7. Jesus entregou aos eleitos a Palavra do seu Pai e eles a receberam e creram nele como o Salvador mandado pelo Pai. Note a ordem disto: a Palavra dada, ouvida, recebida e crida. É isto que diz em Rm. 10:17. É a verdade de todo eleito de toda época. Ó que segurança que os eleitos de Deus tem de ouvir a Palavra mandada por Deus e ser convertidos pela graça de Deus. 4. O Intercessor Eterno orou pelos eleitos. v. 9-12. Aqui temos a garantia da salvação dos eleitos de Deus e que eles não são todas as pessoas do mundo. Porque Jesus falou claramente que não orou pelo mundo, isto mostra que os eleitos são um grupo de pessoas escolhidas do mundo pelo Pai para salvar pela graça. Jesus orou por estes e por isso sabemos que a salvação deles é garantida. Leia João 11:41-42. No v. 10 vemos que a vontade do Pai e do Filho é uma só. Os eleitos são os filhos do Pai, os remidos do Filho e os templos do Espírito Santo. Por isso Jesus Cristo é glorificado nos eleitos. Por isso também Jesus pediu ao Pai para guardar os eleitos na fé, porque Jesus ia deixá-los na terra e por isso orou pela sua preservação espiritual. Mostra também o valor que o Filho dá para "os seus". Jesus guardou todos os seus durante a sua jornada terrestre, mas agora ia deixá-los e por isso orou pela preservação deles. Esta oração deu a garantia da preservação dos eleitos eternamente. Observe que Jesus disse que Judas Iscariotes foi perdido, que era o filho da perdição e não um eleito de Deus. Porque nenhum eleito do Pai dado para o Filho pode ser perdido. Veja v. 24. 3. O Senhor Jesus Cristo intercedendo. (continuação). 17:13-19. 1. O Intercessor Eterno orou pela alegria dos eleitos. v. 13. O Salvador não somente orou pela preservação dos eleitos até chegar lá no céu, mas também pelo gozo deles aqui na terra. Note que orou isto publicamente de voz alta na frente dos seus discípulos para que eles pudessem ouvir o amor que ele tem pelos seus. Entendam irmãos que o Salvador ama os eleitos e quer o melhor para eles em tudo. Qual alegria é essa que o Salvador pediu ao Pai pelos eleitos? Deve ser a alegria de conhecer o Salvador que se deu para salvar os eleitos pela sua redenção, ressurreição, ascensão e intercessão. 2. O ódio do mundo pelos eleitos e a causa deste ódio. v. 14. É importante observar que logo depois de orar pelo gozo do seu povo, Jesus falou este versículo com o Pai. O mundo não dá gozo para o eleito de Deus, o gozo dele está no Senhor Jesus Cristo. A razão deste ódio é que os eleitos não são deste mundo nem do maligno. O mundo tem inimizade contra eles porque é do seu pai o diabo que odeia nosso Salvador e todos que são dele. 3. O Intercessor Eterno orou pela perseverança dos eleitos. v. 15. Jesus não orou para o Pai tirá-los do mundo, mas para que possam ficar livres do mal no mundo. É a vontade de Deus para os eleitos estar no mundo para fazer a sua obra. Observe que Jesus orou pela preservação dos eleitos do poder do pecado na vida (perseverança). Ele já orou pela salvação da pena do pecado, depois pela salvação da presença do pecado (v. 24), e aqui pela salvação do poder do pecado. 4. Os discípulos identificados com Cristo na sua separação do mundo. v. 16. Esta é a razão de Cristo pela preservação dos seus deste mundo, porque não são do mundo como ele não foi do mundo. Não é só que não devemos ser do mundo, não somos do mundo, porque Cristo nos separou dele para ser seus e usados no seu serviço. Ele fez isto quando nos comprou pelo seu sangue, pela santificação do Espírito Santo e da Palavra de Deus. I Cor. 19-20, II Ts. 2:13. I Pd. 1:23. 5. O Intercessor Eterno orou pela santificação dos eleitos. v. 17. A palavra santificar significa separar. Jesus orou pela separação do seu povo do mal deste mundo pela santificação da Palavra de Deus. O instrumento de Deus para santificar o seu povo neste mundo é a verdade da Palavra de Deus. Jesus chamou esta Palavra a verdade. 6. Os salvos enviados ao mundo como Jesus foi enviado ao mundo. v. 18. Deus o Pai enviou o seu Pai a este mundo para fazer a sua vontade. Jesus foi comissionado para representar o Pai neste mundo vil e estranho. Do mesmo jeito Jesus mandou os seus para representá-lo no mundo. Somos separados do mundo para ser enviados ao mundo para mostrar a verdade pela boca e pela vida. Como Cristo glorificou o Pai no mundo, também os eleitos estão enviados para isto. 7. A provisão de Cristo pela santificação dos seus. v. 19. A única maneira que os eleitos de Deus podiam ser separados do mundo para ser os servos de Deus no mundo foi pela separação de Jesus Cristo. Jesus se santificou para ser o Salvador deles e os fazer dignos pelo seu sangue de ser os servos de Deus. Os eleitos de Deus somente podem ser separados deste mundo para ser os filhos de Deus porque Jesus se separou para ser o Salvador deles. 4. O Senhor Jesus Cristo intercedendo. (continuação). 17:20-26. 1. O Intercessor Eterno orou pelos eleitos não salvos. v. 20. Jesus Cristo revelou para nós que orou pelos eleitos todos de todas as épocas que serão salvos depois (inclusive nós). Primeiro, isto dá a garantia da salvação de todos os eleitos de todos os tempos. Segundo, veja que Jesus disse estes eleitos crerão nele. Esta é a marca dos eleitos de Deus, eles crêem em Cristo. Terceiro note que eles crerão através da pregação da Palavra de Deus. Quarto, Jesus não orou pela salvação de todos os homens, mas pelos eleitos. 2. Cristo orou pela glorificação dos eleitos. v. 21-24. A santificação dos eleitos de Deus começou na eternidade passada, continua no presente, e continuará até chegarmos lá no céu para ser glorificados perfeitamente com Cristo nosso Salvador eternamente. Os eleitos são de Cristo porque o Pai os deu a ele antes da fundação do mundo, porque Cristo nos salvou pela sua obra de expiação, porque o Espírito Santo nos chamou pela pregação da Palavra de Deus, porque Deus preserva a nossa salvação segura, porque Deus opera a sua vontade nas vidas dos salvos, porque o amor de Deus pelos eleitos é imutável, e porque prometeu que os eleitos serão glorificados com Cristo no fim. Sabemos isto porque Deus honrou a oração do seu Filho acerca dos eleitos em tudo isto. A glorificação dos eleitos é garantida porque Jesus Cristo orou por ela. Os eleitos de Deus são predestinados para ver a glória do Filho eterno de Deus. "Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir", Sl. 139:6. 3. A segurança do amor de Deus pelos eleitos. v. 25-26. Jesus Cristo tinha feito o seu testamento e agora deu a certeza do cumprimento dele. Porque a maneira para os eleitos conhecer o amor de Deus e do Salvador foi providenciada, executada, garantida, prometida, e alcançada pelo Deus Triúno eternamente. 5. Conclusão. Há sete coisas que o Senhor Jesus Cristo pediu ao Pai neste capítulo. Primeiro. Pela salvação e preservação dos eleitos de Deus. v. 11. Segundo. Pela alegria ou gozo dos eleitos. v. 13. Terceiro. Pela libertação do mal dos eleitos. v. 15. Quarto. Pela santificação dos eleitos. v. 17. Quinto. Pela união dos eleitos. v. 21. Sexto. Pela reunião dos eleitos com Cristo. v. 24. Sétimo. Pela glorificação dos eleitos. v. 24. Autor: David Alfred Zuhars, Jr. Pastor David Zuhars PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO JARDIM DAS OLIVEIRAS Rua Dr. João Maciel Filho, 207: 60.821-500 Fortaleza, CE |
A TERCEIRA DIVISÃO DO LIVRO - JOÃO - 13:1 - 17:26
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